É justo? Maurício Souza é vaiado, xingado, e verdadeiros culpados saem ‘ilesos’

Edimar? Vaiado. Gabriel Pec? Igual. Maurício Souza? Nem precisa dizer nada. Todos esses e mais outros em campo foram vaiados no empate com o Ituano, que antes do jogo estava em festa com a apresentação de Alex Teixeira. Porém, o problema inicia quando não se enxerga os verdadeiros culpados.

Com a exceção do Camisa 11, formado na base vascaína, os outros citados e quase todo o elenco foi contratado por Carlos Brazil. Inclusive, muitos do reforços do Gigante para a temporada já foram embora ou sequer são utilizados. Baita planejamento, não é mesmo? Conta-se nos dedos os acertos do dirigente.

O caso que mais chama a atenção é de Maurício Souza, que não tinha pouquíssima experiência com futebol profissional e recebeu a missão de levar o Vasco de volta à Série A, o que ainda pode cumprir, mas, no momento, não tem ido bem. Na verdade, ele apenas aceitou uma grande oportunidade que surgiu na carreira. Quem negaria? Bom, eu não.

É importante deixar claro isso: o técnico é o menor dos culpados por esses resultados ruins. Ele não participou da montagem do elenco e sequer tinha um currículo à altura para assumir o Gigante nesse momento. Errado é quem fez uma aposta arriscada no meio de uma emergencial busca pelo acesso depois de um 2021 fracassado em todos os sentidos.

Mais culpado que o Carlos Brazil só quem o contratou, o presidente Jorge Salgado. O executivo não é muito diferente de Maurício Souza na falta de experiência no futebol profissional. Antes de assumir o cargo, ele trabalhava com categorias de base e tinha feito sim um bom trabalho em São Januário dessa forma. No entanto, o profissional é outro universo.

Estou longe de ser um especialista no tema, mas numa análise simples é impossível negar que existe uma diferença gigantesca, a começar pela cobrança da torcida. Tudo o que acontece com a equipe principal é fiscalizado por imprensa e torcedores, desde contratações, condução a resultados. A situação é tão complicada que a gestão tem pressa para passar a administração do futebol vascaíno por não saber o que fazer.

Não entenda isso como uma crítica à SAF, o que cabe numa discussão diferente, mas sim uma constatação pela análise do trabalho da diretoria até o momento. Em 2021, o Vasco montou um grupo que nada entregou e passou vergonha em tudo que disputou, destaque para um meio de tabela de Série B. Em 2022, o mesmo ocorreu o Estadual e Copa do Brasil, mas tem sido melhor na Segundona até o momento, mas o time não passa confiança.