Henrique comenta lances decisivos e exalta força coletiva do Vasco

O lateral-esquerdo Henrique vive boa fase no Vasco da Gama após se destacar nos jogos contra o Atlético-GO e Botafogo.

Henrique em campo contra o Santos
Henrique em campo contra o Santos (Foto: Richard Callis)

Destaque no empate sem gols com o Atlético-GO e na vitória por 3 a 0 sobre o Botafogo, o lateral-esquerdo Henrique concedeu coletiva nesta terça-feira. Em ambos os jogos, o jogador salvou gols adversários em cima da linha. No clássico, fez algo a mais: deu assistência para Talles abrir o placar.

Henrique, criticado ao longo da temporada, vive nova fase desde a chegada de Vanderlei Luxemburgo. Ao comentar a melhora de rendimento, o jogador preferiu exaltar a força coletiva.

Fui importante ali, a gente costuma dizer que ninguém ganha ou perde sozinho. A gente está sempre junto, é um momento em que um ajuda ao outro e é importante isso – disse, para completar:

– Futebol por mais que seja um esporte coletivo, às vezes é bastante individual. Ninguém perde ou ganha sozinho. Quantas vezes o Cano não nos ajudou com gols, o Fernando salvando… O Ricardo tem muita essa qualidade de salvar gols em cima da linha. Ele sempre fez isso. Ali, cara, eu vi que o jogador do Atlético driblou o Fernando, o Fernando fechou muito bem e não fez o pênalti. Castan foi diminuindo o espaço dele. Pensei: “Vou fechar do lado dele porque tenho certeza que no canto dele ele não vai tomar”. Fiquei bem posicionado e tirei. No segundo lance, é lance de bola parada, e eu sempre fico no primeiro pau. Quando a bola sai, a gente sai para não dar condição. Quando vi que o jogador deles ficou em condição de chutar, pensei em fechar porque o gol ficou grande. Se eu não tiro, o Pikachu ia tirar. A gente sempre fala para um confiar no outro.

Com 32 pontos, o Vasco é o atual 15º colocado no Brasileirão. No sábado, recebe o Coritiba em São Januário.

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Momento de pressão

– Eu sou cria do Vasco, jogo aqui na base desde novo. A gente está sempre acostumado com pressão, no Vasco você tem que jogar em alto nível. Se o torcedor cobra, é porque sabe do nosso potencial. Mesmo na fase boa eu não sou o melhor lateral do mundo e na fase ruim não sou o pior lateral do mundo. Procuro ter equilíbrio na parte pessoal e profissional. Ficamos felizes de viver nova fase com o professor Luxemburgo. Conhecemos o trabalho dele, mas o mais legal é que o Luxemburgo está sempre inovando, e a comissão dele chega sempre com novidades. Ele consegue tirar o máximo do atleta e do homem. Isso é importante, e a gente pretende seguir nessa batida para manter o Vasco na Primeira Divisão.

Aposentadoria do lateral-esquerdo Ramon

– Para ser bem sincero, todos aqui ficaram bem tristes porque o Ramon, cara… Sou suspeito para falar dele. Sou fã dele, ele é meu irmão para a vida. Pude contar com ele em todos os momentos difíceis. Sempre foi um amigo de verdade para a minha família, está sempre nos meus aniversários. Tenho como espelho e como jogador. Não tinha como disputar vaga com Ramon, ele sempre seria titular. Sempre foi grande jogador, um grande atleta. A gente fica triste porque perdeu um grande parceiro de time. Cara que somava muito e sempre soube falar na hora certa. A gente torce para ele nessa nova fase da carreira, está surfando agora. Estou sempre com ele, é meu irmão, e eu o amo de verdade.

Pedidos de Luxa

– A persistência nos treinamentos e acreditar. O professor tem muito essa parte mental, parte muito boa dele. Foi um treinador muito vitorioso e puxa as coisas para cima. Ele suga ao máximo os atletas. Nunca deixei de trabalhar. Sempre trabalhamos muito forte. A gente procura manter esse equilíbrio. A persistência do nosso grupo é muito importante, sempre confiamos um no outro. Quando eu não jogava, eu confia muito no potencial do meu colega, no Neto. E vice-versa. É um carinho e um respeito mútuo. Sempre estamos torcendo pelo nosso companheiro, e a amizade do nosso grupo é o mais importante.

Cobrança da torcida

– Como falei antes, o Vasco é um clube enorme, todo mundo quer estar aqui dentro. Sabemos que a camisa que o Vasco tem mundialmente. Não me incomoda de maneira nenhuma, sabemos que o torcedor quer o clube cada vez mais forte e mais competitivo. Sempre procuro manter a cabeça focada para ter meu espaço. E sempre respeitando meus colegas e amigos.

Incentivo para Pikachu antes do pênalti

– Quando vi que foi pênalti e vi que foi no Yago, vi que ele tinha pedido pro Cano. Vi que Cano ia deixar e corri para incentivar o Yago. É uma parte bem legal. A qualidade mais importante do nosso grupo é a união, foi um gesto muito bonito do Cano. Yago estava há um tempo sem marcar e fez o centésimo gol dele na carreira.

Alegria com gol de Pikachu

– No jogo anterior, contra o Atlético-GO, ele gosta de ver os melhores momentos. Por alguma ocasião, o comentarista falou de 37 rodadas. Ele ficou na cama deitado e pensando que estava há 37 rodadas. A gente sabe que é natural para ele. Foi um jejum de gols, a primeira função dele é marcar. O Cano é artilheiro, vinha batendo pênaltis e também ficou uma fase sem marcar. Ainda bem que o Yago voltou a marcar. Como sou amigo e próximo dele, sabíamos que era importante para ele.

Maior ambição no Vasco

– Quero ganhar um título de expressão no clube que me formou como homem, que me criou e que me deu educação. Quero retribuir o Vasco. Sou muito grato ao Club de Regatas Vasco da Gama. Se Deus quiser, vamos conseguir juntos.

Importância dos discurso de Luxa antes do jogo

– O Luxemburgo é um técnico de alto nível, de grandes times e grandes títulos. Ele sabe mexer com todos os sentimentos do atleta e principalmente do homem. Quando a gente sabe absorver bem isso faz toda a diferença. Nesses dois jogos, a gente começou muito forte. A gente esteve com ele no ano passado, e ele chega com novos treinos, novas táticas. E a gente se aprimora a essas novas táticas. Quando ele dá a última palavra antes de entrarmos no campo, ele sabe mexer conosco e tirar aquele algo a mais do atleta e do homem. Na maioria das vezes faz muita diferença. Todo mundo sabe disso e todo mundo espera essa última palavra dele.

Uso da base

– É muito importante, Vasco sempre teve grandes jogadores na base, revelou grandes jogadores. A gente sabe a importância dessa molecada, que sempre quer escutar mais e busca mais dentro do clube. Pec, Caio, Juninho, Bruno, Riquelme… Com certeza eles vão dar muito ao Vasco. Há troca de experiência, e o mais importante disso é que eles têm muito a passar para nós. A troca é realmente dos dois lados. Estamos sempre conectados nas nossas ações. São garotos que sempre ouviram, têm muita qualidade e muita cabeça.

Primeiro gol (contra o Goiás)

– Era um jogo muito importante e valia classificação. Tínhamos perdido no jogo de ida. Foi legal, foi muito emocionante. Não costumo ser muito emotivo, mas foi um momento muito legal. Alguns amigos tinham comentado antes. Uma das fotos que postei foi o abraço com Pikachu, Marcos Júnior e Miranda. Foi um gol muito importante para mim e a para minha família.

Fonte: Globo Esporte

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2 comentários
  • Responder

    Tudo bem, ainda não vejo esse jogador como um bom lateral, mas torço pra que ele pare de tocar sempre pra traz e passe a se aventurar mais prá frente.

    • Falou tudo

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