Eric Pimentel deseja fazer história pelo Vasco na Copinha assim como seu pai
O zagueiro Eric Pimentel quer trilhar os caminhos do seu pai, Pimentel, que foi campeão da Copinha de 1992 pelo Vasco da Gama.
Trinta anos depois, o vascaíno de mais idade viverá um momento de nostalgia ao assistir a estreia da equipe na Copa São Paulo, a partir das 11h, contra o Lagarto (ES), pelo Grupo 24. Isso porque no elenco estará o zagueiro Eric Pimentel, sobrenome que evidencia sua origem hereditária: é filho de Pimentel, ex-lateral direito que entrou para a história cruzmaltina ao integrar a equipe que, em 1992, conquistou o único título do clube na competição.
O time, na ocasião, era recheado de outros talentos da estirpe de Valdir Bigode, Jardel e Leandro Ávila. Edmundo, Yan e Gian também participaram de algumas partidas, mas na final contra o São Paulo estavam concentrados com a equipe profissional.
Aos 18 anos, Eric fará sua estreia na Copinha e revelou algumas conversas que teve com o pai sobre o torneio.
“Uma coisa que ele sempre deixou claro é que, quando eles foram campeões, muitos do time subiram para o profissional e conseguiram se destacar. Ele me dá esse exemplo e sempre fala que, com o título, às vezes uma ou duas pessoas que subirem podem subir mais amigos. Espero que aconteça conosco também, de sermos campeões e recebermos oportunidade no profissional, que é o que todo mundo almeja para a carreira”, declarou ao UOL Esporte.
Após a conquista em 1992, Pimentel, o pai, foi um dos jogadores do elenco promovidos e não decepcionou como profissional. Pelo Vasco, foi tricampeão carioca (92, 93 e 94), do Troféu da Cidade de Barcelona (93) e do Troféu da Cidade de Zaragoza (93).
Em seguida, se transferiu para o Palmeiras, onde foi campeão da Copa do Brasil (98) e da Mercosul (98). Na sequência, foi para o Flamengo, quando sagrou-se campeão carioca (99), da Mercosul (99) e da Copa dos Campeões (2001).
Ciente da carreira consolidada do pai, Eric vê a situação como uma motivação, e não uma pressão:
“Com certeza é uma motivação a mais. Mesmo tendo ciência do que ele foi para o Vasco, de todos os títulos, o quanto ele jogou… Eu sei que ele já fez a história dele, conquistou as coisas dele. Agora é minha vez. Sei separar muito bem isso, não consigo sentir pressão nessa parte, pelo contrário, só me motiva mais a ser melhor, procurar evoluir. E é isso que espero nessa competição. Fazer um belo campeonato e, se Deus quiser, terminar essa competição com o olhar lá de cima, do profissional”.
Nos bate-papos de campo e bola, Eric revela que seu pai costuma tentar lhe passar tranquilidade para desempenhar o papel dentro das quatro linhas.
“Os conselhos que ele me dá são os de sempre: jogar tranquilo, saber da responsabilidade que é jogar no Vasco, saber o peso da camisa que carrego, mas jogar tranquilo. Me divertir dentro de campo com responsabilidade, ser feliz e jogar jogo a jogo. Apesar da Copinha ser uma competição com muitos times, ela é muito rápida. É aproveitar o momento, desfrutar e ser feliz”, declarou.
Sobre o que esperar do time que estreia nesta quarta-feira, Eric Pimentel prometeu um Vasco ofensivo, com posse de bola e que irá brigar pelo título:
“O torcedor pode esperar uma equipe muito competitiva. Tivemos uma preparação muito intensa. O professor Igor Guerra cobra muita intensidade nos treinamentos, volume de jogo, e é isso que o torcedor pode esperar de nós. Muita intensidade, volume de jogo, querendo propôr o jogo toda hora, posse de bola toda hora… Vamos, sim, brigar pelo título e estamos muito confiantes nisso”.
Pimentel e Ávila ‘palestraram’ para elenco da Copinha
Durante a preparação do atual elenco para a Copa São Paulo em dezembro, Pimentel e Leandro Ávila estiveram presentes no “Espaço Experiência”, situado em São Januário, onde reencontraram a taça que conquistaram em 1992 e “palestraram” para os jogadores que participarão da edição de 2022.
Conhecedor do grupo por acompanhar os jogos do filho, o ex-lateral enalteceu o time e desejou sorte na competição.
“Aquele grupo era muito forte e determinado. E eu vejo isso em vocês também. O treinador só escala onze. Quem está no banco não pode estar satisfeito, mas sempre apoiando e motivando os seus companheiros. Daquela conquista subiram diversos jogadores. Eu, Leandro, Valdir, Tinho, Caetano? o Edmundo jogou só até a segunda rodada e foi convocado para o profissional. Hoje a base tem grandes competições como Copa do Brasil e Brasileiro, mas a Copinha tem uma importância enorme na sequência da carreira de vocês. Boa sorte nessa competição”, declarou no bate-papo registrado pelo site oficial do Vasco.
Fonte: Uol