Entre Cocada e chocolate relembre Vasco x Fla inesquecíveis

Ao longo da história, o clássico dos Milhões, como é conhecido, protagonizou jogos e decisões inesquecíveis.

Vasco e Flamengo representam as duas maiores torcidas do Rio. O clássico já teve em lados opostos duelos memoráveis de Roberto Dinamite contra Zico e de Romário contra o Bebeto, por exemplo. Isso a partir dos anos 70, somente. Ao longo da história, o Clássico dos Milhões, como é conhecido, protagonizou jogos e decisões inesquecíveis.

Como aperitivo para a “final” do Campeonato Brasileiro, domingo, no Engenhão, o iG relembra 10 confrontos imortalizados pelo tempo, cinco em que o Vasco levou a melhor e cinco em que a alegria foi do Flamengo.

Domingo, as duas equipes se enfrentam pela última rodada. Vice-líder da competição com 68 pontos, o Vasco ainda sonha com o título. Para isso, precisa derrotar o Flamengo e torcer pela vitória do Palmeiras sobre o líder Corinthians (70). A equipe da Gávea briga por uma vaga na Libertadores e, pela rivaidade, fará de tudo para estragar a festa adversária.

Relembre cinco decisões em que o Vasco levou a melhor

Dinamite leva a melhor sobre Zico em último duelo
Era Dia dos Pais. O Flamengo de Zico brigava pelo bicampeonato carioca sobre o Vasco de Roberto Dinamite. No ano anterior, os rubro-negros venceram por 2 a 0, gols de Bebeto e Júlio César. Mas a história em 87 seria diferente. As duas equipes chegaram à final em igualdade de condições.

Aos 42 minutos do primeiro tempo, Dinamite ajeitou no peito um lançamento de Luiz Carlos e rolou na medida para o chute indefensável de Tita, no ângulo direito de Zé Carlos. O clássico também marcaria o bicampeonato para o Vasco, já que no ano seguinte os dois fizeram a final novamente e Cocada foi o herói da partida. Era também a última vez que Zico e Roberto se enfrentariam em uma final.

Quina vascaína e Cocada
O ano de 1988 foi inesquecível para o Vasco. Principalmente quando o assunto é o rival Flamengo. As duas equipes se enfrentaram seis vezes e, exceto pelo primeiro confronto do ano, o Vasco levou a melhor nas cinco partidas seguintes – algo até então inimaginável da história do confronto.

Foi o ano da quina, sendo que a quarta partida entrou para a história. O Vasco chegou à final do Carioca podendo empatar que seria campeão, uma vez que era dono da melhor campanha. Aos 42 minutos do segundo tempo, o lateral-direito Cocada substituiu Vivinho. Cocada que, cinco anos antes, havia sido dispensado das divisões de base do Flamengo por Carlinhos. Um minuto após entrar em campo, ele partiu com a bola dominada, driblou Edinho e fuzilou de fora da área: 1 a 0. Na comemoração, Cocada provocou Carlinhos no banco do Flamengo e foi expulso, aos 44. O jogador precisou apenas de três minutos para fazer história.

Cadê o campeão do mundo?
O Vasco de Antônio Lopes chegou à final carioca contra o Flamengo com cinco alterações promovidas pelo ainda desconhecido treinador. Foi um ato de coragem. Até porque pela frente estava o time campeão do mundo e campeão brasileiro. A bolsa de apostas apontava o adversário como favorito. Mas o Vasco surpreendeu. Aos 3 minutos do segundo tempo, o pequeno Marquinhos desviou de cabeça a cobrança de escanteio para fazer 1 a 0. Mesmo com Zico, Júnior, Leandro, Adílio, Andrade e Tita o Flamengo não reagiu. Tentou, mas teve que assistir à festa vascaína até comemorada como um verdadeiro título mundial.

Tarde de chocolate do Maracanã
A tradição vascaína mantém as portas do clube fechadas em toda Sexta-feira da Paixão. Pois em 2000, mesmo tendo o clássico com o Flamengo dois dias depois, no domingo de Páscoa, o então presidente Eurico Miranda não abriu o clube. E mais: com toda a sua arrogância, disparou: “Não vou abrir o clube e domingo vamos dar um chocolate no Flamengo”.

Dito e feito. No domingo, 24 de abril, as duas equipes se enfrentaram num Maracanã lotado. Leandro Machado fez 1 a 0 para os rubro-negros, mas Felipe, Romário (três) e Pedrinho viraram, aplicando uma humilhante goleada de 5 a 1. Na comemoração, farta distribuição de chocolate numa Páscoa inesquecível.

Tita aumenta o trauma rubro-negro
Em 1977, o Vasco chegou à final do Campeonato Carioca contra o Flamengo podendo ser campeão se derrotasse o rival na decisão do segundo turno, pois havia conquistado a Taça Guanabara – primeiro turno estadual. No tempo normal, empate em 0 a 0. A decisão foi para os pênaltis. No ano anterior, Zico desperdiçou uma cobrança decidindo o primeiro turno, dando o título para Vasco.

Portanto, os rubro-negros, traumatizados, nem imaginavam que outro herói repetisse o fracasso. Mas quis a escrita que ídolo sucumbisse à pressão vascaína. Tita, que mais tarde seria jogador do Vasco e faria um gol de título estadual sobre o Flamengo, perdeu a cobrança. Na sequência, todos converteram e o Vasco foi campeão carioca.

Relembre cinco decisões em que o Flamengo levou a melhor

Deus da raça, herói do título
Vencer um título estadual é ótimo. Sobre o maior rival, melhor ainda. Com gol no final do jogo, é quase um sonho, mas aconteceu, e mais de uma vez, com o Flamengo. Em 1978, Flamengo e Vasco se encontraram na decisão do Campeonato Carioca. Após vencer o primeiro turno, o time da Gávea levantaria o troféu se vencesse, enquanto o Vasco precisava de um empate para ficar com a vitória no segundo turno e levar a decisão para a semana seguinte.

Após uma partida nervosa, com o Vasco valorizando o empate, nem Zico, nem Claudio Adão, que terminaram o torneio com 19 gols cada, conseguiram balançar as redes. Entrou em cena o zagueiro Rondinelli, conhecido como o ‘Deus da raça’. Após uma cobrança de escanteio, aos 41 minutos do segundo tempo, o defensor subiu mais que a zaga vascaína e testou forte para o gol, garantindo a vitória e o título do time da Gávea.

Primeira final nacional
Se os confrontos em finais de Campeonato Carioca entre Flamengo e Vasco foram recorrentes ao longo dos anos, a primeira decisão de um título nacional entre os rivais só aconteceu em 2006, na Copa do Brasil. Comandados por Ney Franco, os jogadores do Flamengo chegaram à final passando pelo Ipatinga, enquanto o Vasco, de Renato Gaúcho, eliminou o Fluminense, formando a primeira decisão com dois times do mesmo estado.

O Maracanã, completamente lotado, assistiu uma partida com várias chances de gol. No fim, a vitória do time da Gávea por 2 a 0, com gols de Obina e Luizão, na primeira partida da decisão, garantiu o título. No segundo confronto, o Vasco venceu por 1 a 0 e pelo saldo de gols, teve que amargar o grito de ‘vice de novo’ da torcida rubro-negra.

Em dia de Bebeto, Bujica é rei
A expectativa pelo confronto entre Flamengo e Vasco, no Campeonato Brasileiro de 1989 estava na estreia do atacante Bebeto, tetracampeão com a seleção brasileira em 1994 e que trocará de lado após mais de quatro anos e muitos títulos na Gávea. Além dele, o ‘Gigante da Colina’ tinha jogadores como Sorato e Bismarck, e era apontado como grande favorito para o clássico.

Porém, apesar de ter conquistado o título brasileiro daquele ano, o ‘Clássico dos Milhões’ foi um dia de festa para a torcida do Flamengo, e em especial para um atacante. Bujica, que havia sido promovido das categorias de base naquele ano, marcou os dois gols da vitória do Fla e carimbou a estreia e a faixa que o Vasco receberia mais tarde. Após brilhar no clássico, o jogador não conseguiu se firmar e acabou sendo negociado com o Botafogo.

O ano do ‘papatudo’ e o ladrilheiro

A temporada de 1981 talvez tenha sido a mais gloriosa e inesquecível para o torcedor do Flamengo. Em menos de um mês, o time conquistou o título da Libertadores, o Campeonato Carioca e o Mundial de Clubes, exatamente nesta ordem. E a taça no estadual ainda veio sobre o maior rival, aumentando a alegria do torcedor rubro-negro. Por ter vencido dois turnos e ter ganho o maior número de pontos em todo o torneio, o Flamengo precisava apenas de um empate no terceiro jogo da final para ser campeão.

Adílio e Nunes abriram o placar, mas aos 38 minutos do segundo tempo, Ticão descontou e voltou a dar emoção ao jogo. Então entrou em cena Roberto Passos Pereira, o ladrilheiro, torcedor do Flamengo que corria por todo campo para esfriar os atletas vascaínos. Após ele ser expulso, nada aconteceu na partida e o Flamengo conquistou o título que ficaria marcado na lista de grandes conquistas.

A falta de Petkovic
Depois da geração de Zico e companhia, nos anos 80, talvez nenhum lance tenha sido tão marcante para o torcedor flamenguista quanto aquela decisão de Campeonato Carioca em maio de 2001, contra o Vasco. Pela terceira vez seguida, os dois times se enfrentavam na final do estadual e nas duas vezes anteriores, o Flamengo havia vencido.

Comandado pelo técnico Zagallo, o Flamengo chegou em desvantagem para o segundo jogo da final, após perder a primeira partida por 2 a 1. Edílson marcou duas vezes, mas Juninho Paulista descontou e o título ficava cada mais longe da Gávea a cada minuto. Júlio César fazia milagres no gol do Flamengo e impedia mais gols do rival. Porém, aos 43 minutos do segundo tempo, veio a falta na entrada da área.

No banco de reservas, o lateral-direito Alessandro, hoje no Corinthians, rezava. O técnico Zagallo segurava uma imagem de São Judas Tadeu e o sérvio Petkovic, ao maior estilo Zico, cobrou com perfeição, colocando a bola no ângulo esquerdo do gol de Helton, sem chances de defesa. Era o tricampeonato em cima do maior rival, nos minutos finais da partida. O lance que nunca deixará a memória de qualquer torcedor do Flamengo.

Fonte: ig

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