Formato de eleição do Vasco segue indefinido após reunião entre candidatos
Os candidatos à presidência do Vasco e Mussa estiveram reunidos por mais de 5 horas, mas formato e data de eleição continuam indefinidos.
Depois de mais de cinco horas de reunião entre os candidatos, nesta quinta, em São Januário, as eleições do Vasco seguem sem definição. As partes não entraram em acordo e, após ouvirem as empresas que se candidataram a realizar a votação híbrida, caberá ao presidente da Assembleia Geral, Mussa, definir a data e a forma como o pleito acontecerá. Por ora, por decisão judicial, o pleito segue marcado para dia 14 de forma exclusivamente virtual.
Mussa vai se reunir na noite desta quinta-feira com seus assessores jurídicos, além dos candidatos Julio Brant e Jorge Salgado. O presidente da Assembleia Geral espera ter uma definição nas próximas horas.
– O interessante é que todos reconheceram que o direito e a prerrogativa de comandar as eleições são minhas. Vou conversar com o jurídico, porque as eleições não podem ser adiadas. Tenho que ver com eles, pois o estatuto diz que tem que ser na primeira quinzena de novembro. E aí? Podemos confiar no Roberto Monteiro que teremos uma reunião no Conselho Deliberativo? Eu não confio. No Conselho Deliberativo é carta marcada. A minha vontade é que tenha eleição dia 14. Online será. Agora ainda estou estudando a possibilidade de serem híbridas. Ainda não bati o martelo. Vamos decidir hoje. Farei o que for possível para conciliar. É o que eu quero – disse Mussa, sem confirmar que Julio e Salgado estarão no encontro. A participação dos candidatos foi apurada pelo ge.
Campello: “Todos entenderam que o ideal seria adiar”
Os candidatos começaram a chegar por volta de 10h desta quinta em São Januário. Alexandre Campello, Jorge Salgado, Julio Brant e Sérgio Frias participaram. Leven Siano foi ausência, mas enviou dois representantes. Os presidentes Roberto Monteiro (Conselho Deliberativo) e Silvio Godoi (Conselho de Beneméritos) não participaram. A ideia trabalhada no encontro foi achar uma solução para realizar a votação híbrida, com garantias de segurança.
Também estiveram presentes no encontro representantes de três empresas dispostas a realizar a eleição. Duas foram levadas por Mussa e outra pelo Vasco. Eles fizeram apresentações para os candidatos na primeira parte do encontro, mas apenas uma apresentou garantias de segurança. No entanto, por questão de cadastros de sócios, não seria possível fazer em um curto prazo. A Eleja, empresa sugerida por Mussa, não foi aceita por Alexandre Campello.
– Tivemos a apresentação de três empresas, duas indicadas pelo Mussa e outra levantada pelo clube. Uma delas, que o Mussa apresentou, não tem produto pronto. O clube não aceita a Eleja por entender que existe um conflito de interesse. Todos nós gostamos mais da Taffner. Mas a maioria das pessoas que estava lá entendeu que nesse curto espaço de tempo, com cadastro, a empresa não tem condições de dar garantias de segurança. Existe uma fragilidade.
– O Mussa me pediu o orçamento da Taffner. Estou encaminhando. Ele falou que deve decidir ainda hoje. Todos entenderam que o ideal seria adiar, mas o Mussa quer manter no dia 14. Estamos aguardando. A minha iniciativa era para buscarmos um consenso – disse o presidente Alexandre Campello, em contato com ge.
Outros candidatos de manifestam
Após o encontro, dois candidatos presentes, Jorge Salgado e Julio Brant, usaram as redes sociais para falar sobre eleições. Brant também soltou nota por meio de sua assessoria. Veja nos posts abaixo.
Jorge Salgado
Desde o início da discussão eleitoral busquei o diálogo e o consenso sobre o método de votação. Acredito que a eleição híbrida seria o melhor caminho, porque é o caminho da democracia, ao garantir ao sócio o poder de escolha de como votar, seja de maneira on-line ou presencial.
— Jorge Salgado (@jorgesalgadovg) November 5, 2020
Julio Brant
Julio Brant fala sobre a reunião que aconteceu em São Januário pic.twitter.com/tdoA5gD4zX
— Sempre Vasco Oficial (@semprevascoofic) November 5, 2020
Tentei buscar a conciliação. Hoje, em São Januário, ouvimos a proposta de uma empresa para fazer as eleições híbridas para o dia 14. Infelizmente, a empresa não deu as garantias necessárias para a segurança da operação. Salgado e Campello propuseram o adiamento da eleição, inclusive mudando o voto do próprio Campello na Junta Deliberativa. O Estatuto não permite que a eleição seja depois do dia 15.
Avançamos quando todos acordaram que o Presidente da Assembleia Geral tem o dever de conduzir as eleições. Vale lembrar que disputei duas eleições presenciais em um ambiente hostil, com ameaças físicas, onde o maior custo da campanha era com seguranças. Mas sempre lutei por eleições limpas. Não sou contra a eleição híbrida, sou a favor da eleição segura e sem fraude. Reafirmo que acatarei a decisão do Presidente da Assembleia e disputarei a eleição do Vasco, seja ela 100% on line ou híbrida.
Leven Siano
Decisão judicial permite que Mussa escolha empresa que operou a AGE
Na terça-feira, a juíza Debora Maria Barbosa Sarmento, da 7ª Vara Cível, acatou pedido de Mussa para realizar a eleição no dia 14 e de forma online. Os candidatos, porém, se reuniram para tentar fechar um acordo para ela ser também presencial. Campello, aliás, entrou com recurso.
No despacho, a magistrada acata todos os pedidos de Mussa. Um deles é realizar a votação com a Eleja Online, mesma empresa que operou a votação na Assembleia Geral Extraordinária, que referendou a votação direta no Vasco.
Fonte: Globo Esporte