Eliminação do Vasco é marcada pela imprecisão de Gustavo Torres e Ribamar

Ribamar e Gustavo Torres tiveram uma atuação ruim contra o Defensa y Justicia e desperdiçou chances claras de gols.

Ribamar durante o jogo contra o Defensa y Justicia
Ribamar durante o jogo contra o Defensa y Justicia (Foto: Staff Images/CONMEBOL)

Futebol é um cobertor curto. Não há modelo ou ideia que dê plenas garantias, elimine vulnerabilidades e cubra todos os aspectos do jogo. A noite desta quinta-feira em São Januário foi exemplar neste aspecto, na derrota por 1 a 0 para o Defensa Y Justicia, que eliminou o Vasco da Copa Sul-Americana.

O cruz-maltino é um time moldado para marcar muito, por vezes bem perto de sua área, e apostar em escapadas rápidas para o gol. Ideias mais conservadores costumam ser associadas à eliminação total dos riscos. Mas, na verdade, cada estratégia assume riscos na medida em que busca eliminar outros. E o Vasco, que dentro da ideia de Ricardo Sá Pinto fazia um jogo seguro e superior ao rival, termina por permitir que boa parte das ações ocorram ao redor da sua área. Assim, qualquer acidente, qualquer evento imponderável num esporte que é cheio deles, acontecerá perto de seu gol. Até que aos 12 minutos do segundo tempo, uma rebatida errada de Marcelo Alves acabou em toque no travessão e falha do goleiro Lucão. No rebote, Hachen marcou. E o time argentino conseguiu uma vantagem sem que produzisse muita coisa para isso.

É possível achar esteticamente mais ou menos bonita a forma de jogar do Vasco. Mas ao analisar a partida, o que cabe é entender as propostas de cada lado e perceber qual delas sobressaiu, qual foi melhor executada.

E, neste ponto, o Vasco conseguiu fazer com que, durante 50 a 55 minutos, o jogo transcorresse da forma que lhe era conveniente. Não é exagero dizer que era melhor em campo. E as características do rival permitiam a Sá Pinto dobrar a aposta em seu modelo. O Defensa gosta de ter a bola, mas sua construção de jogadas é lenta e sem profundidade. Com isso, naturalmente, a força de marcação vascaína iria proporcionar contragolpes.

Chances perdidas

E assim foi o primeiro tempo. Além de não conceder praticamente nada ao rival, o Vasco teve, em 25 minutos, três chances muitos boas: mesmo ficando com a bola só 40% do tempo, trocando bem menos passes do que os argentinos e passando boa parte dos 45 minutos iniciais defendendo em seu campo.

A primeira escapada foi de Ribamar em passe de Benítez pela esquerda; em seguida, Gustavo Torres arrancou pela direita e levou perigo; até que uma bola parada encontrou a cabeçada de Leandro Castan para excelente defesa do goleiro Unsain. O retrato do jogo apontava para um roteiro favorável ao Vasco.

O cenário parecia mantido na segunda etapa, iniciada com arrancada de Torres, mas chute ruim. Aliás, a noite seria marcada pela imprecisão de Torres e Ribamar.

Mas seria lembrada também pelo gol de Hachen que mudava todas as circunstâncias. O Vasco perdeu ordem, organização conforme foi tendo que sair de sua zona de conforto e tomar a iniciativa atrás do gol da sobrevivência. Logo após ficar atrás no placar, ainda viu Ribamar perder duas boas oportunidades. Mas, com o tempo, foi se abrindo, acumulando homens de frente mas sem construir jogadas com consciência.

Sá Pinto decidiu mexer nos 15 minutos finais apenas. Primeiro abrindo mão dos três zagueiros para colocar Tiago Reis. Depois trocando Marcos Júnior e Benítez por Juninho e Talles Magno. O time era mais apressado do que rápido, mais tenso do que consciente. No abafa, viu um chute longo de Juninho passar rente à trave e, no rebote de uma jogada área, Neto Borges perder a chance final.

Resta a luta contra o rebaixamento no Brasileiro num clube que anda mal no campo e sem rumo fora dele. Será um longo fim de temporada.

Fonte: O Globo

2 comentários
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    Como nós vascaínos podemos explicar o que aconteceu ontem em São Januário. Difícil. Mas tudo começou com a posse do presidente não legítimo que seu Euvirus colocou na presidência que foi o Campello, que era vice da chapa e tomou posse como presidente. As promessas evasivas que o Vasco iria ser grande, mas que nunca chegou a ser concretizado, elencos de terceira divisão, renovações estapafúrdias de contratos que nada melhoraram o Vasco, e contratações de jogadores velhos e outros sem condições de jogar no Vasco, time de tanta tradição. A vinda de Ribamar para o Vasco é uma dessas, um cara que foi dado ao Vasco e por três anos nos envergonha com suas apresentações. O que eu não entendo o porquê de não ter fechado a compra do único jogador que pode nos salvar de outro rebaixamento, e mais vergonha nacional. Nós olhamos o plantel vascaíno, e as escalações, como pode o Miranda jogar, apesar de ser prata da casa não está preparado para ser titular, Pikachu já deveria ter saído desde o ano passado, Werley está ganhando um alto salário e nada fez para contribuir nesses últimos 4 longos anos. Até quando nós torcedores iremos ser maltratados por uma política suja e vergonhosa, que só pensam neles e não em nós, nós que por sinal, estamos continuando a manter as obras do CT pois se o Vasco não nos tivéssemos, estaria pior. Trocar treinador não é a chave para o sucesso, mas sim para a derrota.

  • Responder

    E o pior de tudo isso era assistir o jogo e o técnico do Vasco assistindo o caminhão de gools perdido pelo grande atacante Ribamar.Nao é possível que o Thiago Reis seja pior que Ribamar.

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