JP elogia Rafael Paiva, enaltece Coutinho e vê Vasco brigando por Libertadores

Cria do Vasco da Gama, JP tem ganhado oportunidades na atual temporada e agradado os torcedores Cruzmaltinos.

JP meia do Vasco da Gama
JP meia do Vasco da Gama (Foto: Reprodução Vasco)

Um menino tinha apenas um sonho e estava prestes a completar 14 anos. Junto ao pai, aquele garoto de Goiânia, deixou a família em sua cidade natal rumo ao Rio de Janeiro em busca do futuro no Vasco. Logo se tornou mais um cria da Barreira do Vasco. Este é João Pedro Murilo de Paula Morais, o JP.

Ao Lance!, JP concede a sua primeira entrevista exclusiva na carreira

A trajetória de JP pela base foi árdua e difícil. No entanto, não faltou resiliência para poder chegar onde chegou. Desde cedo, o jogador aprendeu a saber “o que é ser Vasco”.

Apesar da timidez e da pouca idade, JP mostra ser um garoto cheio de personalidade e maduro, uma vez que precisou se manter firme para superar os percalços da vida. Além disso, tem objetivos claros e traçados para a carreira. Por exemplo, no que depender do jogador, o Vasco vai se classificar para a Libertadores de 2025.

Em entrevista exclusiva ao Lance!, a primeira na carreira, JP abriu o jogo sobre a sua vida, a atual temporada, Rafael Paiva, Philippe Coutinho e muito mais. Confira a reportagem no player acima e em todas as nossas plataformas.

Confira todas as respostas de JP em exclusividade ao Lance!:

Quem é o JP?

– Primeiramente, boa tarde. Quero agradecer pela oportunidade. É a minha primeira entrevista exclusiva. Obrigado por me abrirem as portas para falar um pouquinho sobre mim. Eu sou o JP, o João Pedro. Tenho 19 anos e cheguei ao Vasco com 13 anos. Sou de Goiânia e a minha família é toda de lá. Saímos de lá com apenas um sonho, eu e meu pai. Só um sonho mesmo de ser um jogador de futebol e representar a camisa do Vasco. Eu joguei no Goiás Esporte Clube dos 6 aos 12 anos. Com 13 anos, o scout Luiz Bastos me viu jogando e entrou em contato com o Vasco. O Vasco me viu jogando, analisou meus lances e vídeos e fez o convite. Vim assinar o contrato de formação. Vim com o meu pai para o Rio. A logística de São Januário é muito perto da Barreira e optamos por morar lá. Moramos por 5 anos. Foram momentos bons e difíceis, mas suportamos, deu tudo certo e estamos aqui.

Motivação para não desistir

– Foram anos difíceis. No sub-14, sub-15 eu quase não jogava. Entrava pouco. Mas quem me deu forças foi o cara lá de cima e o meu pai, a minha referência. Ele está sempre comigo para todos os momentos. Não só ele, mas toda a minha família. Eu vim de longe e eles são o meu combustível para seguir em frente e lutar pelos meus sonhos e objetivos. No sub-17 eu não joguei também. Em 2022, no sub-17 teve o Brasileiro e a Copa do Brasil, que chegamos na final. No Carioca fomos campeões e, neste ano, eu comecei a me destacar. Joguei e fui titular a temporada toda. No primeiro ano de 2020 também tive um grande ano. Fiz gol em final. Fui muito resiliente. Foi muito difícil. Mas tudo é adaptação.

Adaptação ao elenco profissional

– Nesse ano, eu estava com o pensamento na Copinha. Joguei só um jogo e recebi a notícia no hotel que precisariam de mim para compor o grupo na pré-temporada a pedido do Ramón Díaz. Fiquei muito surpreso e feliz ao mesmo tempo. Foi muito gratificante conhecer o elenco no Uruguai. Se não me engano foram 10 dias que eu passei lá. Vim para o Rio para disputar o Carioca, mas foi muito especial e importante na minha vida.

Trote no Uruguai

– Quem não tem cabelo, né?! Maicon, o careca. Ficou enchendo o saco e eu falei: “Não. Promessa. Não pode. Sobrancelha. Me dá essa moral”. Ele já falou: “Senta aqui e raspa”. Fiquei tristão. Eu tinha um cabelão a vida toda. Desde criança. Os caras foram lá e rasparam. Não tinha o que fazer. Tentei escapar, mas não consegui. Mas valeu a pena. Foi por um bom motivo.

Estreia pelo Vasco

– Foi um momento muito especial. Logo em São Januário, na nossa casa. Estamos acostumados a jogar ali nos campeonatos da base. Mas nunca com tanta torcida. Foi muito especial e gratificante estar ali dentro com toda a torcida te apoiando e aplaudindo. A minha família também estava no estádio. Foi muito especial e gratificante poder estrear vencendo, que é o mais importante.

Vasco olhando para cima e objetivos na temporada

– Na base, a gente desde cedo sabe o que é ser Vasco. Sabemos da responsabilidade que a gente tem em vestir essa camisa e representar milhões de torcedores. Sabemos das dificuldades que o Vasco passou nos últimos anos. Mas o nosso papel é sempre tentar exaltar a nossa torcida e a nossa grandeza. A gente luta todos os dias para colocar o Vasco no seu devido lugar e dar alegrias aos torcedores. Sempre pensando mais. Sempre querendo mais. Visar o topo da tabela. Às vezes não acontece como queremos. Mas sempre trabalhamos querendo isso. O Vasco sempre para cima e brigando por grandes coisas, que nossa torcida merece.- Nesse ano o objetivo é a Libertadores ou a Sul-Americana. No mínimo.

Período na seleção brasileira

– Todo menino sonha com isso: representar o seu país e a sua nação. Foi muito importante para mim e para a minha família, que sempre estão comigo. É muito especial estar com grandes jogadores. Os melhores do país. É um orgulho enorme representar a nossa Seleção.

JP no dia a dia

– Eu gosto de me cuidar muito. Desde cedo eu gosto de me cuidar. Tenho a minha academia em casa. Sou mais caseiro. Gosto de ficar em casa com a minha família. Mas também gosto de ir para a praia, restaurante. Sempre com a família. Um vídeo-game na hora do “recovery” (bota de recuperação). Praia, futevôlei, essas coisas.

Rafael Paiva

– É um grande treinador. Fez um grande trabalho na base e, agora, está repetindo no profissional. Ele já conhece a gente. Tem afinidade com a gente. É bem exigente no dia a dia. Principalmente, os meninos da base. Todo dia estamos fazendo complemento. Sempre somos os últimos a sair do campo. Ele só tem a acrescentar, porque conhece o grupo. Grandes coisas estão por vir.

Como o Rafael enxerga o futebol

– Ele preza sempre a posse de bola. Gosta que o time jogue com a bola e proponha o jogo. Sempre pressão alta para tentar ter a bola de volta.

Philippe Coutinho

– Às vezes eu acho que ele nem está aqui. É muito importante. É uma referência dentro e fora de campo. Um exemplo como pessoal e jogador. É uma referência dos últimos anos no nosso futebol. É um craque e cria da Colina. Sabe tudo o que passamos e estudou no mesmo colégio que a gente. Passou por todos os processos para chegar até aqui e é muito gratificante estar com ele no grupo.

Primeiros contatos com Coutinho

– Ele é um cara tranquilo. Ele conversa com os crias e brinca com a gente. Enturmou com a gente rápido. Ele, o Teixeira e o Souza também. Todos crias.

Integração entre Dimitri Payet e a base

– É mais difícil, porque ele fala mais inglês. Mas a gente tem que aprender (risos). Ele entende algumas coisas. É um grande jogador, um craque e referência dentro e fora de campo. Um exemplo de pessoa, que está aqui para somar. Aprendemos muito com ele no dia a dia.

Jogando em Goiânia como profisisonal

– Tinham umas 20 pessoas da minha família no estádio. Fiquei muito feliz por estar ali e poder expressar um pouco o meu sentimento por eles. Espero ter deixado eles orgulhosos, assim como a nossa torcida. É normal, todo lugar que vamos eles lotam o estádio. Estamos acostumados com isso.- Confesso que não (risos).

Returno do Brasileirão

– Podem esperar muita garra e luta. Estamos dando o nosso melhor dentro de campo, buscando o Vasco na frente e vencendo. Podem esperar muita entrega e dedicação para conquistarmos muitas coisas até o fim da temporada.

Fonte: Lance!

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