Eurico responde adversários e fala de cotas de TV e Bank of America
Eurico Miranda: " O maior golpe que deram, no Vasco, foi o das cotas de televisamento. Eu lutei, durante 20 anos, para colocar o Vasco, sempre, numa posição equânime a dos outros cinco grandes".
EURICO FALA SOBRE OLAVO MONTEIRO DE CARVALHO, JOSÉ CARLOS OSÓRIO, ANTÔNIO GOMES DA COSTA E ROBERTO DINAMITE
” Primeiramente, Luiz Orlando, não há comparação entre o nível dos nomes da trindade política do Vasco, que você mencionou, na nossa conversa (Ciro Aranha, José do Amaral Osório e Cordinha) e esta trindade de agora Olavo Monteiro de Carvalho, José do Amaral Osório e Antônio Gomes da Costa -. A primeira, foi a trindade histórica do Vasco da Gama. Se durante toda a vida do Olavo Monteiro de Carvalho, nós formos juntar o que ele deu ao Vasco, não conseguiremos reunir cinco horas de dedicação ao clube (exceto nas festividades das quais ele participou). Isto resume bem o que ele é. Olavo tem outras coisas muito mais importantes do que o Vasco e o Vasco da Gama tem que ser o mais importante. Para ele, Olavo, o Vasco não vem, nem, em décimo lugar. O José Carlos Osório, na verdade, nunca ocupou um cargo executivo no Vasco. Ele é de família ilustre mas, aí, ele passou a ter um problema em comum com o Olavo Monteiro de Carvalho e com o Antônio Gomes da Costa,m dentro do Vasco: este problema se chama Eurico Miranda. ELES TÊM UMA DOR DE COTOVELO TERRÍVEL E QUANDO DÁ ESSA DOR, É MUITO SÉRIO. Não sou de família ilustre, fui abrindo caminho sem apoio, do meu jeito mas tenho vivência e conhecimento, do Vasco, muito mais do que todos eles juntos. Eu tive a maior fonte inspiradora, que é Ciro Aranha e só de conviver, com ele, peguei muita coisa por osmose. Quanto ao Antônio Gomes da Costa, o negócio dele é mandar poemas para as amantes que ele tem. Esse não tem nada a ver com o Vasco. Com relação a mim, a minha vida foi toda vasculhada, a da minha família, a da minha mulher, a dos meus filhos e o resultado foi zero. Não temo e nunca temi nada ou ninguém. De todas as coisas que eles falam, não tenho nenhuma preocupação. Se querem proteger o Calçada, o problema é deles. Quanto a mim, repito: devassaram tudo e não descobriram absolutamente nada porque não têm o que descobrir; pelo contrário. Ao José Henrique, eu recomendo: vai dormir na praia porque é um lugar quente. Ridícula a história do incêndio de documentos importantes. Sobre o Roberto Dinamite, eu disse, antes, e digo, agora: ele não tinha e nem tem a menor condição de ser presidente do vasco porque não tinha e nem tem o menor conhecimento administrativo do clube; não tem passado como administrador. Como essas pessoas Olavo Monteiro de Carvalho, José Carlos Osório, Antônio Gomes da Costa não tiveram coragem de assumir o vasco, colocaram o Roberto para ser presidente por absoluta falta de capacidade. O Mandarino me disse, numa reunião do Conselho, logo ao início desta administração, que o Roberto é um presidente da porta pra fora. Mas, o que acontece? Esse pessoal chega, no clube, cheio de idéias revolucionárias, porém inaplicáveis. A partir daí, houve uma cisão entre eles e alguns foram alijados. Pergunto: como é que você vai administrar um clube se as pessoas querem implantar coisas impossíveis? Eles mudaram toda estrutura do Vasco mandando embora gente com 20, 30 anos de clube; gente com conhecimento de Vasco. O exemplo é a D. Marlene, da tesouraria e o pessoal do departamento de futebol. As conseqüências foram terríveis, ao passo que o certo seria promover uma mudança gradativa. Ocorre que o “fantasma do Eurico” fez com que promovessem uma devassa e, hoje, a instituição está no estado que se vê. Roberto não tem raiz de Vasco e, se é que ele toma alguma decisão; parece que está tomando, sem ter essas raízes vascaínas, ele está permitindo muitas coisas. Ele está coonestando com tudo isso.”
“Estão hispanizando o futebol brasileiro e o objetivo é o de só ficarem dois vlubes grandes-Flamengo e Corinthians”
” O maior golpe que deram, no Vasco, foi o das cotas de televisamento. Eu lutei, durante 20 anos, para colocar o Vasco da Gama, sempre, numa posição equânime a dos outros cinco grandes; no topo da pirâmide: Corínthians, Flamengo, Vasco, Palmeiras e São Paulo. Tentaram derrubar o Vasco quando eu estava lá (chegaram a se juntar) e eu não deixei. Mal saí, o vasco passou para o quinto ou sexto lugar. A negociação tem que ser coletiva e nunca individual para não enfraquecer ninguém. No coletivo e em partes iguais. Agora, está havendo uma HISPANIZAÇÃO do futebol brasileiro para que fiquem, apenas, dois grandes, como é na Espanha: Barcelona e Real Madri. Aqui serão Flamengo e Corínthians. Com mais dinheiro da televisão, a capacidade de investimento será maior. Lá, no Vasco, eles devem estar dizendo que, hoje, recebem dez vezes mais do que no meu tempo, só que Corínthians e Flamengo recebem vinte vezes mais.”
Sobre as denúncias contra Roberto Dinamite
“As denúncias contra Roberto Dinamite são constatadas pelos denunciantes. Há certas coisas que não se justificam: nepotismo e franquias dadas à família. Isto não e ético mas, apesar de o vasco ter um regime presidencialista, ele não está sozinho nisto.”
Sobre a acusação de terem sido desviados R$ 39.000.000,00 (trinta e nove milhões de reais) dos cofres do Vasco
“Tudo não passa de invenção. O Vasco fez um contrato em parceria com o Nations Bank, que virou Bank of América: esta é a origem disso. Falam de desvio, mas já foi devidamente mostrado como se originaram as importâncias devidas. Eu acho engraçado porque o Vasco tem um Conselho Fiscal, um Conselho Deliberativo, um Conselho de Beneméritos, uma diretoria e uma auditoria externa. Todas as contas foram aprovadas e, depois, ainda querem investigar. Mal comparando: as contas do Estado são aprovadas pelo TCE e você vai buscar contas de 10 anos atrás. E o pior: não têm coragem para afirmar nada.
jornal olho vivo
