Entrevista coletiva de Zé Ricardo após o jogo contra o CSA
O técnico Zé Ricardo analisou o desempenho do Vasco da Gama na partida contra o CSA e valorizou a vitória do time.
O Vasco, enfim, venceu a segunda na Série B: 1 a 0 sobre o CSA – gol de Gabriel Pec, no segundo tempo. A equipe do pressionado Zé Ricardo pulou para a quinta posição, antes do fim da rodada – tem 10 pontos, a mesma pontuação do Cruzeiro, que recebe o Cruzeiro neste domingo, às 16h.
O treinador do Vasco comemorou a entrega e a vibração do time na partida. A equipe só volta a campo no próximo domingo, dia 15, para enfrentar o Bahia, atual líder da competição.
– A gente queria muito essa vitória, enfrentamos uma equipe muito forte, certamente vai brigar parte de cima. Tem uma comissão técnica já experiente, Mozart é um treinador que vem demonstrando trabalhos consistentes. Jogadores experientes, conhecem bem a Segunda Divisão. Alguns jogadores já trabalhei, outros que gostaria de ter trabalhado. A gente estudou bem o adversário, sabia que tinha que fazer uma boa partida e se doar ao máximo – comentou o técnico.
As substituições mudaram o Vasco, como reconheceu Zé Ricardo. Ele elogiou Carlos Palacios, o jogador chileno que entrou bem na segunda etapa. E explicou que ainda vai haver crescimento.
– Está em processo de recondicionamento, chegou um pouco acima do peso. Todos os funcionários do CT trabalham bastante com os jogadores e é isso que a gente está fazendo. Temos cuidado para não sofrer lesão. Hoje eu pretendia colocar ele um pouco antes, mas senti o Nenê bem na partida. Entendemos a entrada do Juninho porque podia dar corpo no meio de campo. Quando Andrey tomou o amarelo não queria der os dois do meio com amarelo. Como dizem no futebol italiano, que acompanha bastante, Palacios é um jogador que tem uma fantasia. Ou seja, um toque diferente. Além de ser muito forte no um contra um. Algumas vezes dentro da partida, nos duelos, ele ganhou, é muito forte. Está crescendo, temos que tirar a pressão dele. É um jogador adquirido pelo Vasco, contrato de três anos. A gente quer que ele faça a transição, o condicionamento dele e o entrosamento com o grupo de forma bem natural – disse Zé Ricardo.
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Elogios a CSA e explicação sobre Figueiredo no banco
– O CSA é um bom adversário, tem uma equipe que trabalha bem os cruzamentos. A ideia do Getúlio de início foi para que a gente pudesse fortalecer a nossa bola aérea, para se projetar nas costas do Diego Renan. Poderia levar vantagem por ali. Ele começou bem a partida, depois de um ou dois erros perdeu um pouquinho a concentração. Ele tentou fazer o jogo de uma forma mais ansiosa. Depois desse momento perdemos o controle do primeiro tempo. É uma equipe difícil de ser batida, com bons jogadores, bem trabalhada. O que eu pedi no intervalo foi para que a gente não entrasse nas críticas de fora, deixassem isso comigo. E que a gente focasse na estratégia, por isso trabalhamos as substituições para crescer. Juninho entrou bem, Palacios, como todos sabem, está recondicionando e Figueiredo queria guardar para o segundo tempo. É um jogador muito potente. Jogo pensado, como todos jogos são. Estratégia às vezes dá certo, Às vezes não. Mas a equipe perseverou.
“Não podemos subir na terceira ou quarta rodada”
– A gente quando perde ou não ganha, não somos os piores. E quando vence, não somos os melhores. Estamos aprendendo dentro do processo, não podemos subir na terceira ou quarta rodada. A gente está trabalhando muito, o que me dá tranquilidade é de ter o controle é o dia a dia. Quando eu perceber que está fora de controle, ninguém precisa me dizer, eu vou detectar isso.
Incomoda seguir fora do G4 desde a última Série B?
– Isso não é uma mochila que a gente tem que carregar. O mais importante é a gente mostrar cada rodada que passa o amadurecimento, insistência, perseverança. Momentos ruins acontecem, bons também. Temos que estar preparados para as duas maneiras. É a realidade, a gente tem que entender isso. Entendemos as críticas, sabemos que vão fazer parte. Falo com os atletas que podem deixar em cima da gente, da comissão técnica. Se dependesse de críticas, talvez o Edimar iria fazer um jogo ruim, mas é experiente e fez uma partida fantástica. Além de ajudar o menino Riquelme fora de campo. Tomara que a gente consiga fazer mais uma semana boa, o time tem que ser competitivo, operário, brigar por cada bola.
Melhora em bola aérea defensiva
– Tem que saber diferenciar. Profissionais que passaram aqui ano passado, como Marcelo Cabo e Lisca, são pessoas que tenho respeito enorme. Trabalhamos muito a bola parada, estamos atentos às estratégias. Como foi a volta do Edimar hoje, como a gente trabalha bastante, espera que o rendimento aconteça. Quintero também, apesar não ser tão alto, tem bom tempo de bola. Gabriel Dias também. Hoje estivemos com um “plus”, vamos dizer assim, com entradas do Getúlio e Raniel. Acho que a gente tem que estudar isso bem, cada adversário tem uma estratégia. Melhoramos na bola parada, mas na nossa estreia tomamos um gol de bola parada. Já tínhamos ido bem no Carioca. Temos sempre que continuar trabalhando, não tem outro jeito.
Fonte: Globo Esporte