Felipe relembra final da Libertadores de 98 e reafirma sonho de ser técnico do Vasco

Ídolo do Vasco da Gama, Felipe está em sua segunda passagem como técnico do Bangu e mira chegar ao Vasco da Gama.

Felipe em ação como treinador do Bangu
Felipe em ação como treinador do Bangu

No telefone com Pedrinho, Felipe assistia a Barcelona 1 x 2 Vasco, jogo da final da Libertadores de 1998, ainda no início da pandemia de Covid-19, em 2020. Os amigos que se conhecem desde os cinco para seis anos de idade não reviviam exatamente as emoções daquele dia marcante para a torcida vascaína. Mas se impressionavam com a partida.

– Eu fiquei com vergonha do jogo – diz, bem à sua maneira sincera, Felipe.

– A gente tinha um time altamente qualificado, mas não tinha aproximação. Era eu resolvendo por um lado, aí a qualidade do Juninho aqui, do Pedrinho ali, Donizete, Luizão… Se a gente tivesse o estímulo de hoje a gente poderia ter jogado muito mais do que jogou naquela final – recorda Felipe.

A memória não é do jogador, daquele que é o maior vencedor da história do Vasco. É do profissional que hoje pensa em futebol 24h por dia. Do treinador do Bangu, quinto colocado do Campeonato Carioca, que por pouco não venceu o poderoso Flamengo, mesmo que o time da Gávea tenha levado seu time reserva a Volta Redonda – no empate por 1 a 1.

Em entrevista ao ge, o papo com Felipe, hoje com 45 anos e em nova passagem pelo Bangu, tem algumas referências. Uma delas é Fernando Diniz, técnico do Fluminense que conheceu no Flamengo, e com quem volta e meia troca ideias de futebol.

Do time do amigo ele citou o exemplo do goleiro Fabio, de estímulo tardio ao bom trato com a bola. Do próprio time, o caso recente de Patrick, zagueiro que errou contra o Flamengo e custou o resultado. Nada que faça com que o Maestro reveja a sua maneira de pensar o futebol. Muito menos iniba seus sonhos. Um deles, de um dia no futuro treinar o Vasco, clube que o revelou e que marcou sua vida.

Entrevista: Felipe, técnico do Bangu

ge: Você parou no fim de 2013. Quando despertou esse desejo de virar treinador?

Felipe: – Quando eu já estava parando já tinha essa vontade de ser treinador. Comecei a fazer cursos em 2016. Eu e Pedrinho fizemos as licenças nos cursos da CBF. Pedrinho, a princípio, não queria ser treinador, queria ser auxiliar. Nós começamos a estudar, tivemos a primeira oportunidade no Tigres (RJ), em 2017. É óbvio que é uma maluquice, é uma profissão muito complexa.

– Envolve a gestão de pessoas, a instabilidade. Hoje você está empregado, amanhã não. E as pessoas veem muito o treinador se é bom ou ruim pelo resultado. O que eu discordo totalmente. O futebol nem sempre é justo. Nem sempre vence quem joga melhor, quem tem a melhor proposta ou quem tem o melhor trabalho. Mas ser treinador está na minha essência. O futebol está na minha vida desde os seis anos de idade. Está no sangue. Apesar da loucura que é, eu amo o que faço.

Você teve vários treinadores ao longo da carreira. Conversou bastante sobre essa decisão?

– Mais para o fim da carreira, mais experiente, você começa a ter mais leitura de jogo, conversa mais com treinadores, tem mais acesso a eles. Todos treinadores com quem trabalhei, sou grato. Me ajudaram de alguma forma. Mas é óbvio que cada um tem sua maneira de trabalhar. É igual criar seu filho, cada um tem sua maneira. Acaba dando certo, às vezes não, você erra, mas acerta outras vezes. Mas a maneira que eu vejo de jogar futebol é como se fosse meu DNA do futebol, de estar com a bola. Jogar com alegria, ousadia, com alegria, óbvio que respeitando adversário.

É mais difícil levar essa confiança, encorajar o jogador num clube de menor investimento?

– O maior exemplo que eu dou é o goleiro Fabio. Ele chegou ao Fluminense com 40 anos? Nunca saiu jogando antes. Por que ele é ruim com o pé ou por que ele nunca foi estimulado? O Diniz em pouco tempo estimulou, “ah, ele não é um excelente jogador com o pé”, mas sai jogando hoje em dia. Em 10 meses com o Diniz está fazendo coisas que não fazia ao longo de toda uma carreira. Futebol requer muita personalidade e muita ousadia. O diferencial é você passar isso aos jogadores e ele ter autonomia na tomada de decisão. (A diferença) é do atleta com confiança e sem confiança. Se eu ficar tirando a confiança do atleta no jogo ele não vai tentar. A chance dele jogar bem é pequena. A partir do momento que eu estimulo ele, no dia a dia, e digo “vai dar certo”, ele ganha confiança e vai.

– Joguei com ele no Flamengo, ano passado a gente saiu para bater papo, para falar de futebol e a gente tem algumas coisas muito parecidas. Ele veio do futsal também, foi grande jogador de futsal. A gente sempre estimula atletas a ter alegria para jogar, não ter medo. Apesar da pressão e da responsabilidade muito grande, mas a partir do momento que você inibe o atleta ele não consegue render o que pode render.

Mas você citou o Fabio, um jogador experiente e consagrado. Colocar coragem num menino novo, sem bagagem, é outra coisa, não?

– Não acho… Eu sou muito transparente com os atletas. Por ter sido também. Procuro pensar como treinador, mas antes de passar para eles pensar como atleta também. Eles acreditam, veem que é possível e isso começa a acontecer automaticamente. É óbvio que você precisa, e isso é uma das questões ruins do Campeonato Carioca, de um gramado bom e também tem a questão da temperatura. Perder, ganhar ou empatar faz parte do processo. Como isso acontece para mim é o mais importante. Eu já saí de jogos que eu venci muito chateado. E teve jogo que eu perdi e saí satisfeito com o rendimento da minha equipe, não com o resultado. A equipe rendendo, fazendo o que a gente quer, eu acredito que esteja mais próximo do sucesso que do insucesso, mas o futebol às vezes não é justo.

É possível pressionar o adversário, após a perda da bola, manter intensidade no Carioca?

– Falo com meus atletas, vocês preferem correr 5 metros para frente ou 60 metros para trás? Vocês escolhem. Aí todo mundo opta, claro, por 5 metros para frente. Então se todo mundo for 5 metros para frente a chance de roubar a bola é muito mais rápido. Mas se um deixar de correr 5 metros ele é o causador do problema que vai fazer o time correr correr 60 para trás, 70 metros para trás.

– A gente estimula eles no dia a dia, mas é óbvio que numa temperatura melhor fica muito mais fácil. Por exemplo, eu joguei três jogos à tarde e dois à noite (contra Flamengo e Portuguesa). Da maneira que eu gosto que jogue minha equipe, foi muito melhor nos dois jogos à noite. A temperatura estava boa e o gramado era melhor também. Eu acho que isso ajuda muito o espetáculo. Mas quando o gramado é ruim, um calor muito grande, as coisas acabam se nivelando por baixo.

Esse jogo contra o Flamengo é o tipo de jogo que te deixou satisfeito mesmo sem vencer?

– Se tivesse um vencedor, acho que o Bangu merecia vencer. Mas numa tomada de decisão errada do nosso atleta, que acabou optando pelo drible, infelizmente aconteceu o gol do empate, mas eu fiquei satisfeito pela coragem do time.

Por que?

– Quando eu era jogador via muitas equipes consideradas pequenas que davam a bola para a equipe grande e se defendiam o tempo todo. Jogador de time grande gosta de jogar com a bola ou sem a bola? Com a bola. Então, falo para meus atletas, vamos ficar com ela (bola). Vamos fazer eles correrem atrás da gente. Tirar os caras da zona de conforto, então isso você acaba estimulando eles e eles acabam tendo coragem. Tivemos mais posse de bola do que o Flamengo, a equipe conseguiu jogar, numa zona perigosa conseguiu sair jogando inúmeras vezes, mas é óbvio que teve aquela falha individual ao tomar a decisão do atleta. Ele tinha opções de dar o passe para o companheiro. Ele optou pelo drible, mas é essa a maneira que eu enxergo o futebol, é o futebol que eu gosto.

Você falou do lance do seu zagueiro que errou, o Patrick. Para tentar aquele lance ele devia estar com confiança, com coragem. Depois disso, é difícil de recuperá-lo?

– A gente conversou bastante. Mostrei a imagem para ele. Eu procuro, depois dos jogos, analisar os jogos, tanto na fase ofensiva como na fase defensiva, e fazer um vídeo de correção para os atletas. Mostrar para eles o que pode fazer, o que pode melhorar, o que pode ser evitado para a gente tentar atingir a perfeição. Claro que a perfeição é muito difícil, mas ele mesmo viu, falou: “pô, professor, eu viajei, não sei o que deu na minha cabeça, eu tinha opção de passe para ali, para lá”. Ele assumiu, faz parte e vida que segue. Ele já jogou a última partida. Não saiu da equipe e não vejo porque sair. Foi tomada de decisão errada numa área de muito risco.

Você está no início de carreira de treinador. A carreira de técnico pode ser etapa a etapa, muitas vezes menos meteórica do que a de jogador. Em que estágio da sua trajetória de treinador se vê?

– A minha ambição é fazer história como treinador de futebol também. Eu tive minha história como jogador, ficou para trás. Óbvio que a carreira de treinador é muito mais difícil, muito mais complexa. Há muitos treinadores buscando seu espaço, muitos treinadores já experientes. Mas eu estudei, me preparei para isso. As pessoas às vezes avaliam o trabalho do treinador, se ele é bom ou ruim pela vitória ou pela derrota. Não acompanha o dia a dia, não analisa a equipe com conteúdo. Mas vou buscar meu espaço.

– Pretendo em alguns anos buscar o auge da minha carreira. Respeito todos os profissionais, mas não quero ser mais um na profissão. Mergulhei de cabeça, penso em futebol por 24 horas e pretendo ter uma história bacana também como treinador. Pretendo um dia, no futuro, ser treinador do Vasco.

– Os treinadores experientes de hoje lá atrás tiveram oportunidade. Por exemplo, se você me perguntar se estou pronto para assinar uma equipe grande eu te digo: estou. Por exemplo, o Rogério Ceni hoje é um treinador de time grande e ele teve que ficar sofrendo, ralando em vários clubes de menor expressão, menor investimento? Não por muito tempo. Eu joguei por muitos anos no Catar. O Xavi jogou lá, parou lá e virou treinador da equipe que eu joguei. Jogou três anos, ficou três anos como treinador e hoje é técnico do Barcelona. Não vejo problema nenhum se o cara tem um ano ou tem 20 anos de carreira. Não tenho esse preconceito. Tem treinador que tem um ano, um ano e meio de carreira que é muito bom e também tem um cara de 20 anos de carreira que também é muito bom. Me sinto preparado para um desafio maior. Sem pressa, no tempo de Deus, mas se for o mais rápido possível, melhor. O calendário das equipes de menor investimento é muito curto. Depois de abril, as outras equipes, os atletas ficam sem clubes e os treinadores também automaticamente.

Você citou o Diniz e esse modelo de jogo de saída de bola, de posse, de aproximação, hoje, é comum em muitas equipes, em treinadores jovens. É uma tendência?

– Pela característica de como fui com atleta não tem como fugir dessa ideia de jogo. Particularmente, procuro ter atletas que tenham boa relação com a bola. Todos. Do goleiro ao centroavante todos têm que ter boa relação com a bola. Hoje o futebol é muito estudado. Então, por exemplo, se você tem adversário que tem um zagueiro que não tem boa relação com a bola, você vai falar para que quando a a bola bater naquele zagueiro é um gatilho para pressionar. Quero jogadores que tenham personalidade suficiente para jogar com coragem. É muito mais difícil pressionar contra quem sabe jogar. É óbvio que uns têm mais intimidade com a bola, outros menos. Cada jogo vai te dando leitura. Por eu ter jogado em várias posições, isso me ajuda bastante.

– Tivemos um jogo contra o Resende, um dos jogos que vencemos e eu fiquei chateado. Terminei o jogo sem atacante. “Ah, Felipe, você é retranqueiro?” Não. Foi a leitura de jogo. O Resende estava melhor do que a gente e nos colocou para trás. Contra o Nova Iguaçu agora (derrota por 1 a 0), no intervalo, eu tirei os dois zagueiros do meu time e botei os 2 volantes como zagueiros. Eu precisava de mais qualidade, estava perdendo de 1 a 0, tomamos gol com 2 minutos de bola parada e eu precisava sufocar mais. Precisava ter mais qualidade e, obviamente, um jogador de meio de campo tem mais qualidade do que um zagueiro. O time ficou mais ofensivo e eu não sofri defensivamente. É como no xadrez. Vou induzir o adversário. Se ele fizer o que eu quero, facilita o meu trabalho. Mas se ele vier com coisa diferente, eu tenho que ter um raciocínio de mexer uma peça para induzi-lo a fazer outra coisa. Ele tirou o atacante e colocou o volante. De repente, se ele bota jogadores de velocidade, eu poderia sofrer na transição defensiva.

Hoje, são cinco substituições e muita ciência envolvida no futebol. Mudou muita coisa no seu olhar?

– Antigamente era muito mais intuitivo por parte dos atletas, o técnico era muito mais importante na gestão de grupo do que no conteúdo. Não tinha muitos detalhes. Claro que o futebol era muito bom, era estudado, mas não era tanto quanto agora.

– No início da pandemia, eu vi a final de 1998. Isso chamou a minha atenção, até o Pedrinho me ligou, a gente ficou falando ao telefone e vendo o jogo. Cara, eu fiquei assim… com vergonha do jogo. Daquele segundo jogo. A gente tinha um time altamente qualificado tecnicamente, a gente não tinha aproximação, a gente não tinha uma porção de coisas em comparação a hoje. Claro que é uma disparidade muito grande. Mas eu resolvendo por um lado, aí a qualidade do Juninho aqui, do Pedrinho ali. Donizete, Luizão, mas… como time se a gente tivesse o estímulo de hoje a gente poderia ter jogado muito mais do que jogou naquela final. A gente jogou bem? Jogou. Ganhar Libertadores não é fácil. Requer muito mais coisas do que apenas ganhar no futebol. Mas é o que tinha para a época, né. A gente está falando de 1998. Também a gente não pode ser injusto com o pessoal de antes.

Você quer dizer que deveriam ter controlado mais o jogo?

– Claro. E ser estimulado também a evoluir mais como atleta, como jogador. Para ver a evolução das coisas, hoje estou te dando entrevista pelo celular. Eu penso futebol para frente, ousado, com a bola o tempo, mas é óbvio que o jogo tem seus momentos, suas fases e você tem que respeitar.

– Se você pegar as minhas equipes, eu posso perder, ganhar, empatar, porque faz parte do processo. Mas você vai ver: “aquilo ali tem a cara do Felipe”. Eu não abro mão de um comportamento de time. O comportamento do meu time contra o Flamengo ou contra o Madureira vai ser o mesmo. Não quero ser mais um.

– É óbvio que quando o seu jogador está bem, as coisas têm mais chance de acontecer. As coisas fluem melhor. As pessoas vão ver a maneira como o Felipe trabalha. Se vai ganhar, perder, empatar, não dá para afirmar, mas vão ver equipe organizada, buscando sempre a bola, um futebol na essência como o que eu acredito. Eu digo que ninguém vai triste, chorando, para jogar futebol. Você vai alegre, com ousadia, feliz para cacete. O prazer do futebol é você estar com a bola, não correr atrás dela. É óbvio que vai ter alguns momentos do jogo que você vai ser obrigado a correr atrás da bola. Mas o tempo você precisa ter o prazer de ficar com a bola e não se desfazer dela.

Tratar bem a bola, tocar com precisão, são aspectos mais simples de treinar. Como estimular o drible e a visão de jogo, duas marcas que todos viam no seu futebol?

– Eu jamais vou brigar com atleta meu e desestimular ele por ele ter driblado. Quando está um contra um do lado do campo, que ele não tem que tocar para o lado. Só se tiver companheiro sozinho dentro da área. Falo para eles que se perder a bola ali não tem problema. Mas se você passar pelo marcador é uma chance de gol, é uma jogada boa para a equipe e para você.

– O que eu não admito é, por exemplo, está no mano a mano do lado do campo, o cara vai tocar para trás. Estimulo que vá para cima. Óbvio que se tiver cobertura, estiver em uma situação de 2 ou 3 a 0, trabalha mais a bola… beleza. Mas na maioria das vezes não, tem que tentar.

Qual a meta do Bangu nesse Campeonato Carioca?

– No primeiro momento a meta é se classificar para a Taça Rio, então ficar entre 5º e 8º lugar pelo menos. A partir do momento que você vai ganhando pontos, as pessoas começam a aumentar o sarrafo. Ano passado estava aqui e se pegar meus jogos, fomos muito melhores do que esse ano como desenvolvimento, como objetivo de ter a bola. Tudo bem que meu time veio da Série D, tinha entrosamento maior. Só que eu pontuei pouco. Criava, criava, criava e perdia multos gols. O nosso elenco era mais limitado em termos de número de atletas.

– Este ano a equipe jogou muito bem contra o Flamengo, contra o Boavista no segundo tempo, mas bem longe do que a gente jogou ano passado. Só que hoje estamos com muito mais pontos do que no ano passado. A gente tem que tentar atingir esse equilíbrio para poder ter um bom futebol, um bom desempenho, mas também que consigamos as vitórias. Porque as pessoas só lembram das vitórias. O torcedor é paixão pura, as pessoas que analisam futebol, na maioria das vezes, também. Óbvio que isso está mudando, que tem gente que analisa o conteúdo. Mesmo na equipe que perdeu as pessoas já vêem algum trabalho, um bom trabalho, mas a gente tem que encontrar equilíbrio de perfomar bem e vencer os jogos, porque senão a minha carreira acaba não andando.

Muitas vezes o treinador tem fama de maluco. Tem os casos do Bielsa, do Sampaoli, Diniz também tem seu jeitão. O Felipe já se descobriu um pouco doido?

– Eu acho que não cheguei a esse nível de loucura do Diniz, do Sampaoli, não (risos). Não sei se eu vou chegar. Acho que eles têm muito mais estrada do que eu, mas se você pegar a idade também hoje eu sou muito mais tranquilo como treinador do que fui como jogador. E umas coisas que eu falo muito com meus atletas é: “vou xingar vocês pra caramba, mas não é para menosprezar ninguém. Apenas é para tirar vocês da zona de conforto. Tirando vocês da zona de conforto, é melhor para vocês, para a carreira de vocês e, consequentemente, para mim também.

– Eu já fui atleta, em algum momento da minha vida eu atingi a zona de conforto e acabei não rendendo o que eu poderia render.

– Então o papo é bem transparente, por ser mais experiente, eu sou o irmão mais velho, embora tenha idade para ser pai de muitos. No ano passado era o mais novo, esse ano estamos um pouco mais experientes, mas acredito que ainda sejamos o elenco mais jovem. Em investimento também se não for o menor, é um dos menores. Então fico muito feliz de poder ter mais um ano com Bangu, outro Carioca, uma boa vitrine. Infelizmente o calendário é muito curto. Mas de coração, eu amo o que faço e estou muito feliz.

Fonte: Globo Esporte

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