Diniz muda discurso e vê Vasco e com chances reais de Libertadores

Sequência de vitórias do Vasco da Gama faz Fernando Diniz mirar a parte de cima da tabela do Campeonato Brasileiro.

Diniz em Vasco x Fortaleza na Arena Castelão
Diniz em Vasco x Fortaleza na Arena Castelão (Foto: Baggio Rodrigues/AGIF)

Após a importante vitória por 2 a 0 sobre o Fortaleza nesta quarta-feira (15), o técnico do Vasco, Fernando Diniz, analisou o desempenho da equipe cruzmaltina em coletiva de imprensa. Mesmo com um jogador a menos desde o final do primeiro tempo, o Vasco conseguiu e garantir três pontos fundamentais no Campeonato Brasileiro.

Segundo Diniz, o time estava preparado para atuar em desvantagem numérica. Desde sua chegada ao clube, o elenco vem sendo treinado para situações de inferioridade, o que contribuiu para o controle emocional e tático durante o duelo.

— Desde que eu cheguei, a gente treina muitas vezes com inferioridade numérica. Então, é um time que sabe lidar com uma situação desse tipo. Eu tenho um entrosamento tático e não queria abrir mão logo do Coutinho ou do Nuno, porque eu sabia que a gente, em determinado momento, teria a posse. E não é que a gente tenha tido só contra-ataque, em algum momento, mesmo com um jogador a menos, a gente controlou o jogo. Tivemos a bola no pé, a gente conseguiu tanto ter contra-ataque quanto ter o controle.

O treinador explicou que optou por manter Nuno e Coutinho no intervalo, mesmo com um volante a menos após a expulsão de Hugo Moura. No entanto, ao notar desgaste dos meio-campistas, promoveu substituições estratégicas, colocando jogadores com mais vigor físico e velocidade.

— Tanto o Nuno, quanto o Coutinho, que são jogadores que controlam muito bem o jogo, conhecem muito bem o sistema, porque eles estão jogando de titular desde que eu cheguei aqui. Então, quando fui pro intervalo, a gente só reposiciona o time pra gente marcar no 5-3-1. E quando tivesse a bola, a gente tinha um pouco de controle. Quando deu 10, 12 minutos, eu já vi que pro Coutinho estava ficando sobrecarregado para ele chegar ao ataque, ter que voltar e marcar quase como com o terceiro volante, o Nuno também. E eu fiz as trocas. Coloquei um jogador mais fresco, com mais saúde e com uma característica com mais velocidade.

Diniz também fez questão de valorizar o esforço coletivo, mencionando a dedicação de atletas como Puma Rodríguez, que enfrentou longa viagem da Malásia, onde esteve em campo pela Seleção do Uruguai, para estar disponível.

— O Puma fez um esforço muito grande para vir da Ásia até aqui, se colocar à disposição para jogar. Então acho que o time fez uma das vitórias mais importantes, uma das mais difíceis que a gente teve no campeonato.
Sobre as ambições do clube, Diniz foi cauteloso, mas otimista. O clube atualmente ocupa a nona posição no campeonato e está a 13 pontos do terceiro colocado.

— Sonhar o torcedor está sonhando faz tempo, e a gente também. Quando você está lá embaixo da tabela, é difícil ficar falando de Libertadores. Depois que eu cheguei, a pontuação do Vasco não condiz com que desempenhou, era para estar mais acima uns seis, sete pontos, no mínimo. Agora, com o resultado acompanhando o desempenho da equipe, existe uma tendência, não só sonhar, mas olhar objetivamente para cima. Mas sabendo que o campeonato é difícil. A gente está numa situação de meio de tabela. Podemos olhar não só pela pontuação, mas pelo desempenho desde o primeiro turno quando a gente não conseguia vencer, mas jogando bem. Isso faz com que a gente consiga sonhar e se projetar por uma posição melhor.

O técnico ainda elogiou a atuação do colombiano Andrés Gómez, que foi titular na partida.

— Ele jogou de titular hoje, não precisa provar nada. Ele é um jogador que vem crescendo jogo a jogo, treino a treino. Ele levou vantagem não pelo Ávila, mas, sim, porque é muito rápido. É muito difícil marcá-lo. Faltou mais acabamento, chegar mais gente na área, mas ele fez uma partida muito boa.

Fonte: Lance!

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