História de vida de Auremir e William Matheus comove Carlos Alberto
Calos Alberto “Quem passou dificuldade na vida não costuma sentir peso de camisa”, referindo-se à história de vida de Auremir e William Matheus.
Carlos Alberto saiu de Xerém para brilhar no Fluminense e dali conquistar o mundo. Em Portugal, ganhou a Liga dos Campeões da Europa e o Mundial de Clubes, vestindo a camisa do Porto. Ganhou ainda um Carioca pelo time tricolor, a Série B pelo Vasco e o Brasileirão pelo Corinthians . Aos 27anos, sonha com novos voos. Mas por ora usa seu exemplo para motivar os recém-chegados Auremir e William Matheus.
Há cinco jogos o Vasco não sofre gol. É a melhor marca da temporada. Curiosamente, dois desconhecidos da torcida – e por que não falar do futebol brasileiro? – integram o time que vem se acertando ali atrás. Auremir veio do Náutico, onde flutuava entre o meio-campo e a lateral-direita; já o lateral-esquerdo, revelado pelo Bahia, barrou Thiago Feltri e fez o técnico Cristóvão Borges desistir de improvisar o meia Felipe na posição.
Auremir substituiu Fágner, negociado com o futebol alemão. E não decepcionou. Jonas, que será apresentado na manhã desta quinta-feira, em São Januário, chega como solução para a lateral-direita. Chegaria, porque pelo visto vem para brigar com o novo dono da posição.
A explicação para a entrada dos desconhecidos laterais que ajudaram acertar a defesa do Vasco veio de uma frase menos técnica e mais humana de Carlos Alberto. Para o meia, que aos 19 anos marcava o gol do título europeu do Porto, a superação está na história de vida dos atletas de origem menos abastados.
“Quem passou dificuldade na vida não costuma sentir peso de camisa”, filosofou Carlos Alberto, referindo-se à história de vida dos companheiros de time. Auremir, de 20 anos, por exemplo, perdeu o pai – vítima de um AVC -, aos 17 anos, e precisou abandonar a carreira durante um ano para ajudar a mãe e a irmã. Substituir Fágner, conta o jogador, só foi possível graças ao apoio dos colegas de time, que jamais agiram com preconceito em sua chegada.
“Desde o primeiro dia, o pessoal me recebeu muito bem. Não há receio de o pessoal dar a boa em mim, eles me dão a bola, me ajudam bastante. Com o treinamento, é buscar entrosamento e melhorar”, disse o jogador.
ig