Entrevista de Pedro Valente ao GE

Presidenciável Pedro Valente é cirurgião plástico, tem 72 anos e muito tempo na Colina.

Os sócios do Vasco vão às urnas nesta terça-feira para decidir entre as chapas que se inscreveram para o pleito. Liderada por Pedro Valente, a chapa “Vasco Valente” é uma opção. No entanto, o próprio candidato decidiu que não irá comparecer ao pleito por não concordar com a lista de sócios aptos a votar apresentada pelo clube. Apesar da discordância, ele não retirou a candidatura. Apenas optou por se abster do processo e buscar uma nova solução na Justiça. Com esta opção, quem decidir votar em seu grupo terá esta opção.

Pedro Valente é cirurgião plástico, tem 72 anos e muito tempo na Colina. Ele é Grande Benemérito do clube e já exerceu alguns cargos, como vice-presidente médico (quatro vezes), vice administrativo (duas vezes) e vice de relações institucionais. Valente tem como um dos principais aliados o ex-presidente Eurico Miranda.

Confira a entrevista com o candidato e algumas de suas ideias:

GLOBOESPORTE.COM: Quais os planos para montar um elenco forte para a próxima temporada, quando o Vasco irá disputar a Libertadores? Faria alguma mudança estrutural no departamento de futebol?

Pedro Valente: Para o próximo ano, precisamos montar um time forte para vencer a Libertadores novamente e disputar o Mundial, competição que nós batemos na trave. Já temos uma base forte e um técnico que vem fazendo um bom trabalho até o momento. Vamos fazer investimento para conseguir os objetivos.

Qual é proposta para o Centro de Treinamento?

Queremos fazer o CT em São Januário. É possível construir dentro do próprio estádio, assim como foi feito no Orange Bowl (em Miami), nos Estados Unidos. Lá até o formato, como uma ferradura, lembra São Januário. É possível fazer com parcerias com empresas especializadas. Temos um bom encaminhamento com a Luso Arenas. A maquiagem que se faz atualmente não resolve. Queremos fazer um edifício garagem também e desenvolver um projeto de urbanização nos arredores do clube. Todos seriam beneficiados. Com imaginação, podemos fazer. Nosso espaço é maior do que o do Orange Bowl.

O clube tem enfrentado dificuldades para manter em dia suas obrigações financeiras. Como o senhor avalia a parceria com a Eletrobras? Como captar novos recursos?

Acho a parceria com a Eletrobras ótima, mas mal aproveitada. O clube não paga impostos e não consegue a verba. As contas não são aprovadas, isso nunca aconteceu antes na história do Vasco. Pela lei, não poderia nem se reeleger. Outros presidentes já estariam no chão. Esta administração atrasa os salários e vai no sindicato para conseguir receber da Eletrobras. Depois querem bater no peito e falar de democracia.

Como avalia a atuação do atual departamento de marketing do Vasco? Quais os seus projetos para esta área?

É uma área mal explorada pelo clube, e não é de hoje. Quero montar um departamento competente e que consiga dar bons resultados. O Vasco tem 20 milhões de torcedores, se não for o que tem mais, está entre os três clubes de mais torcida no Brasil. Está espalhada por todo o país, o futebol carioca tem isso. Ao contrário da torcida do Flamengo, por exemplo, a nossa é participativa, sabe tudo o que acontece. Temos um bom público para explorar e trazer parcerias e patrocínios.

Quais são os planos do senhor para melhorar a área social e patrimonial do clube?

Quero fazer parcerias com as casas portuguesas. Antes, tínhamos 30, 40, 50% de portugueses no nosso quadro social. Fiz um levantamento e hoje temos apenas 10%. Com a crise em Portugal, muitos estão vindo para o Brasil. Existe um potencial de novos sócios. Estamos em contato com o consulado para não perdê-los para outros clubes. Queremos também explorar outros clubes suburbanos, fazer deles sub-sedes do Vasco. Sobre a parte de patrimônio, com racionalidade podemos reestruturar São Januário. O Orange Bowl é um exemplo para nós nisso também. O estádio lá passou por uma grande reforma. Gastaram US$ 400 milhões. Aqui vemos orçamentos de estádios para a Copa bem maiores.

Fonte: globo esporte

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