Fernando Diniz analisa vitória do Vasco contra o Melgar; veja a entrevista coletiva

O técnico Fernando Diniz enalteceu a postura e evolução da equipe após vitória diante do Melgar, em São Januário.

Diniz em entrevista após Vasco x Melgar
Diniz em entrevista após Vasco x Melgar (Foto: Bruno Murito/ge)

O Vasco venceu o Melgar por 3 a 0 e garantiu a classificação na Copa Sul-Americana, nesta quarta-feira, em São Januário. Após a partida, o técnico Fernando Diniz enalteceu a postura e evolução da equipe, que vinha de derrota no clássico para o Fluminense.

— Todo mundo viu evolução comparada ao ultimo e penúltimo jogo. Fomos mais agudos. Muito importante não tomar gol. No aspecto ofensivo, é um adversário perigoso, principalmente no jogo aéreo. Léo Jardim fez duas defesas em chutes de longe. Nós estivemos mais perto do quarto e do quinto do que eles de fazer o primeiro — avaliou o técnico.

Diniz também elogiou Rayan, a quem tem como xodó desde que chegou ao Vasco. O jovem marcou o primeiro gol da partida e vem sendo o nome da equipe nas últimas partidas. O treinador deixou claro que não quer a saída do jogador na próxima janela de transferências, apesar de ele ser atualmente o grande ativo vascaíno.

— O Rayan é imperdível. Vender o Rayan agora é vender por um valor muito menor do que ele vai valer. Você não contrata outro Rayan. Ele estava muito abaixo do que pode render. Esse Rayan, pra mim, é só um inicio do que eu sinto. Tive uma conexão muito rápido. É um jogador quer vai deixar muita saudade quando ele sair, mas não pode ser agora. Temos que arrumar outra alternativas. Ele é um insubstituível. Não tem outro Rayan. Aquele outro Rayan jogava muito abaixo do que poderia. Ele faz parte do que projeto para o Vasco —disse Diniz.

— Eu trabalho meio que diário. Tive uma aproximação muito fácil com Rayan. Ele tem tudo, de fato, para decolar. Estimulo muito no treino e no jogo. Pego no pé, dou carinho. Parecia que conhecia o Rayan há muito tempo — concluiu.

O treinador admitiu uma queda de rendimento da segunda etapa. Para ele, não foi apenas o cansaço, mas também um time mais relaxado.

— Fizemos um primeiro tempo muito bom, segundo baixamos um pouco o ritmo. Um pouco por conta do cansaço e também por ter relaxado mesmo. Não foi cansando, já voltamos para o segundo tempo com uma postura mais lenta, facilitava a marcação — afirmou o treinador.

— Ficou um jogo mais lento do que deveria lá atrás. Mas não atribuo só ao cansaço. No fundo, é um acumulado. Não tenho mexido na estrutura do time. O cansaço viria. Além disso, se tivesse empatando ou perdendo, os erros não aconteceriam da forma como aconteceram. É algo a se corrigir. Conforme vamos jogando e treinando, teremos mais agilidade e cometeremos menos erros — completou a análise.

O jogo desta terça era um confronto direto pela segunda vaga do Grupo G. Como o Lanús entrou na rodada já classificado em primeiro lugar, Vasco e Melgar jogavam pela vice-liderança: quem vencesse avançava. Dessa forma, o time cruz-maltino foi a oito pontos, ultrapassou os peruanos e terminou em segundo lugar na chave.

Nos playoffs, os segundos colocados dos grupos da Sul-Americana enfrentam os times que ficam em terceiro lugar nas chaves da Libertadores. Não há sorteio. O segundo colocado com melhor campanha na Sula pega o terceiro colocado com pior campanha na Liberta. O segundo melhor encara o segundo pior. E assim por diante. Dessa forma, o Vasco só saberá seu adversário na quinta-feira, com a definição de todos os grupos das duas competições.

Veja outras respostas de Fernando Diniz

Avaliação até o momento

— Certamente estou satisfeito. Estou feliz de estar no Vasco. Acho que temos um elenco de bons jogadores que estavam performando abaixo que eles podem. Uma das minhas missões aqui é conectar o time com a torcida, porque a torcida joga bem e o Vasco vai bem. Acredito que os jogadores estão evoluindo, estão com vontade de trabalhar. E o futuro é promissor.

Garré

— É um jogador que conheço muito pouco. Nos treinamentos, fui perguntando, vi vídeos e fui me informando. Nos últimos treinos, ele mostrou qualidade e me deu segurança para colocar ele no jogo. Ele joga nessa posição. Se ele fosse ponta, seria mais com a característica do Nuno do que do Rayan. Ele pode jogar de 10. Não tem muita diferença comigo quando joga Coutinho, Nuno, Payet. Ele vai entrar para ser mais um homem de meio de campo.

— A primeira vez que vi ele (Garré) jogar foi hoje. O Alex Teixeira também entrou com bastante mobilidade. Se ganha um pouco de frescor e vitalidade com a entrada dos jogadores, mas perde um pouco da tática. Esse pessoal que não tá jogando nessa parada vai conseguir ficar mais nivelado daquilo que eu quero da parte tática.

Confiança na saída de bola

— Acho que a forma de jogar e o trabalho emocional estão implicados. Eles vão ganhando confiança nos treinamentos. É importante ter os jogos, ter um jogo como com o Fluminense, onde a marcação estava mais encaixada. Tem coisa que você consegue aplicar no treino e, no jogo, com Maracanã cheio, as vezes trava um pouco. Você vai passando no vídeo e o jogador vai ganhando confiança.

Nível de estreia

— As coisas estão melhorando. O futebol, como a vida, é uma coisa linear. O natural é subir. Contra o Fortaleza, acho que foi o ponto máximo do time. Contra o Operário baixo. Contra o Fluminense abaixou mais um pouquinho. Hoje subiu. Sou muito otimista com o futuro do time.

Coutinho

— É um presente pra mim trabalhar com Coutinho. É um jogador que tem genialidade. Teve uma carreira brilhante que, na minha opinião, poderia ser mais brilhante. É muito raro. O Coutinho vai entregar muita coisa boa para a torcida do Vasco.

Payet

— Estamos monitorando. Está bastante tempo sem jogar e ainda sente um pouco de dor no joelho. Se ele reunir condições até sábado, vamos tentar aproveitá-lo. Mas não sei se será possível.

Ampliar o placar

— A gente teve três ou quatro chances muito claras para fazer um ou dois gols no segundo tempo. E, como no futebol a gente conta a história quase de trás para frente, se tivesse sido 5 a 0, o tom das perguntas mudaria, mas o jogo não teria mudado. Não teríamos jogado muito melhor. Jogamos bem o primeiro tempo, melhor que o segundo. Tivemos um gol sem goleiro… lembro de umas quatro chances claras. Poderíamos ter feito. Acho que falta um pouco do Adson. Ele teve uma lesão muito importante. Às vezes sente um pouco de dor ainda. Pelo o que apurei, ele está melhorando essa questão da dor. É um jogador que temos de ter um pouco de cuidado, tanto na analise, tanto nos jogos.

Vegetti e reposições

— Acho que o Alex Teixeira pode jogar ali, fica um 9 de mais mobilidade. O Rayan pode jogar na posição do Vegetti com muito mais mobilidade, como joga o Dembelé no PSG. Não é uma coisa que estou extremamente preocupado. Sobre não ter saído, acontece muito parecido com o Cano, que dificilmente saía. Tem uma questão de conexão. Não sou um cara que me baseio pelo GPS, pela idade. Vai de sentir do que medir. Costumo acertar muito mais do que errar nisso. Perguntei para o Vegetti como ele estava e respondeu que aguentava continuar. Acho que tinham outros jogadores mais cansados. Obviamente que um jogo ou outro vou tirar para descansar. Tinha cinco trocas para fazer, e conforme o ambiente do jogo, se tivesse mais uma mexida, tiraria ele do jogo. A maioria que saiu hoje foi por conta do cansaço.

Novo estilo de Vegetti

— É uma adaptação ao treino. Conforme o time vai se moldando, ele vai percebendo os espaços, e obviamente vamos otimizando. Dando instrução. Ele fez um gol, poderia ter feito outro de facão, também. Acho que ele vai fazer mais gol com o pé, não vai fazer só de cabeça como tava fazendo antes.

Assista à entrevista

Entrevista coletiva de Fernando Diniz (Fonte: Vasco TV)

Fonte: Globo Esporte

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