Diretoria acredita que modelo de SAF sócio minoritário seja o mais viável para o Vasco

Entre os modelos de SAF enviados ao Conselho Deliberativo, o sócio minoritário é visto como o mais viável pela diretoria do Vasco da Gama.

Jorge Salgado, presidente do Vasco
Jorge Salgado, presidente do Vasco (Foto: João Pedro Isidro/Vasco)

Após quase dois meses de estudo e elaboração do projeto, o Vasco apresentou a seus conselheiros, nesta segunda-feira, os modelos possíveis a serem trilhados para o clube virar uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Em carta aos Conselhos Deliberativo e de Beneméritos, em que o ge teve acesso, a diretoria administrativa apontou três possíveis formatos de negócio a serem adotados, mas indicou sua preferência. O documento ressalta que, o mais factível, em seu entendimento, é o modelo que eventualmente teria o Vasco como sócio minoritário.

O ge apurou que, após conversas com o mercado, o Vasco entendeu que investidores mais qualificados optam por ter o controle do futebol. Por isso o clube avalia que ser sócio minoritário geraria um impacto maior e imediato. Todas as possibilidades, no entanto, estão na mesa, e o clube vai avaliar as melhores propostas que tragam um maior impacto financeiro para o pagamento das dívidas, além de um maior investimento para que o futebol volte a ser competitivo. A decisão final caberá aos sócios.

É uma mudança radical no conceito, uma vez que, no início do processo, em dezembro, o Vasco disse que a ideia era que o clube mantivesse 100% do controle da SAF. Esse modelo, segundo a carta enviada aos conselheiros, é o mais praticado no futebol mundial e traria um aporte mais significativo de investidores, que passariam a ter o controle da SAF.

– Em razão das peculiaridades de mercado apontadas, a Diretoria Administrativa entende que o modelo de negócio mais factível é aquele em que o investidor realiza um aporte significativo e adquire o controle da SAF, pois, além de ser o modelo mais praticado no futebol mundial, oferece investimentos no futebol – diz trecho do documento.

O clube frisa, no entanto, que seria necessário criar regras para preservar a identidade do Vasco. Caberá aos conselheiros e sócios definir qual o melhor caminho e plano de negócio a seguir.

– Nesse caso, é essencial que sejam ajustadas regras que assegurem a preservação das tradições e da identidade e a realização de investimentos na SAF que a coloque em condições de disputar títulos e ser protagonista no futebol brasileiro e sul-americano – aponta outro trecho do documento.

No documento enviado ao Conselho, o Vasco apresenta uma análise sobre três formatos possíveis da SAF. Os três modelos são:

  • SAF 100% de titularidade do Vasco
  • SAF com participação majoritária do Vasco
  • SAF com participação minoritária do Vasco

O ge teve acesso ao documento de 20 páginas entregue ao Conselho e detalha abaixo as opções de modelos apresentadas e as explicações do clube para cada um deles.

SAF 100% de titularidade do Vasco

Trecho de documento sobre a SAF
Trecho de documento sobre a SAF (Foto: Reprodução)

Nesse modelo, o Vasco seria dono de todas as ações da SAF e não às venderia para investidores. Mas como conseguir investimentos se abrir mão do controle?

Segundo o clube, seria possível usar fontes de capital de terceiros para financiar o futebol, como a contratação de empréstimos bancários, que teriam como garantias parte das ações. Outra possibilidade seria a emissão de debêntures em ações da SAF para captação do mercado.

SAF com participação majoritária do Vasco

Trecho do documento sobre a SAF enviado pelo Vasco ao Conselho
Trecho do documento sobre a SAF enviado pelo Vasco ao Conselho (Foto: Reprodução)

Nesse caso, o Vasco disponibilizaria até 49,99% das ações para investidores, mas manteria o controle sobre a SAF. Apesar de se tratarem de modelos de negócios diferentes, no documento enviado ao Conselho o clube cita a parceria com o Nations Bank, em 1998, que injetou 30 milhões de dólares no futebol e possibilitou ao Vasco contratar craques e conquistar títulos importantes, como a Libertadores, a Mercosul e o Campeonato Brasileiro.

O Vasco ressalta, no entanto, que esse é um modelo incomum nos dias atuais, uma vez que os investidores, ao longo do tempo, passaram a demandar um maior controle sobre o futebol para a injetar dinheiro no clube.

SAF com participação minoritária do Vasco

Modelo de SAF enviado por Jorge Salgado ao Conselho Deliberativo
Modelo de SAF enviado por Jorge Salgado ao Conselho Deliberativo (Foto: Reprodução)

Esse é o formato que a diretoria acredita ser o mais factível. É o mesmo modelo adotado, por exemplo, por Botafogo e Cruzeiro, grandes clubes brasileiros em processo mais avançados da SAF.

Nesse caso, o clube manteria uma pequena porcentagem da SAF, mas o controle e poder para dirigir o futebol seriam do investidor. E é de imaginar que o aporte financeiro, nesse modelo, seria bem maior e imediato.

Fonte: Globo Esporte

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7 comentários
  • Responder

    Para os grupos politicos que querem continuar vendo o vasco numa humilhaçao de se tornar um visitante constante na série B, certamente não irão apoiar o modelo da SAF pois querem continuar com seus conchavos ,mutretas, desmandos e falcaturas e enrequicimento as custas do clube como vem ocorrendo a decadas.

  • Responder

    Tem q aprovar logo essa merda dessa SAF antes q os melhores interessados desistam.
    Essa é a chance do time voltar a ser grande.

  • Responder

    Eu sou a totalmente a favor. Melhor e vender e manter 30 por cento ou até menos e ter um time Fort e com capacidade de disputa títulos nacional internacional e mundial
    Ou não vende e viver o resto dos dias sendo chacota dos mulambos a te e sumi e vira um América do rio .pois crianças nenhum vai torcer pra um time de 2 e 3 divisão que nunca disputa nada a verdade e essa .

  • Responder

    Sim a SAF… 850 milhões em dívidas, receitas bloqueadas, ratos no controle do clube, 20 anos de humilhações, rebaixamentos e deboche por parte dos rivais. Uma gestão profissional do futebol com investimento estrangeiro é a nossa ÚNICA SAÍDA… Quem é contra a SAF deve gostar do Salgado, leven, Brant e de todos esses velhotes beneméritos e grandes benemeritos, por que é na mão desses ratos que o futebol vai continuar.

    • Quem e contra deve ser. Ladrão querendo entra lá pra rouba. Ou torcendo dos mulambos .

  • Responder

    Não a venda do VASCO. Não a gestão do futebol do VASCO a terceiros.
    SAF 100% de titularidade do VASCO.

  • Responder

    Sou contra a venda do Vasco,digo do futebol.

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