Integrantes da base do Vasco falam sobre o isolamento e relembram glórias
Jovens promessas do Vasco da Gama iniciam preparação para a disputa das competições que serão retomadas em setembro.
As categorias de base do Vasco da Gama estão retornando aos trabalhos após longos três meses longe dos gramados em função da pandemia do Coronavírus. O time sub-17 se apresentou nesta segunda-feira (24), enquanto os meninos do Sub-20 haviam retornado no último dia 27 de julho. Durante esse período de confinamento, o Cruzmaltino agiu rapidamente para preparar os membros da comissão técnica e os atletas durante a quarentena. Com um trabalho multidisciplinar, todas as categorias mantiveram as atividades de forma remota.
Um dos diferenciais da formação, segundo o Clube, é a metodologia executada no Gigante. Em transmissão ao vivo na Vasco TV, nesta terça-feira (25/8), o Coordenador Metodológico, Próspero Paoli, destacou os ganhos adquiridos durante o tempo de isolamento e reforçou o trabalho que tem sido desenvolvido em São Januário, referência em todo o país.
– Desde o dia 17 de março o Departamento de Futebol de Base vem trabalhando de forma incansável com as 13 categorias para deixar os nossos atletas e comissões sempre atentos. Tenho certeza que eles vão voltar com muito conhecimento, principalmente da parte tática. Fizemos muitas dinâmicas, e quero aproveitar para parabenizar nossos profissionais que conseguiram manter os jogadores motivados durante todo esse tempo – explicou Próspero, antes de concluir:
– A metodologia foi uma das principais preocupações do Carlos Brasil. Hoje no Vasco temos um caderno de diretrizes metodológicas que não fica nas gavetas de São Januário. A nossa proposta metodológica é implementada onde nós jogamos, em um plano verticalizado, isto é, desde o sub-6 ao sub-20. Isso facilita muito a adaptação dos atletas entre as categorias; a forma de conceber o treino e de jogar é muito semelhante, óbvio que respeitando as especificidades de cada faixa etária. É um trabalho de várias mãos, um esforço coletivo. O torcedor pode ter certeza que gerações maravilhosas vem por ai.
O técnico da equipe Sub-17, Celso Martins, que treinou a Geração 2001, de Gabriel Pec, Bruno Gomes e Vinicius Paiva, todos no profissional atualmente, em 2018, também participou da live. O treinador falou sobre o momento marcante que viveu com os Meninos da Colina naquele ano, e da preocupação em ajudar na formação dos atletas não só como jogadores, mas também como cidadãos.
– Foi uma satisfação muito grande, não só com aquele grupo, mas com todas as gerações. O trabalho que tem sido desenvolvido na base, capitaneado pelo Carlos Brasil, é muito sério e começa desde o futsal para que os atletas cheguem no melhor nível no profissional. Foi um ano muito prazeroso em que pudemos desfrutar da Geração 2001, que está buscando espaço e vai dar muitas alegrias para o torcedor.
Celso também revelou a expectativa e a empolgação de poder voltar a comandar os Meninos da Colina neste início de competições com a equipe do Sub-17:
– Eu costumo brincar que a nossa Fábrica de Craques não para. Estou bastante empolgado, é uma geração muito talentosa, mas a gente busca mostrar para eles que o talento sozinho não resolve nada e que precisamos seguir firmes no nosso trabalho. Na categoria sub-17 as competições são muito boas, além de ser um momento em que os atletas precisam estar preparados dentro de campo e fora dele caso sejam solicitados pelo profissional. O que posso afirmar é que temos uma geração muito forte que o torcedor vascaíno vai gostar de ver jogar.
Há 11 anos no Vasco, Gabriel Pec relembrou a trajetória no Cruzmaltino, que começou ainda em 2009 nas quadras de salão da Colina Histórica. O meia foi um dos atletas que jogou sob o comando de Celso em 2018, e falou com carinho sobre a relação que desenvolveu com o treinador e com todo o grupo.
– Foi um ano incrível com o Celso. Infelizmente eu me machuquei no início da temporada e tive que começar um trabalho na fisioterapia, mas aos poucos fui voltando e puder ajudar o grupo. Os puxões de orelha que o Celso me deu serviram de aprendizado para mim, criamos um laço de amizade que foi muito importante. O nosso grupo era muito fechado, todo mundo se ajudava quando estava mal e o professor sempre se preocupava em nos colocar para cima.