Integrantes da base do Vasco falam sobre o isolamento e relembram glórias

Jovens promessas do Vasco da Gama iniciam preparação para a disputa das competições que serão retomadas em setembro.

Gabriel Pec
Gabriel Pec (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

As categorias de base do Vasco da Gama estão retornando aos trabalhos após longos três meses longe dos gramados em função da pandemia do Coronavírus. O time sub-17 se apresentou nesta segunda-feira (24), enquanto os meninos do Sub-20 haviam retornado no último dia 27 de julho. Durante esse período de confinamento, o Cruzmaltino agiu rapidamente para preparar os membros da comissão técnica e os atletas durante a quarentena. Com um trabalho multidisciplinar, todas as categorias mantiveram as atividades de forma remota. 

Um dos diferenciais da formação, segundo o Clube, é a metodologia executada no Gigante. Em transmissão ao vivo na Vasco TV, nesta terça-feira (25/8), o Coordenador Metodológico, Próspero Paoli, destacou os ganhos adquiridos durante o tempo de isolamento e reforçou o trabalho que tem sido desenvolvido em São Januário, referência em todo o país.

– Desde o dia 17 de março o Departamento de Futebol de Base vem trabalhando de forma incansável com as 13 categorias para deixar os nossos atletas e comissões sempre atentos. Tenho certeza que eles vão voltar com muito conhecimento, principalmente da parte tática. Fizemos muitas dinâmicas, e quero aproveitar para parabenizar nossos profissionais que conseguiram manter os jogadores motivados durante todo esse tempo – explicou Próspero, antes de concluir:

– A metodologia foi uma das principais preocupações do Carlos Brasil. Hoje no Vasco temos um caderno de diretrizes metodológicas que não fica nas gavetas de São Januário. A nossa proposta metodológica é implementada onde nós jogamos, em um plano verticalizado, isto é, desde o sub-6 ao sub-20. Isso facilita muito a adaptação dos atletas entre as categorias; a forma de conceber o treino e de jogar é muito semelhante, óbvio que respeitando as especificidades de cada faixa etária. É um trabalho de várias mãos, um esforço coletivo. O torcedor pode ter certeza que gerações maravilhosas vem por ai.

O técnico da equipe Sub-17, Celso Martins, que treinou a Geração 2001, de Gabriel Pec, Bruno Gomes e Vinicius Paiva, todos no profissional atualmente, em 2018, também participou da live. O treinador falou sobre o momento marcante que viveu com os Meninos da Colina naquele ano, e da preocupação em ajudar na formação dos atletas não só como jogadores, mas também como cidadãos.

– Foi uma satisfação muito grande, não só com aquele grupo, mas com todas as gerações. O trabalho que tem sido desenvolvido na base, capitaneado pelo Carlos Brasil, é muito sério e começa desde o futsal para que os atletas cheguem no melhor nível no profissional. Foi um ano muito prazeroso em que pudemos desfrutar da Geração 2001, que está buscando espaço e vai dar muitas alegrias para o torcedor.

Celso também revelou a expectativa e a empolgação de poder voltar a comandar os Meninos da Colina neste início de competições com a equipe do Sub-17:

– Eu costumo brincar que a nossa Fábrica de Craques não para. Estou bastante empolgado, é uma geração muito talentosa, mas a gente busca mostrar para eles que o talento sozinho não resolve nada e que precisamos seguir firmes no nosso trabalho. Na categoria sub-17 as competições são muito boas, além de ser um momento em que os atletas precisam estar preparados dentro de campo e fora dele caso sejam solicitados pelo profissional. O que posso afirmar é que temos uma geração muito forte que o torcedor vascaíno vai gostar de ver jogar. 

Há 11 anos no Vasco, Gabriel Pec relembrou a trajetória no Cruzmaltino, que começou ainda em 2009 nas quadras de salão da Colina Histórica. O meia foi um dos atletas que jogou sob o comando de Celso em 2018, e falou com carinho sobre a relação que desenvolveu com o treinador e com todo o grupo.

– Foi um ano incrível com o Celso. Infelizmente eu me machuquei no início da temporada e tive que começar um trabalho na fisioterapia, mas aos poucos fui voltando e puder ajudar o grupo. Os puxões de orelha que o Celso me deu serviram de aprendizado para mim, criamos um laço de amizade que foi muito importante. O nosso grupo era muito fechado, todo mundo se ajudava quando estava mal e o professor sempre se preocupava em nos colocar para cima.

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