Humberto Rocha admite ausência de médico em treino na base do Vasco

Humberto Rocha admitiu que não havia médico no local durante a atividade, fato que fere o estatuto do clube.

No dia seguinte à morte de Wendel Junio Venâncio da Silva, de 14 anos, na manhã da última quinta-feira, durante um treinamento do time infantil na cidade de Itaguaí (RJ), o gerente das categorias de base do Vasco, Humberto Rocha, admitiu que não havia médico no local durante a atividade, fato que fere o estatuto do clube.

– Realmente não havia um médico no treinamento, mas o atendimento foi feito por um socorrista, um integrante da comissão técnica habilitado para prestar os primeiros socorros. Foi um caso inédito e que serve de alerta. Vamos nos reunir e repensar o que pode ser feito para que não se repita, mas com certeza a primeira providência será disponibilizar médicos em todas as atividades – afirmou Humberto Rocha, gerente das categorias de base do Vasco.

O estatuto do Vasco, em seu artigo 111º, obriga que haja representantes do departamento médico em todas as atividades do clube, seja dentro ou fora de sua sede:

Compete ao Departamento Médico: Atender, nos assuntos de sua competência, ao tratamento, preparo e sanidade dos atletas, estendendo seus serviços a todos os Departamentos; dispor de um quadro de médicos e de preparadores físicos, que possa atender a todos os serviços, dentro ou fora da Sede do Clube; manter as instalações médico-cirúrgicas e aparelhamento necessários, salas de enfermagem e meios para qualquer tratamento de emergência; se necessário manter serviços de ginástica, ilustrada com cursos e preleções que facilitem aos atletas a auto-conservação da forma física e higiene, inclusive pela alimentação racional e exercícios individuais e acompanhar as delegações desportivas do Clube e prestar-lhes a assistência médica, no país e no estrangeiro.

Ao lado de integrantes da comissão técnica da categoria infantil do Vasco, Humberto Rocha está em São João Nepomuceno (MG) para velório e enterro de Wendel representando o Vasco. Embora tenha admitido a falha no fato de não haver médico no local, o dirigente afirmou que a questão não foi determinante para a morte do jovem.

– O socorro foi prestado imediatamente. Havia 15 minutos de treinamento quando o menino sentiu-se mal. Até então ele estava normal, pelo que me contaram as pessoas que acompanhavam a atividade. O socorrista verificou a pressão do menino e ele logo foi encaminhado para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), que fica a cinco minutos do CT. Infelizmente ele não resistiu – disse.

Humberto Rocha ainda negou que Wendel não havia se alimentado antes de seguir para Itaguaí. Assim como os demais jogadores em teste na base do Vasco, o menino estava alojado numa casa localizada numa rua em frente à entrada principal de São Januário.

– Ele pode não ter tomado um supercafé da manhã, mas se alimentou pelo menos de leite e biscoito. Algo que até os atletas profissionais fazem muitas vezes. Os meninos que vêm de fora recebem uma espécie de vale para que entrem no clube e se alimentem antes e depois dos treinamentos. A morte dele não aconteceu por conta disso – frisou.

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