Ex-jogador do Alianza detalha crise do clube
Segundo Christian Ramos, a situação do Alianza Lima é tão grave que "às vezes não havia água para tomar banho".
O Vasco enfrentará nesta terça-feira, a partir das 22h (de Brasília), pela Copa Libertadores da América, um time em uma grande crise econômica. Segundo o zagueiro Christian Ramos, que deixou o Alianza Lima no fim de março, a situação no próximo adversário do clube carioca é tão grave que “às vezes não havia água para tomar banho”.
Por falta de pagamentos, Ramos foi declarado como um jogador livre pela Comissão de Justiça da Federação Peruana de Futebol e trocou o Alianza pelo Universidad San Martín há poucos dias.
Em entrevista publicada pelo jornal Perú 21, o zagueiro repassou a crise do Alianza e afirmou que, sem ganhar o salário, “tinha suas economias” para conseguir se manter. Ele disse que em 2011, quando assinou contrato com o clube, já esperava ficar sem receber por um mês – “ou quando muito dois, porém não quatro”, como acabou acontecendo.
Ele definiu como “uma pena o que está acontecendo” no clube, mas projetou que as coisas “não mudarão até que siga esse senhor”, em referência a Guillermo Alarcón, atual presidente da entidade.
Ramos, 23 anos, foi capitão da seleção do Peru no Mundial Sub-17 de 2005. Ele deixou o Alianza e rumou para o San Martín assim como o meia Johnnier Montaño.
Em crise, o rival do Vasco no Grupo E da Libertadores acaba de perder seis pontos no Campeonato Peruano. A Comissão de Justiça da Associação Esportiva de Futebol Profissional do Peru decretou essa penalização porque a equipe não apresentou a planilha de pagamentos do mês de janeiro e fevereiro e por não quitar uma cota acordada com a Agremiação de Futebolistas (Safap).
Segundo o jornal de Lima El Comercio, a crise é tão grande que “segundo vários meios (de comunicação), o Alianza se encontraria quase em bancarrota”.
O mesmo diário que entrevistou Ramos, o Perú 21, informa que, “por falta de pagamento”, não haveria luz artificial no Estádio Alejandro Villanueva para a partida contra o Vasco, marcada para começar às 20h locais desta terça – um gerador elétrico deve garantir o andamento do duelo. A publicação aponta ainda que havia outro problema para resolver até o jogo: “não há água nos vestiários”, o que confirma as declarações do zagueiro.
Com três pontos em quatro rodadas, o Alianza ocupa a quarta colocação do Grupo E da Libertadores e precisa bater o Vasco para seguir vivo na competição. O representante brasileiro lidera a chave com sete pontos, mesmo número do Libertad, do Paraguai. Já o Nacional, do Uruguai, soma seis pontos.
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