Figueiredo projeta estreia na Série A com o Vasco e comenta saída de Nenê
O atacante Figueiredo disputará sua primeira Série A do Brasileiro e projeta grande campeonato com o Vasco da Gama.
Aos 21 anos, Figueiredo se prepara para disputar pela primeira vez a Série A do Campeonato Brasileiro. Após duas temporadas como profissional na Série B, o atacante, que foi importante no acesso do Vasco, jogará a partir deste sábado na elite do futebol do país. O time de Maurício Barbieri estreia contra o Atlético-MG, às 21h, no Mineirão.
A Série A será um desafio enorme, trará uma visibilidade maior, mas também é uma espécie de recompensa. Figueiredo é um dos poucos jogadores do atual elenco do Vasco que disputou e vivenciou a dificuldade do clube nas duas últimas edições da Segunda Divisão. Além dele, apenas Gabriel Pec, Riquelme, Halls e Miranda fizeram parte do grupo do Vasco em 2021 e 2022.
Agora é momento de dar um salto de patamar, mas também desfrutar na elite. Como diz seu lema nas redes sociais, “só vive o propósito quem suporta o processo”.
– Foram anos difíceis, batalhando para trazer o Vasco de volta para o lugar de nunca deveria ter saído. O clube agora está se reestruturando, com planejamento, e temos tudo para fazer um grande campeonato. Sabemos que é um processo, e que ainda vamos encontrar obstáculos pelo caminho, mas temos que saber atravessar por isso para colher coisas boas lá na frente. Vamos trabalhar bastante para levar o Vasco o mais longe possível nesse Brasileiro – disse Figueiredo.
Em entrevista ao ge, Figueiredo, falou sobre o Vasco na Série A e também sobre a lesão que o tirou de boa parte do Campeonato Carioca, de mudanças na vida pessoal e sobre seu posicionamento, questão sempre levantada por torcedores, uma vez que o atacante já foi testado em várias funções.
Você nunca tinha ficado tanto tempo afastado por conta de lesão. Como foi esse período e como foi acompanhar o Vasco de fora? Está totalmente recuperado?
Complicado ficar de fora por tanto tempo, mas sabemos que isso faz parte da nossa profissão, e só tinha que ficar focado na minha recuperação para voltar a ficar à disposição. Agora estou totalmente recuperado, pronto para dar o meu melhor pelo Vasco.
Você é atacante, mas iniciou a temporada como volante com Barbieri e jogou alguns jogos no ano passado como lateral com Jorginho. Gosta de ser considerado um jogador versátil ou prefere se firmar no ataque? Por que você não é escalado como centroavante, posição em que foi artilheiro da Copinha em 2022?
Foi um pouco diferente para mim (jogar como volante), pois sempre joguei mais de atacante, mas o professor Barbieri me colocou nessa nova função e consegui me adaptar com muito treinamento. Me coloquei à disposição para ajudar em qualquer setor, o que quero é estar jogando, como qualquer outro jogador. É bom ter essas possibilidades, mas o que mais importa é poder ajudar a equipe.
Como vê a disputa por vagas no time?
Acho que o Vasco está se estruturado e se planejando para montar uma equipe forte e competitiva. Esse é o caminho que o clube está seguindo, de se reorganizar e formar uma base sólida para o futuro. Acho que o elenco tem opções muito qualificadas, e essa é uma dor de cabeça positiva para o treinador. Todos os jogadores querem jogar, e essa concorrência é sadia, pois tira o melhor de cada um. Acho que quem tem a ganhar com isso é o Vasco.
Você sempre foi muito próximo ao Nenê. Ele foi um cara que te ajudou nas cobranças de falta? Como vê a saída dele do Vasco?
Nenê é um cara fora de série, além de um grande jogador. Foi uma pessoa que sempre me ajudou e me orientou muito aqui no Vasco, com toda a experiência que tem, e vai fazer falta aqui no nosso dia a dia. Com certeza foi uma inspiração nas cobranças de falta, e espero que eu tenha um pouco da qualidade que ele tem. A gente torce muito para essa sequência de vida dele, pois é uma pessoa que merece as melhores coisas.
E como está sendo a mudança na vida pessoal? Deixou Niterói para morar no Rio, mais próximo ao CT. Tirou carteira de motorista para ir sozinho aos treinos. Como tem sido essa experiência?
Acho que é uma evolução normal da vida. Vim morar aqui para ser mais perto do CT, pois o trânsito acaba dificultando muito, e estando por aqui facilita. Agora, também, com a carteira de motorista tudo fica mais fácil ainda. Acho que essas mudanças na vida fazem parte do processo, e é bom seguir evoluindo em todos os aspectos.
Fonte: Globo Esporte