Entrevista coletiva de Alexandre Grasseli após o jogo contra o Ceará

O auxiliar técnico do Vasco da Gama, Alexandre Grasseli, não escondeu a decepção com o resultado negativo contra o Ceará.

Alexandre Grasseli
Alexandre Grasseli (Foto: Reprodução)

Após a goleada sofrida pelo Vasco para o Ceará por 4 a 1 em São Januário, nesta segunda-feira, o auxiliar técnico Alexandre Grasseli não escondeu a decepção com o resultado. Disse que o time sofreu uma “vergonhosa derrota”, e o adversário sobressaiu no contra-ataque.

– Tínhamos um plano de que o Ceará vinha jogar no contra-ataque. Cedemos espaço exatamente nesse aspecto que é tão importante em relação à equipe do Ceará. Quando você faz isso com uma equipe tão perigosa como o o Ceará, a derrota infelizmente acontece. Realmente muito pesada, e nós temos que entender esse momento, reagir o mais rápido possível. Mas hoje sentir de certa forma o peso dessa derrota naqueles aspectos individuais e coletivos que tivemos hoje – afirmou Grasseli, que substituiu pela segunda vez consecutiva o técnico Ricardo Sá Pinto, indisponível por ter testado positivo para Covid-19.

Perguntado sobre por que o jovem Juninho, destaque sob seu comando no sub-20, vem sendo tão pouco utilizado, Alexandre Grasseli explicou que as decisões são tomadas por Ricardo Sá Pinto. E, na sequência, tratou o resultado como vergonhoso.

– A decisão não é minha, é uma decisão de equipe. Todos sabem que o comando é do mister Sá Pinto. É esse o comando para o 11 inicial, é esse o comando para as substituições, e a gente cumpre aquilo o que é determinado. Isso não nos tira responsabilidades. Todos nós temos responsabilidades, atletas e comissão técnica. E todos assumimos nossa responsabilidade diante dessa vergonhosa derrota. E nós temos que entender que é vergonhosa. Tenho certeza que os atletas sentiram isso, foram cobrados dentro do vestiário e estão muito chateados. Esse é cenário.

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DESEMPENHO EM CASA

– Eu entendo que nós temos uma organização defensiva bem consolidada, e isso é prova nos últimos jogos. Nós sabemos que precisamos evoluir na parte ofensiva, essa conversa foi tradada pela equipe técnica, estamos buscando essa solução. Não é apenas o Vasco que sofre com falta de jogadores, mas o sistema ofensivo foi totalmente mudado, isso é pesado para qualquer equipe. Há necessidade de um conjunto, de uma sequência de jogos. Vejo que o setor que mais sofreu com essas perdas foi o ofensivo. O Vasco tem que melhorar ofensivamente, tanto dentro como fora de casa. Por outro lado, vejo que dentro dos nossos domínios temos que ser mais aguerridos, vibrar um pouco mais, sentir um pouco mais. É importante que, desde o início, o adversário saiba o que queremos aqui em São Januário. E isso foi cobrado dos atletas, da comissão técnica. Nós temos que dar essa resposta o mais rápido possível.

FALTA QUE CANO FAZ

– Essa realidade não é apenas do Vasco, mas estamos sofrendo muito com isso. O Cano é um goleador, um jogador decisivo. Mas fez falta também hoje a equipe técnica, o treinador na beira do campo, no intervalo. Faz falta, a gente sabe que faz. Por mais entrega que a gente tenha. Faz falta o Talles, fez falta o Ribamar, o Benítez. Nós temos que superar isso como equipe unida e que pensa grande. Temos que digerir essa derrota, que é amarga, que nos maltrata. Mas temos que reagir o mais rápido possível, temos que saber que ausências como a do Cano vão acontecer e temos que achar soluções dentro do grupo.

O QUE DIZER PRA TORCIDA?

– A cobrança foi feita aos jogadores, à comissão técnica. Essa cobrança é forte de quem quer ganhar, de quem quer vencer, de uma direção que busca o melhor para o clube. A gente sabe de toda as dificuldade que estamos passando. A mensagem que eu passo é que fomos cobrados, todos os jogadores e comissão técnica, e temos que dar a resposta o mais rápido possível. Não podemos mais viver em uma situação como essa. O que digo é que vamos trabalhar, porque a gente sabe que, no futebol, as coisas só melhoram com trabalho. E tenho certeza que, com o trabalho sendo feito, podemos superar essa instabilidade. Nossa resposta tem que ser maior que a de todos para buscarmos coisas grandes.

Fonte: Globo Esporte

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