Inocentes de Belford Roxo tem ala representando o Vasco da Gama
Time de coração de Nelson Sargento, o Vasco da Gama foi representado na ala seguinte da Inocentes de Belford Roxo.
Terceira escola a desfilar na segunda noite de desfiles da Série A, a Inocentes de Belford Roxo apresentou o enredo “Nelson Sargento: Samba Inocente, Pé no Chão”. Desenvolvido pelos carnavalescos Walter Guilerhme e Márcio Puluker, agremiação da Baixada Fluminense fez uma homenagem a Nelson Sargento, uma das mais importantes figuras da Estação Primeira de Mangueira.
A Inocentes de Belford Roxo abriu o desfile com representações de malandros e boêmios na comissão de frente, fazendo uma referência à música “De Boteco em Boteco”. No mesmo setor, a escola apresentou alas que abordavam a canção “Cântico à Natureza”, com fantasias representando as quatro estações do ano. No abre-alas, surge a escultura de Nelson Sargento, personalizando assim a canção já referida.
Supreendendo a quem assistia ao desfile, a escola apresentou a bateria logo após o abre-alas. Fantasiados com um uniforme de gala de sargento do Exército, os ritmistas fizeram movimentos coreografados, empolgando o público da Sapucaí.
Após a pasagem da bateria, a Inocentes fez um passeio pelas composições e também pelas histórias de Nelson Sargento. O segundo carro da escola veio com elementos africanos, simbolizando a luta daqueles que querem manter o samba vivo na cultura brasileira. É uma referência à composição “O Samba Agoniza, mas não Morre”, pois o ritmo foi ofuscado por outros movimentos musicais durante a década de 1960.
Nas alas seguintes, mais referências à história de Nelson Sargento, como as canções criadas no Bar Zicartola e o projeto de shows “Rosa de Ouro”, onde o compositor ganhou o famoso apelido. No terceiro carro, foi mostrado uma favela em Arte Naif, um estilo na qual Nelson adotou em seu lado artista plástico.
Time de coração de Nelson Sargento, o Vasco da Gama foi representado na ala seguinte. Depois, foi a vez de mostrar a técnica de artista plástico do compositor mangueirense, que realizou sua primeira exposição em 1973. Fechando o desfile, o próprio Nelson Sargento desfilou o último carro. A alegoria tinha a Mangueira como referência e a Inocentes de Belford Roxo sugeriu um “triângulo amoroso” envolvendo o compositor, a Estação Primeira e a agremiação da Baixada Fluminense.
A Inocentes de Belford Roxo teve como principal destaque seus carros alegóricos, mas acabou pecando na leitura do enredo. As referências sobre Nelson Sargento foram dsitribuídas de maneira aleatória, o que deve prejudicar a escola nesse quesito. Diante de fortes concorrentes ao acesso, conquistar uma boa posição na apuração da quarta-feira de cinzas pode ter sabor de título para os integrantes da escola.
O Repórter