Fernando Diniz detalha trabalho no Vasco e revela frustração com Neymar
Técnico do Vasco da Gama, Fernando Diniz comentou o desempenho do elenco Cruzmaltino e admitiu desapontamento com Neymar.

Romário se sentou cara a cara com Fernando Diniz. Na condição de entrevistador, quis saber a respeito do trabalho de Diniz no Vasco. E o treinador tinha coisas bastante interessantes a dizer.
Entre elas, a respeito de Philippe Coutinho, que, segundo Diniz, é um dos caras que mais trabalham no grupo. Não era assim quando Diniz chegou. Coutinho estava desmotivado e, em campo, fazia pouco. Ao falar do seu camisa 10 uma coisa ficou clara para mim: Diniz gosta de trabalhar em times com um jogador muito acima da média. Ganso. Daniel Alves. Coutinho. Ele gosta da missão de recuperar um fora de série.
Por isso se frustrou com Neymar na seleção: Diniz parece ter a certeza de que seria capaz de recuperá-lo, mas Neymar se contundiu e o sonho acabou quando, depois de seis jogos, Diniz foi demitido. Eu honestamente não duvido que Diniz seria o cara a recuperar Neymar.
Fernando Diniz parece feliz no Vasco. Conta com um grupo motivado de atletas e diz que tem uma ligação difícil de explicar com o Vasco. Vendo daqui, não me parece difícil. O Vasco tem uma das histórias mais bonitas do futebol mundial: clube de trabalhadores, lutou contra o racismo de forma pioneira, instituição ligada a causas sociais. Fernando Diniz gosta desse vínculo. Está em casa.
Seu retorno é uma lição para alguns episódios em nossas vidas que parecem ter dado errado. Ele esteve no Vasco em 2021. Ficou dois meses e saiu. Não era hora. A hora é agora. Ele diz que aceitou o convite porque estava movido por uma vontade muito grande de ajudar o Vasco nesse momento. “As pessoas gostam de trabalhar no Vasco. É uma parada de solidariedade que tem muito a ver com a história do clube”.
Ainda sobre Coutinho, ele explica que o atleta é “como se fosse um Sol. É o craque mais humilde com quem trabalhei. Ídolo que não cria rusga com ninguém”.
Diniz conta que Coutinho é o cara que quer ajudar todo mundo a jogar melhor. E fala do primeiro encontro entre eles: “foi uma química muito diferente. Foi paixão a primeira vista”. Sugere que o melhor ainda está por vir: “Coutinho está se aproximando de ter uma chance na seleção. É jogador de copa do mundo. Ele gosta dos momentos de maior pressão. Ele está a caminho de se colocar a disposição para ser convocado”.
Sobre Rayan, Diniz revela que quando chegou disse só uma coisa: Rayan é invendável. Vendam o campo, as traves, o que quiserem, mas não vendam o Rayan. O atacante ia sair quando Diniz chegou e então tudo mudou: Para o treinador, Rayan está só no começo. “Ele é o atacante mais completo no futebol brasileiro. Potencial imenso. Joga de ponta dos dois lados, joga de 9, joga de 10, é rápido, é canhoto, é forte”.
Esse é Fernando Diniz. No Vasco, está em casa. Para sorte dele, dos vascaínos, das vascaínas e de todos e todas que acreditam que futebol é maior do que vencer a qualquer custo.
Fonte: Uol