Final da Taça Rio teve atuação segura do trio de arbitragem

O árbitro Wagner do Nascimento Magalhães conteve reclamações com cartões e sai de campo quase sem ser notado.

No último fim de semana, a reclamação do Flamengo por causa de um pênalti assinalado a favor do Vasco marcou a semifinal da Taça Rio. Neste domingo, porém, a arbitragem da decisão entre Botafogo e Vasco saiu de campo quase sem ser notada. Estreante em decisões e apitando também seu primeiro clássico em 2012, o juiz Wagner do Nascimento Magalhães, de 32 anos, teve atuação segura ao lado dos bandeirinhas Luiz Antônio Oliveira e Rodrigo Figueiredo Correa na vitória do Alvinegro por 3 a 1. As reclamações de ambos os lados foram contidas com a distribuição de nove cartões amarelos, e não houve nenhum lance considerado polêmico.

Após a partida, todos os envolvidos na arbitragem da partida festejaram as boas atuações no vestiário. Wagner até pegou autógrafos em sua camisa e garantiu que vai emoldurá-la para exibir na sala de casa.

– Um dia vou mostrar para meus filhos a camisa da minha primeira decisão. Só tenho de agradecer à comissão de arbitragem que sempre confiou no nosso trabalho. Não foi só o Wagner que foi bem, e sim toda a equipe, do preparador físico ao técnico de arbitragem – declarou o juiz da partida à Rádio Tupi, revelando ainda a maior dificuldade que encontrou durante os 90 minutos.

– No começo o Loco Abreu quis botar pressão. O Felipe também tentou usar a experiência. Quiseram ganhar no grito, mas levamos bem até o final.

Nos próximos dias serão sorteados os árbitros para as duas partidas da decisão do Campeonato Carioca, entre Fluminense e Botafogo, nos dias 6 e 13 de maio. Segundo o presidente da Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro, Jorge Rabello, três nomes estão pré-escolhidos: Marcelo de Lima Henrique, Luiz Antônio Silva Santos (Índio) e Péricles Bassols. Os dois primeiros vão participar do sorteio para a primeira partida. O perdedor disputa com Péricles o direito de apitar a grande decisão.

Atuação tranquila no primeiro tempo

Apitando seu primeiro clássico em 2012, o ábitro Wagner do Nascimento Magalhães, de 32 anos, tinha logo na final da Taça Rio a chance de mostrar seu trabalho. Para o comentarista de arbitragem da TV Globo, Renato Marsíglia, o clássico decisivo era a oportunidade de o juiz “alcançar o seu espaço no futebol brasileiro”.

Antes do jogo, uma cena inusitada. O atacante vascaíno Alecsandro se aproximou de alguns jornalistas para perguntar o nome do árbitro da partida. O fato de ser pouco conhecido pelos jogadores, no entanto, não atrapalhou o trabalho de Wagner na primeira etapa. Deixando o jogo seguir sempre que possível, ele distribuiu quatro cartões amarelos: Diego Souza e Felipe, pelo Vasco, e Andrezinho e Fábio Ferreira, pelo Botafogo.

Da falta que resultou na advertência para Felipe, nasceu o segundo gol do Botafogo. Na hora da cobrança de Elkeson, dois jogadores do Botafogo estavam em posição de impedimento na área. Mas a bola foi na direção de Fábio Ferreira, único em condição legal de jogo.

– Wagner e seus auxiliares acertaram. Quem participa diretamente da jogada (Fábio Ferreira) está em posição legal. Os outros não interferiram na jogada. Não há o que discutir – resumiu o comentarista de arbitragem.

Para Marsiglia, o único erro do árbitro foi deixar Fellipe Bastos e Loco Abreu reclamarem das marcações sem qualquer punição.

– Ele foi muito bem no primeiro tempo. Só precisa estabelecer um limite para que os jogadores saibam como se portar. Como ele tomou uma dura do Loco e não tomou providência, o Fellipe se sentiu no direito de fazer a mesma coisa. Esse tipo de coisa não pode acontecer porque ele pode acabar perdendo o controle do jogo – explicou.

Impedimentos corretos e amarelos em sequência

A vitória parcial do Botafogo por 2 a 0, e o terceiro gol marcado logo aos 9 minutos da etapa final, tranquilizaram ainda mais a partida e o trabalho do árbitro. As reclamações que ainda surgiam, Wagner continha com a distribuição de cartões amarelos. Foram mais cinco no segundo tempo: três para o Vasco (Juninho Pernambucano, Fágner e Allan), e dois para o Botafogo (Loco Abreu e Jádson).

Um dos poucos lances que poderiam gerar polêmica passou despercebido. Aos 20 minutos, Fellipe Bastos cobrou falta e a bola explodiu no cotolevo de Lucas, que estava na barreira dentro da área. Os vascaínos sequer reclamaram. Segundo Marsíglia, o árbitro acertou ao não marcar a penalidade.

– Nessa velocidade não tem como o jogador evitar. Eu não marcaria. Vendo em supercâmera lenta é fácil – resumiu o comentarista.

Além de conduzir bem a partida, o árbitro ainda contou com ajuda correta dos auxiliares. Como aos 27 minutos, quando Rodrigo Figueiredo Correa assinalou corretamente o impedimento de Fábio Ferreira após rebote de Fernando Prass e cobrança de falta de Elkeson.

Depois de um campeonato marcado por reclamações e erros de arbitragem, a final da Taça Rio passou sem polêmicas. As torcidas de Fluminense e Botafogo agora esperam que a dose se repita na grande decisão do Campeonato Carioca.

globo esporte

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