Emílio Faro analisa empate do Vasco contra o Madureira; veja a entrevista coletiva
Emílio Faro analisou o desempenho do Vasco da Gama contra o Madureira e festejou o fato de ter dado oportunidades a jovens.
O Vasco estreou no Carioca com empate por 0 a 0 com o Madureira, neste sábado, em Madureira. Técnico na ausência de Maurício Barbieri e da equipe principal, que estão em excursão nos Estados Unidos, Emílio Faro festejou o fato de ter podido dar oportunidades a jovens, inclusive a um atleta nascido em 2005 (o zagueiro Lyncon).
– Estamos num cenário inicial. Temos um grupo que está tendo oportunidade aqui no Carioca e outro que está se preparando nos Estados Unidos. O Maurício Barbieri treinou esses jogadores, criou uma situação de como iriam jogar e qual seria o plano de jogo. Atuamos nas estratégias e situações de observação das trocas, mas existe todo um cenário de um Vasco só. Apesar de um time estar no Estados Unidos com o grupo se preparando, e outro jogando, o Vasco é um só. Por isso que vamos nos cobrar sempre.
– Hoje, tentamos o resultado e buscamos a vitória. Dentro dessa oportunidade vamos olhar com muita calma, observar os jogadores que vieram da Copinha e ver que eles terão uma oportunidade para amadurecer. Hoje entrou um zagueiro que é de 2005. E você vê que é a juventude do Vasco podendo jogar no profissional. O campo de trabalho está muito fértil e favorável para as coisas que estão vindo à frente.
Faro fez elogios à torcida do Vasco por não ter pressionado o time em nenhum momento do jogo, mesmo com a grande dificuldade para se criar oportunidades interessantes.
– Quero enaltecer a torcida do Vasco, que é muito exigente, e não é pra menos, que entendeu o processo e não criou uma situação desfavorável em nenhum momento do jogo. Houve um entendimento do que estava ocorrendo no campo e no cenário inicial e da juventude dos atletas. Infelizmente não conseguimos premiá-la com a vitória.
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Como melhorar para a próxima rodada?
– Vamos ter um domingo de descanso. Temos muitos jogadores vindo da Copinha. Segunda-feira a gente se reapresenta e vamos procurar ajustar as situações para a próxima partida contra o Audax.
Marlon Santos entrou nos minutos finais por questão física ou técnica?
– Chegamos num momento da partida que tinha que ter uma leitura de quem iria sustentar a partida. Tivemos que segurar as substituições para o final para saber quem ia suportar a partida até o fim. Dentro das classificações que fizemos, aí o Marlon Santos entrou.
Nervosismo de jogadores jovens
– É questão de oportunidade. A gente tinha um conjunto grande de jogadores que nunca tiveram oportunidades. Hoje, eles têm o selo de ter jogado profissionalmente. A partir de agora, eles vão se soltar mais. E aí vem a seleção natural. Aqueles que aproveitam a oportunidade e os que não aproveitam. Lyncon jogou no Copinha e atuou aqui, por exemplo. Ele errou o primeiro lance. Qual seria a tendência? Se abater. No lance seguinte, quase marcou o gol. Essa é a diferença de quem é formado em clube grande.
Escalação no clássico com o Botafogo, marcado para a terceira rodada
– Agente vai ter a leitura da partida. Há o momento de descansar e de treinar. Não posso afirmar ainda qual será o time. Vamos achar a melhor escalação. A oportunidade que nos foi dada é para esses três jogos. Vamos observar os adversários, Audax e Botafogo. E decidiremos jogo a jogo.
Time com a cara de Maurício Barbieri?
– A torcida pode esperar isso, sim. Estou no dia a dia e a ideia é ter esse jogo impositivo, que tente sufocar o adversário o tempo todo, tente fazer a bola chegar na área e abafar o adversário. Essas são as características do jogo do Barbieri.
O que pode destacar individualmente hoje para o restante da temporada?
– Fizemos a partida e ainda temos um cenário de duas partidas com um grupo que está retornando da Copinha. Teremos um fortalecimento e vamos ver as condições para ver se o Robson (Bambu) vai se integrar ao grupo e vamos buscar sempre o melhor pelas vitórias. O Carioca deste ano tem uma vertente diferente de que é classificatório para a Copa do Brasil. Então, ao mesmo tempo que estamos dando oportunidade, estamos tentando ser um Vasco que busca os resultados e as vitórias. Essa situação de análise individual vai ser no retorno e somatório de jogos.
– Hoje foi o primeiro jogo do campeonato. Geralmente, todo primeiro jogo do campeonato existe uma série de dificuldades que norteiam a primeira partida. O temor da gente, hoje, era a continuidade do jogo. O time, quando não está numa sequência, vai se desmoronando ao longo da partida. Começa com um padrão, daqui a pouco o jogador tenta manter o padrão, mas não dá. Não dá pra chegar do outro lado para se aproximar. Temos mais duas partidas para ganhar essa situação que as pessoas rotulam como ritmo ou sequência para ter uma consistência maior e maior tempo da partida durante os 90 minutos.
Assista à entrevista
Fonte: Globo Esporte