Empate mostra que Vasco precisa se entrosar para adotar ideias de Marcelo Cabo

O empate contra o Nova Iguaçu mostrou que o time do Vasco ainda precisa entrosamento e compreender as ideias de Marcelo Cabo.

Gabriel Pec durante o jogo contra o Nova Iguaçu
Gabriel Pec durante o jogo contra o Nova Iguaçu (Foto: Rafael Ribeiro/ Vasco)

A estreia de Marcelo Cabo e a entrada de alguns jogadores do time principal não foram suficientes para o Vasco chegar à primeira vitória no Carioca. Apesar de um início de jogo animador, os cruz-maltinos ficaram num 2 a 2 frustrante com o Nova Iguaçu em São Januário — tropeço que mostra que o time ainda precisa de mais entrosamento e compreender melhor as ideias de seu novo treinador.

Foram os primeiros gols e o primeiro ponto do Vasco na competição. O time é apenas o 10º colocado na tabela e agora terá um clássico contra o Botafogo, sábado, de novo em São Januário. Antes disso, na quinta, visita a Caldense-MG, pela Copa do Brasil.

Após uma semana de treinos com Cabo, já foi possível ver alguns sinais do estilo de jogo do novo treinador. Principalmente a aposta nos ataques em velocidade pelos lados do campo. No primeiro tempo, quando o Nova Iguaçu foi extremamente passivo, a estratégia deu certo. No entanto, quando o adversário encaixou a marcação e os contra-ataques, as limitações vascaínas ficaram expostas.

– Tivemos só sete treinos. Acho que foi normal esse nosso desespero, essa vontade de ganhar. Mas estamos no caminho. É trabalhar bastante – admitiu o volante Bruno Gomes.

Se coletivamente o time oscilou demais, há destaques individuais a serem exaltados. O principal deles é Gabriel Pec. Se não se entendeu muito bem com Cayo Tenório pela direita, foi muito feliz como opção na frente finalizando com eficiência no lance dos gols. Talles Magno também voltou a se mostrar aquele jogador insinuante, que faz boas tabelas e abre caminho com seus dribles. A ver se mantém essa pegada daqui para a frente.

– Gostei muito do primeiro tempo. Foi um pouquinho do que a gente construiu durante a semana de trabalho. A gente sabia que o time podia sentir um pouco a parte física. Isso foi notório, alguns jogadores sentiram. Mas estamos em processo de evolução. É o que deu para construir para hoje. Fiquei satisfeito com as coisas boas que vi. E fico chateado com o resultado. Mas demos o primeiro passo na construção de um novo Vasco – analisou Marcelo Cabo.

O jogo

Foram duas atuações distintas em cada um dos tempos do jogo. No primeiro, os vascaínos exploraram muito bem os lados do campo. Mais pela esquerda, com Talles Magno e MT, do que pela direita, onde Cayo Tenório e Gabriel Pec tiveram mais dificuldade para se entender. O time de Marcelo Cabo chegou com tamanha facilidade na meta do Nova Iguaçu a ponto de ir para o intervalo com 11 finalizações.

O problema foram justamente as jogadas no terço final. O time pecou ou pelas escolhas de passe ou pelas finalizações erradas. Tanto que o gol de Gabriel Pec, aos 33, sai de um erro de Laranjeira. O atacante recebeu em boas condições na entrada da área, mas se adiantou demais e perdeu a bola. Sorte que ela sobrou para o meia concluir na saída do goleiro.

A vantagem no placar e a falta de agressividade do Nova Iguaçu relaxaram os vascaínos, que deram espaço para o adversário empatar num rápido contra-ataque apenas seis minutos depois do primeiro gol. Em cruzamento de Ian para Raphael Carioca, Ricardo Graça tentou cortar e acabou empurrando contra a própria meta.

O Vaco do segundo tempo demorou mais a encontrar os espaços do campo. Muito porque o Nova Iguaçu adiantou a marcação e prejudicou a saída cruz-maltina. Mas as mudanças de Cabo no meio e um pouco de sorte recolocaram os vascaínos na frente. Aos 15, Talles Magno errou o cruzamento, e a bola foi parar em Gabriel Pec. Em noite feliz, o meia mais uma vez foi eficiente na finalização.

Àquela altura, contudo, o Nova Iguaçiu já tinha encaixado seu jogo. E não estava disposto a desistir. De novo seis minutos depois de sofrer um gol, o time da Baixada reagiu. Numa finalização muito feliz de fora da área, Raphael Carioca acertou o ângulo da meta de Lucão.

Já na base do abafa, o Vasco quase chegou ao gol da vitória nos minutos finais, quando Juninho ficou frente a frente com Luis Henrique. Mas a grande defesa do goleiro garantiu o resultado que, apesar de frustrante para a torcida cruz-maltina, foi mais condizente com a partida.

Fonte: O Globo Online

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