Sidnei, ex-Vasco, fala sobre trabalho como socorrista e passagem pelo Clube

O ex-zagueiro Sidnei, campeão pelo Vasco da Gama, que trabalha como condutor socorrista, fala sobre sua passagem pelo Clube.

O ex-zagueiro Sidnei, que conquistou o Campeonato Brasileiro de 1989 e o tri estadual de 92, 93 e 94 pelo Vasco da Gama, concedeu uma entrevista ao site Globo Esporte, onde falou sobre sua atual profissão, condutor-socorrista.

Funcionário da Autopista Fluminense Arteris, na BR 101, Sidnei não escondeu sua felicidade por estar ajudando pessoas neste momento difícil em que os profissionais da saúde estão passando. Com 49 anos, ele pretende estudar técnica em enfermagem e posteriormente, cursar faculdade.

– Alegria. As duas profissões me deram muita alegria e satisfação. A alegria de salvar vidas está sendo um prazer, uma surpresa muito grande na minha vida. É muito valioso para a gente salvar uma vida. Quando a gente consegue reverter o caso, a equipe fica muito feliz sabendo que uma pessoa se recuperou no hospital.

Sidnei falou sobre a decisão de ser socorrista, relembrando as dificuldades que enfrentou no futebol, que o fizeram perder o interesse pelo esporte. O ex-vascaíno também destaca sua felicidade por estar conseguindo ajudar as pessoas neste momento difícil de pandemia.

– Foi uma decisão difícil. Foram cinco anos no Vasco e depois fiquei dois anos e pouco sem trabalhar no futebol. Fiquei um pouco desgostoso com o futebol. Tentei várias vezes, fui a outros clubes, faziam promessas para lá e para cá, mas nunca chamavam. Comecei a perder interesse pelo futebol. Vi que, mesmo após fazer bom trabalho no Vasco, chegou um momento em que as pessoas estavam me recusando. E todo mundo me conhece no futebol, sabe que sou muito correto. Para mim, está sendo gratificante. Lidar com vidas é um procedimento complicado. Há situações momentâneas em que vamos para a ocorrência sabendo que tem risco de morte. Acabei acostumando com esse procedimento de atuar. É muito valioso para a gente salvar uma vida. Quando a gente consegue reverter o caso, a equipe fica muito feliz sabendo que uma pessoa se recuperou no hospital.

Quanto ao futebol, Sidnei contou detalhes da sua carreira ao GE, falando da chegada ao Gigante da Colina, relembrou o primeiro gol pelo Clube, e falou dos títulos conquistados com a camisa cruzmaltina, como o Brasileiro de 89 e o Tri Carioca de 92, 93 e 94.

Chegada ao Vasco

– Eu vim de Barra Mansa para o juvenil do Vasco. Cheguei como volante, mas nos juniores começaram a ver que eu tinha boa impulsão, me botaram para trás para jogar como zagueiro central e cheguei ao profissional.

Primeiro gol como profissional, contra o Atlético-PR, em 10 de fevereiro de 1992

– O Nelsinho era o treinador do Vasco, e eu estava no banco. Eu ia entrar e voltei para o banco, parece que o Eduardo não queria sair (acabou expulso). Entrei (no lugar de Edmundo) e na segunda bola que peguei, dei dois ou três cortes, chutei e foi lá no ângulo. O rapaz deu um carrinho na frente, não sei se a bola bateu no bico da chuteira, mas bati de três dedos para tirar do goleiro.

Título do Brasileiro de 1989 

– Foram títulos diferentes. Primeiro o Brasileiro na minha chegada no profissional, em 89. Foi o meu primeiro título. Eu era um atleta novo e estava chegando do interior, ser chamado pelo professor Nelsinho para ir pro profissional foi uma surpresa para mim. O Brasileiro foi um título muito importante para a minha carreira profissional. Estreei como profissional no primeiro jogo do Roberto Dinamite contra o Vasco, quando ele estava na Portuguesa (em 21 de outubro de 1989). Foi muito difícil atuar contra o meu grande ídolo no futebol. Hoje, o Roberto é meu amigo.

Tri carioca e quase ida para o Fluminense

– Depois veio a conquista do tri, e um dos títulos, o de 92, foi invicto. Foi o último do Roberto Dinamite com a gente no Vasco. No bicampeonato, o Vasco não queria renovar contrato comigo, com o William, o Jorge Luiz e o Alexandre Torres, se eu não me engano. E o Carlos Alberto Torres, pai do nosso zagueiro, queria me levar para o Fluminense. Acabei renovando e fomos campeões contra o Fluminense em 93 e 94 (risos). Esse tipo de situação me surpreendeu.

Trabalhos no Vasco após encerrar a carreira como jogador

– Eu sou vascaíno, cheguei a trabalhar no Vasco como observador técnico da base e posteriormente do profissional. Também trabalhei como coordenador de avaliação. Fazia 10 anos que o Vasco não ganhava título na base e conquistamos o Carioca. Conseguimos reunir alguns jogadores. O Vasco estava sem aproximação com os clubes pequenos e os grandes, que estavam muito distantes. Consegui fazer esse trabalho de aproximação e deu certo.

Site Vasco Notícias

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