Diniz rasga elogios a Coutinho e fala em amor à primeira vista

Em entrevista à Romário TV, Fernando Diniz fala sobre treinar Philippe Coutinho no Vasco da Gama e brinca com o ex-jogador.

Romário e Fernando Diniz em entrevista
Romário e Fernando Diniz em entrevista (Foto: Reprodução/RomárioTV)

Já pensou se Romário fosse comandado por Fernando Diniz? Em entrevista à RomárioTV, canal do ex-atacante tetracampeão do mundo, o treinador do Vasco disse que o técnico e o jogador fariam uma boa dupla.

– (Vou) te perguntar uma coisa: como seria a nossa relação como jogador e técnico? — questionou o atacante.

– Você ia fazer 2.000 gols. A gente ia se dar muito bem. A gente se deu muito bem quando jogou junto. Muito diferente de mim, você era uma grande estrela. Eu nunca fui uma estrela jogando futebol. Mas acho que tínhamos algo em comum que era o “falou, está falado”. O papo reto. Por mais que eu tivesse receio, eu nunca me omiti de falar algo para você e nem ninguém. Nunca corremos do que acreditamos.

– Ia pedir para eu marcar um zagueiro? — brincou o ex-atacante.

– Um pouquinho só. Mas ia falar que se você ajudasse, ia marcar mais gols. Como você gostava de fazer gol… — respondeu o treinador.

Diniz disse que sempre lidou bem com as estrelas nos clubes por onde passou. Ele citou alguns destaques de Fluminense, São Paulo e Vasco, clubes recentes que o treinador trabalhou e teve sucesso.

– Eu lidei muito bem com as estrelas que trabalhei. Com Marcelo, Ganso, Felipe Melo, com Coutinho no Vasco, Daniel Alves e Pato no São Paulo. Eu nunca quis tomar o lugar das estrelas. Eu sempre quero que elas brilhem cada vez mais. E aqueles que não se reconhecem ainda como uma estrela, possam se reconhecer assim.

O treinador do Vasco rasgou elogios a Coutinho, mais uma vez. Uma das estrelas citadas, o meia foi definido por Diniz como um “Sol” no clube. O técnico também falou que ele está cada vez melhor e sem frequentar o departamento médico.

– É como se fosse um sol. Ele dá brilho para as coisas. Ele é brilhante mesmo. Dos jogadores que eu trabalhei dessa categoria, isso eu posso falar, ele é o mais humilde. É solidário. Não quer apagar o (jogador) do lado para brilhar. Nada, ele faz quem está do lado jogar melhor. Os jogadores percebem isso. É um ídolo. Ele não cria rusga com ninguém. Foi uma coisa muito instantânea. Foi uma química igual quando as pessoas se apaixonam de uma vez. Na primeira conversa, senti que a coisa ia andar. Ele está cada vez mais próximo de voltar à Seleção — disse Diniz, que completou:

– Por incrível que pareça, o Coutinho é um dos caras que mais correm, que mais treinam. Ele tinha um problema antes de mim que era ter que administrar carga de treino e jogo. Comigo foi o contrário. Ele treina, frequenta menos departamento médico. A ferramenta dele de trabalho está cada vez mais ativa. Ele está cada vez melhor.

Se a estrela principal do time foi elogiada, a joia em ascensão também foi citada com muito carinho por Diniz. O treinador brincou que Rayan já era para ter sido vendido para a Europa, mas que ele vetou qualquer possibilidade.

– Já era para ter ido. Depois de três dias, eu falei que ele (Rayan) era “invendável”. Inventei um termo. Falei para vender o que quiser. Me vende, vende as cadeiras, o campo, as traves, mas não vende o Rayan. O potencial dele é imenso. Ele está só no começo. Ele é forte. Ele é tudo. Ele é o atacante mais completo que tem no futebol brasileiro — disse.

Diniz citou o Vasco de Romário, no início dos anos 2000, como um dos responsáveis pela sua admiração pelo clube antes mesmo de um acerto. O treinador afirmou que sempre teve admiração pela torcida vascaína e um desejo de treinar a equipe para ter essa experiência ao seu favor.

– Eu acho que tenho uma ligação com o Vasco difícil de explicar. Eu adoro a torcida, é um negócio que eu queria desde a época que você jogava aqui, tinha Romário, Juninho Pernambucano, Felipe, Pedrinho… eu achava a torcida incrível. Era um negócio que eu me sentia motivado. Tinha vontade de presenciar um dia.

Depois da passagem em 2021 na Série B, que não deu certo, o treinador afirmou que sabia que voltaria um dia a São Januário. Diniz disse que hoje está totalmente à vontade no Vasco.

– Eu vim para cá em 2021. As pessoas que estavam do meu lado não queriam que eu viesse. Eu tinha essa vontade de voltar, sabia que voltaria. A presença do Pedrinho foi fundamental para a minha volta. Eu fiz de tudo para vir. Eu queria muito ajudar o Vasco. É um momento sofrido. Eu queria estar presente no Vasco. Aqui existe um estafe muito harmônico. Aqui no CT, não é movido por vaidade ou egos. É uma coisa muito solidária, que tem a ver com a história do clube. Estou totalmente à vontade.

Fonte: Globo Esporte

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