Edmundo relembra desavença com Romário e cita ‘egocentrismo’ do Baixinho
O ídolo do Vasco da Gama, Edmundo, frisou que voltou a falar com Romário, mas que a relação entre eles nunca mais foi a mesma.
A relação entre Edmundo e Romário nem sempre foi amistosa. Por muitas vezes, os ídolos do Vasco da Gama não se deram bem, com atritos, o que foi relembrado pelo “Animal” em participação no podcast Inteligência LTDA, comando por Rogério Vilela.
Primeiramente, o ex-atacante citou uma “vaidade” e “egocentrismo” do Baixinho, o que falou de uma forma compreensiva, sabendo que não é uma exclusividade dele. Edmundo lembrou que Romário foi muito importante para ele no passado, no começo da carreira.
– O Romário foi um amigo lá atrás. É muito vaidoso, egocêntrico… espero que ele não entenda isso como defeito. Acho que todo mundo é vaidoso, senão não cortava o cabelo. Fiz implante de cabelo, então também sou vaidoso. E [ele tem] uma cabeça particular. Só que ele tem cinco anos a mais que eu, e em algum momento lá atrás, ele me ajudou muito. Foi muito legal pra mim.
A amizade, no entanto, ficou estremecida a partir do momento em que passaram a ser concorrentes dentro e fora de campo. Segundo o “Animal”, concorriam até mulheres, e os conflitos começaram e teve seu auge no episódio da braçadeira, quando o “Baixinho” pegou o posto de capitão do Vasco, o que ficou eternizado na frase: “O Rei, o Príncipe e o Bobo”.
– Chegou lá na frente, quando a gente começou a ser concorrente de tudo: mulher, título, artilharia, vaga na seleção. Aí a gente começou a ter conflitos. E quando a gente começou a ter conflitos… o cara fala o que quer. Na história da braçadeira, falei que o Rei queria isso, ele falou que a corte estava completa com o ‘bobo’. Eu descobri essa semana que o bobo não é o pior. É o único que fala a verdade. Era uma figura importante, mas estou cagando para essa história.
Com o passar do tempo, os dois foram se afastando e, embora se falem hoje em dia, a relação nunca mais foi a mesma. Edmundo contou que prefere não ir aos mesmos ambientes que Romário, voltando a citar o egocentrismo, desta vez de uma forma problemática, e afirmou que prefere estar com os seus amigos, mas que prefere não ficar falando mal dele.
– Isso foi me ferindo, me afastando. Hoje eu chego lá na praia, se ele fala, eu falo, se ele não fala, também não falo. Em eventos na casa dele, que já foi minha casa, eu não vou mais porque o egocentrismo atrapalha, é tudo girando em torno dele. Isso pra mim não dá, entendeu? Prefiro estar com os meus porque a gente vive em sociedade. Mas eu não quero falar mal, acusar… pra mim é ele lá, eu aqui, não mexe comigo e eu não mexo com ele.
Foram raros os momentos que Edmundo e Romário formaram o ataque vascaíno, mas um em específico está guardado na memória dos vascaínos. Foi no Mundial de Clubes de 2000, disputado no Rio de Janeiro, quando ajudaram o Cruzmaltino a superar o poderoso Manchester United, da Inglaterra, por 3×1, no Maracanã, com dois gols do “Baixinho” e um do “Animal”.