Diretor do Vasco explica como Sócio Gigante se adequará à regra atual da CBF

Caetano Marcelino, diretor comercial do Vasco da Gama, comentou nova regra imposta pela CBF para os clube da Série A.

Torcida do Vasco no jogo contra o Criciúma
Torcida do Vasco em jogo contra o Criciúma pela Série B 2022 (Foto: Matheus Lima/Vasco)

Uma nova regra imposta pela CBF em fevereiro virou dor de cabeça para muitos clubes da elite do futebol brasileiro. Aprovado em reunião realizada no dia 14.02, o novo Regimento Geral de Competições (RGC) impôs às instituições participantes das competições organizadas pela entidade máxima do futebol nacional um custo extra, não previsto no orçamento inicial para a temporada 2023 e cujo impacto real só foi percebido semanas após a aprovação, através de conversas entre os executivos e diretorias dos clubes.

A nova regra é a seguinte: assim como já acontece no Rio de Janeiro, por exemplo, a CBF passará a cobrar dos mandantes das partidas o valor de qualquer desconto de ingressos que ultrapassar o preço da meia-entrada, o que impactará diretamente no faturamento dos clubes com bilheteria ao longo do ano. Principalmente as equipes que oferecem grandes descontos em seus programas de sócios-torcedores como, por exemplo, Vasco, Flamengo, Palmeiras, Internacional, Grêmio, Bahia e muitos outros. Caso o regulamento se mantenha, todos esses clubes serão obrigados a rever seus programas. Problema sério à vista.

Um bom exemplo do que pode virar rotina – e preocupação para os clubes – no futebol brasileiro, pôde ser visto na mais recente partida em que o Vasco atuou como mandante, em São Januário. Apesar de ter arrecadado a maior renda dos últimos cinco anos no duelo contra o ABC, pela segunda fase da Copa do Brasil, o Vasco viu grande parte dessa renda bruta não ir para os seus cofres, por conta do pagamento obrigatório à CBF.

Por que o impasse para os clubes?

Isso acontece porque, pelo regulamento, a diferença a ser paga terá de constar no borderô dos jogos, aumentando a renda bruta e, consequentemente, a taxa de 5% à Federação local e mais 5% ao INSS, ambas incidindo sobre a arrecadação do confronto. Ou seja: os clubes que possuem em seus planos de sócios-torcedores categorias com descontos acima de 50% no valor do preço dos ingressos, terão que pagar a diferença de cada bilhete retirado no valor promocional. Para se entender o tamanho do problema: Vasco, Fluminense, Botafogo, Palmeiras, Grêmio, Internacional e Bahia, que chegam a oferecer descontos de até 100% nas principais categorias de seus planos através do sistema de check-ins, terão de acrescer no borderô dos jogos em que forem os mandantes metade do valor de cada ingresso 100% promocional.

”Desde o ano passado, realizamos estudos acerca de todas as nossas áreas e produtos. Os estudos do Programa Sócio Gigante mostraram que algumas regras de negócio presentes nos planos atuais não convergem com esse novo momento. O Regimento da CBF veio para validar ainda mais o nosso estudo. Nós vamos subsidiar esses descontos e estamos adequando nossos produtos para sofrermos o menor impacto possível. É importante salientar que os planos atuais continuarão válidos, respeitando o prazo de contratação”, disse Caetano Marcelino, Diretor Comercial do Vasco.

O tema passou a ser discutido de maneira mais aprofundada pelos clubes semanas após a aprovação do RGC, quando os executivos passaram a fazer contas e constataram que, no fechamento do exercício anual, a queda na arrecadação de alguns poderá chegar a até R$ 10 milhões. Por isso, estudam um jeito de pressionar a CBF a mudar o regulamento.

Fonte: Exame

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1 comentário
  • Responder

    Começou a facada em cima do pobre torcedor q paga altos valores de sócio mensalmente e ainda ter q arcar com ingresso e etc

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