Empresa que cobra mais de R$ 15 milhões da Vasco SAF tem CEO do Botafogo como sócio
A Matrix cobra por seu trabalho como consultora no processo de criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco da Gama.
Desde a última sexta-feira, o Vasco da Gama passou a ser cobrado pela Matrix Capital LTDA na Justiça do Rio de Janeiro. Tendo como um dos sócios Thairo Arruda, CEO do Botafogo, a Matrix alega ter direito a receber, veja só, R$ 15.817.933,01.
Na ação de execução de título extrajudicial, a Matrix narra a sua participação como consultora no processo de criação da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Vasco, algo concretizado em novembro de 2022.
“Altamente reconhecida no mercado, (a empresa) oferece ampla gama de serviços, envolvendo desde operações de campo, passando por marketing, finanças corporativas e fusões e aquisições tudo a implementar as melhores práticas de gestão para o futebol”, diz a petição.
Não custa lembrar que a Matrix tem em seu currículo a participação da estruturação da SAF do Botafogo, comprada por John Textor, em janeiro de 2022.
O tamanho da dívida
Pois a 777 Partners, enquanto controladora da SAF do Vasco, não honrou o compromisso com a Matrix. Em dezembro de 2023, foi firmada uma confissão de dívida por parte do clube-empresa, reconhecendo a pendência. No trato, ficou acertado o pagamento de R$ 15,3 milhões em 14 parcelas.
As oito primeiras, num total de R$ 2,3 milhões, foram honradas, mas a partir da nona, a ser paga em maio deste ano, nada foi depositado. O mês, aliás, coincide com a liminar que retirou da 777 os poderes sobre a SAF do Vasco.
As alternativas
Para encerrar a dívida, a Matrix sugere duas possibilidades. A primeira indica a possibilidade do repasse dos direitos federativos do jovem atacante Rayan, citado na ação como um jogador com “grandes times mundiais interessados na sua aquisição”.
A segunda sugestão aponta na penhora de valores a receber pelo Vasco, casos de premiações, direitos de transmissão e outros contratos. O caso está na 51ª Vara Cível da Comarca da Capital.
Fonte: Blog Ancelmo Gois – O Globo