A dramática classificação do Vasco

Foi dramático, mas o Vasco conseguiu se classificar para as quartas de final da Libertadores após vencer o Lanús por 5 a 4 nas cobranças de pênaltis, nesta quarta-feira, no La Fortaleza.

Foi dramático, mas o Vasco conseguiu se classificar para as quartas de final da Libertadores após vencer o Lanús por 5 a 4 nas cobranças de pênaltis, nesta quarta-feira, no La Fortaleza. No tempo normal, o placar foi 2 a 1 para os argentinos, mesmo resultado da vitória cruz-maltina em São Januário. Nas penalidades, Felipe, Juninho, Carlos Alberto, Renato Silva e Alecsandro marcaram os gols. Do lado argentino, Romero perdeu.

A equipe vascaína vai enfrentar nas quartas de final o Corinthians, que eliminou o Emelec. A Conmebol ainda irá divulgar as datas dos confrontos, mas a segunda partida será no Pacaembu.

Durante os 90 minutos, o Vasco viveu altos e baixos. Começou bem, abriu o placar com Nilton e parecia que teria uma noite tranquila, mas levou dois gols na segunda etapa e precisou disputar a vaga na marca da cal.

Bomba de Nilton dá tranquilidade ao Vasco

O técnico Cristóvão Borges optou por escalar uma formação mais defensiva para jogar na casa dos argentinos. Desta forma, Felipe foi o escolhido para ficar no banco de reservas e dar lugar a Nilton. Juninho começou entre os 11. Apesar de o time demonstrar mais dificuldade para sair com qualidade do campo de defesa para o ataque sem o camisa 6, o Vasco controlou bem a partida no início.

E coube ao escolhido de Cristóvão dar tranquilidade ao time. Aos 18 minutos, a zaga do Lanús cortou mal, Juninho pegou o rebote e tocou para Nilton. O volante pegou de primeira uma bomba (97km/h) que foi parar no canto direito do goleiro. Na comemoração, ele não escondeu a emoção e chorou.

– Fiquei quase um ano parado (cirurgia no joelho). Só quem esteve ao meu lado sabe da dificuldade que foi. Minha filha já tem quase um ano e eu não tinha feito um gol para ela ainda. Fui muito feliz no chute de longa distância. É uma emoção muito grande – disse Nilton na saída para o intervalo.

Apesar da necessidade do Lanús de correr em busca da vitória, o Vasco manteve maior posse de bola do que o adversário (51% ao fim do primeiro tempo) e levava perigo nos contra-ataques. Fagner teve boa chance pelo lado direito, mas se enrolou ao cortar para o meio dentro da área e tentar a finalização de perna esquerda. Diego Souza também teve boa oportunidade. O camisa 10 balançou na frente do marcador e tentou surpreender com um chute colocado no ângulo, mas errou o alvo.

O Lanús pouco criou. Pavone e Camoranesi chegaram a ameaçar, mas Regueiro, que fez o gol em São Januário, novamente foi o mais perigoso. Nas costas de Fagner, o jogador do time argentino desviou de cabeça à direita do gol de Prass. Na primeira etapa, o Vasco finalizou sete vezes, enquanto os donos da casa chutaram seis.

Vasco recua e permite a reação do Lanús

O Lanús voltou do vestiário disposto a ir para o tudo ou nada e adotou uma postura ainda mais ofensiva com a entrada de Teófilo Gutiérrez no lugar de Pizarro. O jeito que o time argentino arrumou foi cruzar bolas na área do Vasco. Renato Silva, Rodolfo e, principalmente, Nilton, iam afastando do jeito que era possível.

Mas o crescimento do Lanús no jogo, que já se refletia na inversão da vantagem da posse de bola (53% para os argentinos), resultou em gol. Aos 15 minutos, Valeri deu bom passe para Pavone, que, dentro da área, se livrou de Prass e mandou para a rede: 1 a 1. No lance, Regueiro puxou a camisa de Renato Silva, mas o árbitro não observou.

A pressão do Lanús ficou ainda maior, e a bola não parava de rondar a área vascaína. Valeri e Gutiérrez tiveram boas chances em bate-rebates dentro da área, mas não conseguiram finalizar adequadamente. Neste momento, o Vasco se limitava a dar chutões na direção de Diego Souza e Eder Luis.

Diante do domínio do Lanús, Cristóvão colocou o volante Allan no lugar de Diego Souza para tentar deixar o meio de campo mais equilibrado. Os argentinos, no entanto, seguiram no ataque e sempre com perigo para a meta de Prass. Quem assustou o adversário pelo lado cruz-maltino foi Juninho em cobrança de falta que o goleiro Marchesín defendeu bem.

Aos 32 minutos, a pressão do Lanús surtiu efeito. Valázquez mandou uma bomba de fora da área, Prass não defendeu e soltou na boa para Gutiérrez, que só empurrou para o fundo do gol. Com a decisão indo para os pênaltis, Cristóvão apostou em Carlos Alberto e Felipe nos lugares de Eder Luis e Diego Souza, mas não havia tempo para muita coisa e disputa foi para as penalidades. Nelas, o Vasco foi perfeito e se classificou.

GLOBO ESPORTE

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