Gilmar Ferreira comenta ruído entre Jorge Salgado e VPs: ‘Um passo atrás’

O jornalista Gilmar Ferreira afirmou que o fechamento da venda da SAF do Vasco ainda não está tão próximo quanto se imagina.

Executivos da 777 Partners reunidos com dirigentes do Vasco
Executivos da 777 Partners reunidos com dirigentes do Vasco (Foto: Daniel Ramalho/ Vasco)

Há cerca de um mês, precisamente na coluna do dia 27 de abril, e a três dias da AGE que votou pela criação da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Vasco, contei aqui, na crônica “Perdidos no espaço”, a desarmonia entre alguns vice-presidentes e o presidente Jorge Salgado.

Sem inocentes ou culpados, a “guerra surda” nos bastidores políticos do clube amplificava as incertezas do futebol num ano extremamente importante para a vital recuperação econômica da instituição.

Pois bem: agora que as tratativas com a 777 Partners caminham para o desfecho comercial, os insatisfeitos com o jeito arrogante e presunçoso do presidente na condução do futebol começam a exibir suas vaidades.

Desta vez, colocando para fora pontos discordantes na negociação para a venda da pasta mais importante do clube.

Como se não já não houvesse na comissão criada para formalizar o acordo conselheiros capazes de defender os interesses dos sócios estatutários.

Uma rotineira busca pelo protagonismo político que dificulta e atrasa o Vasco em seu processo de recuperação institucional.

E que pelo jeito só terá fim quando (e se!) os norte-americanos firmarem o contrato de compra das ações da SAF, tirando o futebol do caminho dessa gente..

Só que, infelizmente, o aperto de mãos ainda não está tão próximo quanto parece.

Faltam, por exemplo, alguns documentos que comprovem a posse dos terrenos anexados ao “Complexo de São Januário” no início do século pelo então presidente Eurico Miranda – já falecido.

E falta também discutir a fundo os direitos adquiridos pelos sócios em dias de jogos.

Sim, porque, pagando R$ 1 milhão (ano) pelo aluguel de São Januário, a 777 Partners deverá por fim no desconto de 50% no preço dos ingressos das sociais em dias de jogos.

E isso agride a história de um clube que se orgulha de ter se tornado gigante através do engajamento do seu quadro associativo.

Ativo que ainda por cima lhe rende hoje R$ 6 milhões anuais só com as mensalidades.

Teme-se que a medida antipática atrapalhe a aprovação do negócio ou, mesmo aprovada, impacte desfavoravelmente nas receitas ordinárias do clube.

É “resolvível”, mas demanda tempo, capacidade negocial, jogo de cintura…

Os americanos não estão à mesa interessados em benemerências, mas de olho no negócio que movimenta muito dinheiro, com ou sem crise.

Não à toa, tiraram o inglês Don Dransfield do posto de diretor de negócios estratégicos do City Group para ser o chefe de esportes da 777 Partners.

Mostra o quão dispostos estão para o fortalecimento da firma que já tem no portfólio Genoa, da Itália, Standard Liege, da Bélgica, e parte do Sevilla, da Espanha.

O Vasco estará na mesma prateleira, e será mais uma unidade de negócio com metas a serem atingidas.

E o plano é tornar a marca do clube internacionalmente vitoriosa – e acima de tudo lucrativa!

Fonte: Blog Futebol, coisa & tal

1 comentário
  • Responder

    Esses falsos vascaínos não se entregam

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