Diniz analisa vitória do Vasco contra o Cruzeiro; veja a entrevista coletiva
O técnico Fernando Diniz comemorou a vitória do Vasco sobre o Cruzeiro e destacou a atmosfera em São Januário.

O Vasco subiu à décima colocação do Campeonato Brasileiro ao vencer o Cruzeiro, neste sábado, por 2 a 0. Técnico da equipe de São Januário, Fernando Diniz celebrou o resultado positivo em casa e também a conexão com a torcida presente no estádio.
— O nosso time também tem transição ofensiva boa. No fundo, era saber que eles (Cruzeiro) têm a transição, são 12 gols no campeonato de transição ofensiva e 12 de bola parada. Muito provavelmente, é o time com mais gols nesses quesitos. A primeira coisa era saber perder a bola e saber, em alguns momentos, parar o jogo. Quando não conseguir parar, deixar o jogo mais lento. Se nem uma nem outra coisa, proteger a profundidade. Acho que conseguimos fazer esses três itens, meio que eliminando as chances do Cruzeiro de atacar a profundidade e fazer transição muito rápida — opinou Diniz, acrescentando:
— A coisa mais importante que aconteceu hoje foi essa conexão com a torcida. (São Januário) cheio, o time jogou junto. O time foi tão bom quanto a torcida. Essa conexão faz o Vasco ser muito mais forte. Espero que a gente consiga ter cada vez mais consistência, e a torcida goste cada vez mais do que a gente vai fazer dentro do campo.
O treinador também destacou o momento vivido por Philippe Coutinho – substituído no segundo tempo aos gritos de “Coutinho é Seleção” da arquibancada. Na opinião de Diniz, o meia tem entrado no radar do técnico Carlo Ancelotti e contrariado as expectativas à medida que envelhece.
— Definitivamente, ele vai entrando no radar da Seleção. O Coutinho é um jogador que tem genialidade, e são poucos os que têm isso. Ele tem genialidade, está ficando com a forma física cada vez mais apurada. Todo mundo sabe que eu sou um cara que dá muito treino, e o Coutinho é um dos que mais treina. Tudo que a natureza falava e os aspectos normativos da fisiologia sugeririam ao Coutinho, nós estamos fazendo ao contrário. O Coutinho era poupado de treino e jogo. Hoje, ele treina e joga quase mais do que todo mundo (confira a resposta na íntegra abaixo).
O Vasco volta a campo na próxima quarta-feira, 1º de outubro, para enfrentar o Palmeiras. O duelo da 26ª rodada será no Allianz Parque.
Outras declarações de Fernando Diniz
Cuesta e Robert Renan
— Isso vale a pena dar uma retomada que existia uma pressa muito louca por contratação na janela. Quando fazemos de uma maneira muito apressada, ainda mais sem dinheiro e sem chance de erro quase nenhuma, acabamos errando. Fizemos as contratações muito mais para o fim da janela do que para o começo. Eu sempre era questionado de contratação. E não é fácil contratar bons jogadores. No fundo, o Vasco e a torcida querem bons jogadores. Foi um esforço contínuo de muita gente trabalhando. Felipe, eu, pessoal de análise, o Admar. Foi um monte de fatores que fez com que a gente chegasse a esses jogadores. E muito esforço pessoal de ligar, ligar de novo, insistir. O Admar viajar, o Felipe se reunir com o pessoal da análise o tempo todo.
— Esse trabalho conjunto e sempre com esse receio de errar na contratação – porque temos que ter para errar menos – acabamos acertando. Não só nesses dois, mas fizemos uma janela muito boa. Com poucas contratações, mas assertivas. O Andres foi uma contratação muito boa, todos têm contribuído. O Matheus França está entrando em condição, é um jogador muito talentoso. O Thiago Mendes está agora se recuperando da lesão, tem um histórico muito importante no futebol e esperamos que fique em forma o mais rápido possível. As contratações foram muito bem feitas, com cuidado e trabalho conjunto de muita gente.
Vegetti
— O Vegetti é o nosso capitão e artilheiro. Tem uma conexão muito sólida com a torcida. Foi muito importante desde que chegou e continua sendo. Entro no jogo de hoje, foi importante. Quando o resultado não vem, queremos arrumar um culpado e acham o culpado errado. Mas o Vegetti é muito importante na parte tática para mim desde que cheguei aqui. Cumpre as funções sem a bola com muita precisão, não tem preguiça para fazer e tem saúde, embora com 30 e altos anos. De fato foi muito importante na disputa da bola longa, da marcação, na recomposição do time, estava sempre disposto a ajudar em todos os instantes.
Se pedissem para você indicar algum jogador do Vasco para a Seleção, quem seria?
— Ah, é difícil responder a essa pergunta. Mas eles certamente estão monitorando alguns jogadores. Acho que o Vasco tem pontuado bem nos últimos jogos do Campeonato Brasileiro, mas a gente tem jogado bem praticamente todos os jogos desde que eu cheguei aqui. Muitos jogadores evoluindo. Certamente, alguns estão no radar da seleção brasileira porque é muito nítido que os atletas aprenderam a jogar jogos grandes, jogar bem. Estão decisivos na parte da frente e, agora, na parte de trás também.
— O Robert Renan, por exemplo, tem 21 anos. Talvez seja um dos zagueiros construtores com maior qualidade, não só no Brasil, como no mundo inteiro. Desconheço jogador canhoto, com a idade dele, que constrói como ele, em qualquer liga. Veio no Inter, por conta de uma falha, saiu daqui e não queria voltar. A gente teve uma insistência muito grande para ele perceber que o melhor para ele era voltar. Além de tudo, é vascaíno. E está reconstruindo a carreira. Tenho convicção que se, não for agora, daqui a pouco ele vai retornar à Seleção. Ele já foi jogador de Seleção. Subiu com 17 anos no Corinthians, o que é muito difícil, Você lançar jogador de zaga, com essa idade, é infinitamente mais difícil. Para ficar só no exemplo dele.
Importância do Puma em jogadas de inversão e disputa com Piton
— A tendência é eu colocar os melhores jogadores para jogar. Vou fazer isso sempre na minha carreira inteira. Quando não der para colocar os melhores, é porque não deu mesmo. Não sou um cara preso a uma posição. Se tenho quatro meias que estão brilhando e os atacantes não estão bem, vão jogar os quatro meias. O São Paulo jogava praticamente com quatro meias no ataque durante muito tempo. Eu não tenho essa fixação só pela posição. Quando todo mundo voltar e estiver bem, vão entrar os melhores. Às vezes não encaixa porque tem jogadores com posições sobrepostas e você não consegue encaixar porque está todo mundo muito bem. Mas sempre que eu puder vou colocar os melhores para jogar.
— Não foi só o Puma (na jogada do gol). Ele fez a inversão porque bate muito bem na bola e tem uma inversão facilitada porque chega com um pé direito e essa diagonal longa se oferece a ele. Mas o Robert Renan fez pelo menos três inversões, tem essa característica. Hoje temos mais essa bola longa do lado de cá do que do lado de lá. O Paulo Henrique não é um jogador de fazer bola longa, é mais de condução. O Cuesta também. O Hugo Moura faz boas inversões, Coutinho, Barros. O time tem bastante jogador que bate bem na bola e podemos usar esse artifício.
Vasco soube sofrer diante do Cruzeiro?
— Não é que a gente soube sofrer. Quando a gente baixou, o Cruzeiro é um time que gosta de muita profundidade. Quando a gente não conseguia encaixar rápido, a gente tinha que descer mesmo. Não é o jogo do Cruzeiro, que ele se sente mais confortável, não é um jogo empurrando o adversário para trás com muita posse. É um time muito vertical. Quando a gente baixou o bloco, a gente quase não sofreu. Não lembro de o Cruzeiro ter tido uma grande chance nem de o Léo Jardim ter feito uma grande defesa. Hoje existem, nas estatísticas mais apuradas, a expectativa de gol. Não houve expectativa de gol mais importante para o Cruzeiro. Não finalizaram quase dentro da área. Quando tínhamos a bola na área para finalizar, tínhamos muito mais gente do que eles. O time soube se defender bem, não é que soube sofrer.
— A gente não sofreu no jogo. O que faltou um pouco para o time foi ter mais controle da posse. Acho que poderíamos ter tido, em determinados momentos, mais circulação da bola. Estávamos alongando sem ter gente para disputar ou pegar a segunda bola. Outro problema do time foi que, no primeiro tempo, perdemos quase todas as segundas bolas, e foi essa perda que fez o Cruzeiro ter mais volume. Não foi porque nos empurraram para trás, a gente foi aonde tinha que ir e conseguiu se defender bem de um time que é muito bom, bem treinado, com jogadores que são muito talentosos. É o caso do Matheus Pereira, do Kaio Jorge, entre outros. (Cruzeiro) é um time que está com a confiança lá em cima. Um jogo grande, em que a gente soube usar todos os recursos que havíamos treinado para poder aumentar nossas chances de vencer.
O que aconteceu na hora com Hugo Moura?
— Eu falei para ele voltar. Assim. Tomara que a gente continue rindo no dia que perder. E não crie aquela polêmica de “Olha, foi estourado, mal-educado”. Essas coisas não mudam. Mas esse relativismo moral que a gente gosta de fazer o espetáculo para fora. Se aquilo é errado, é errado hoje na vitória. Então, não é motivo de riso. Não é por causa da vitória. O que é certo é certo. E o meu jeito é esse. Sou assim com o Rayan, com o Hugo Moura. Eu nunca levantei minha voz com jogador para prejudicar, muito pelo contrário. A minha vida é de dedicação plena para os jogadores e para os torcedores. Quando eu faço um gesto assim, os atletas entendem que é sempre para o melhor. Ali, eu não preciso me fazer de super educado para agradar uma plateia externa. Sou conectado com o jogador de uma maneira que me permite isso. Tanto é que o Hugo voltou e continuou. Se fosse outro tipo de comissão e outra relação, sentiu um pouco e sai do jogo. Eu tenho um limite diferente de levar o jogador e me relacionar com departamento médico.
Motivo para substituir o Vegetti naquele momento
— O jogo estava ficando com muita transição. Tirei o Vegetti e o Nuno. Estava com a cara muito mais do Andrés e o David para o jogo de hoje. Por isso, quis substituir aquela hora, não quis esperar muito. Para a gente aproveitar o Vegetti, temos que ter posse no ataque para ele terminar os lances e ter mais chances de fazer o gol, um cara artilheiro. Isso não estava acontecendo, vi que não ia mudar muito mais o cenário. Achei que teríamos mais chances de não levar o gol e fazer o segundo.
Importância do Coutinho na transição
— Definitivamente, ele vai entrando no radar da Seleção. O Coutinho é um jogador que tem genialidade, e são poucos os que têm isso. Ele tem genialidade, está ficando com a forma física cada vez mais apurada. Todo mundo sabe que eu sou um cara que dá muito treino, e o Coutinho é um dos que mais treina. Tudo que a natureza falava e os aspectos normativos da fisiologia sugeririam ao Coutinho, nós estamos fazendo ao contrário. O Coutinho era poupado de treino e jogo. Hoje, ele treina e joga quase mais do que todo mundo.
— Às vezes eu tiro em jogos de caráter diferente. Hoje, jogou até os 30 do segundo tempo, e bem. O fato de a gente poder contar com um cara como o Coutinho facilita muito as coisas. O adversário respeita, o time fica mais confiante, e ele tem lampejos que não são coisas treináveis. Hoje ele fez uns cinco lances dos mais bonitos. É corta-luz, é toque de calcanhar, mudança de direção, enfiada de bola, drible. Ele é um cara que tá entrando em uma forma que, se continuar assim, é um postulante cada vez mais claro para disputar a Copa do Mundo.
Maior efetividade após as substituições
— Acho que é porque foram todos jogadores muito rápidos. Um jogador de construção, que é o Nuno, e o Vegetti que é um finalizador (os substituídos). Entraram dois jogadores que têm boa técnica, jogadores de drible e de velocidade. Ganhamos, obviamente, mais projeção para o ataque com o time mais vertical. Não ganhamos mais controle. Quando a gente tinha espaço para explorar as costas, conseguia conectar o passe mais para frente e os jogadores conseguiam dar mais solução para a gente avançar de maneira vertical mais rápido.
Momento do Vasco
— Eu acho que isso é fruto de persistência e de um bom trabalho. Quando os resultados não acontecem e o time tem performance, às vezes tem uma histeria externa de que as coisas estão erradas. Se calha em um momento desse de jogar mal e perder, aí está tudo errado. Acho que fomos e continuamos construindo muita coisa no Vasco. E com o trabalho de muita gente. O Vasco tem um material humano que certamente é um dos melhores do Brasil. Parte médica, fisiologia, massagistas, nutrição, cozinheiro. É uma comunidade que trabalha de maneira diferente. Esse é o maior patrimônio do Vasco hoje interno. Eu tenho experiência no futebol de muitos anos como jogador e treinador, e é um ambiente diferente e de pessoas muito capazes. Conseguimos elevar o nível dos jogadores do lado de fora e de dentro. Trabalhamos muito.
— Eu sou um cara que exijo muito. É bom falarmos do estafe porque o futebol não se resume ao treinador e ao jogador. Tem muita coisa envolvida e um time com muita dificuldade de dinheiro. Conseguimos fazer coisas diferentes. A torcida é o maior patrimônio, é diferente. Quem vem jogar aqui sabe, não é comum jogar com uma torcida dessa. Sempre tento fazer essa conexão porque é muito importante conectar a arquibancada com o time. Quando começa a acontecer como aconteceu hoje, fica mais fácil. É como se a torcida entrasse no campo. Como se tirasse gol ou ajudasse a fazer. Temos de trabalhar muito para isso seguir. E quando falo do trabalho de todo mundo, tem duas pessoas pouco citadas: o Clauber (Rocha, gerente de futebol) e o Felipe Maestro. São duas pessoas essenciais para o meu trabalho, chegam 7h comigo no clube. Saímos de lá 16h, 17h. Ninguém vai lá brincar. Chegam lá e trabalham, conversam com os jogadores. Na época de contratações debatem sobre os nomes, falam do dinheiro.
— Por que está dando certo? Porque muita gente está trabalhando de forma consistente, sem afrouxar e nos momentos de maior pressão é todo mundo mais junto e conectado. Obviamente a maior parcela de responsabilidade é dos jogadores. Quando as coisas ficaram com mais pressão, eles souberam se juntar. Quando tem pressão externa ou você afrouxa ou fica mais junto. Não fica igual. E esse time está aprendendo a ficar cada vez mais conectado.
Convite para torcida continuar lotando estádio
— Se eu pudesse ter o estádio sempre cheio, a energia é muito boa da torcida. Quando eu vinha jogar aqui, no fim da década de 90 e início de 2000, talvez o auge da história do Vasco, jogar contra já era gostoso. Tanta a energia que tinha no estádio. E isso me marcou muito. Uma das vontades que eu tinha de trabalhar no Vasco era essa coisa que eu sentia da torcida. Estando aqui, é muito bom. O convite está sempre feito para eles comparecerem. Hoje, tenho convicção que ajudaram muito o time em todos os momentos do jogo. Foi uma dobradinha de muito brilho.
Em jogos contra times da parte de cima o time entra mais concentrado?
— Se você perguntasse um mês atrás, responderia até que poderia ser. Nesse momento, tenho convicção que não. O Vasco entrou concentrado porque os jogadores ganharam mais consciência daquilo que tem que ser e que o maior adversário a ser vencido é o próprio Vasco. Estávamos quase encostados na zona de rebaixamento desde que eu cheguei. Não interessa se é o Cruzeiro, o Flamengo, o G-6, o time que está lá embaixo, o Vitória ou o Juventude. O Vasco o concorrente maior é ele com ele mesmo. Tínhamos de sair de lá. Não ligamos para o adversário. Trabalhamos, sabemos que o adversário tem seus alcances de maneira privilegiada, o time do Cruzeiro tem poucas limitações, tem mais coisas positivas, assim como o Flamengo e o próprio Bahia. Contra o Ceará o que aconteceu foi uma desmobilização que não pode acontecer. Aquele jogo com o Botafogo foi uma descarga muito grande de energia e ficamos com pouco tempo para recuperar.
— Contra o Ceará nós desconectamos não por conta do Ceará, mas de um saber ganhar do Botafogo e ganhar no jogo seguinte. Foi o que aconteceu do jogo do Flamengo para o Bahia e para hoje. Isso foi um aprendizado que o time vai tendo. Não é uma coisa comum. Agira temos que ir escapando dessa zona de baixo para depois começar a olhar para a parte de cima da tabela. O Palmeiras vamos nos esforçar da mesma maneira. Sabemos que jogar lá é muito difícil e no Allianz é mais ainda. Campo de grama sintética, mais rápido, os caras molham muito o campo. Um aproveitamento grande. Vamos preparar da melhor maneira para ir a São Paulo e fazer uma boa partida.
Ausência do Barros
— Infelizmente, ele tomou o cartão. Concordo que a dupla de volantes está muito bem, ele com o Hugo Moura. A gente tem a volta do Tchê Tchê, pode ser que volte o Thiago (Mendes), tem o Mateus Carvalho. A gente tem alguns dias para ver quem vai ser a melhor opção para entrar contra o Palmeiras.
Situação do Piton e expectativa de retorno
— Ele teve uma lesão que a gente, a princípio, achou que não ia ser muito grave. Não é grave, mas a gente achou que ia levar menos tempo. Acabou levando um pouco mais. Ele ainda vai começar o processo de transição. O Piton, para quarta-feira, não tem condição. Acho que ele vai estar apto a voltar, provavelmente, depois da data Fifa.
Paulo Henrique na Seleção?
— O Paulo Henrique é um postulante claríssimo para ir a Copa do Mundo. Depois que saíram Daniel Alves e Marcelo, praticamente ninguém se firmou. Tivemos Jorginho e Branco, Cafu e Roberto Carlos, depois Daniel Alves e Marcelo. O Paulo Henrique tem algo diferente. É um jogador extremamente potente. Tem uma potência parecida com o Walker, que jogava no City. Está ganhando confiança e passando a acreditar no próprio potencial, se apropriando da própria potência. Minha vinda para cá talvez tenha sido para isso, para ajudar ele nisso.
— É um jogador muito decisivo, já decidiu algumas partidas comigo aqui. Um lateral que decide jogo é um ganho para toda a equipe. Na parte defensiva, também é muito sólido. Dificilmente perde combate direto. Está ganhando cada vez mais consciência na parte tática, de quando fechar a linha, abrir, avançar, conter mais. É um jogador que já está no radar e continuando assim será um postulante a disputar a Copa do Mundo. Isso é muito claro. Não só ele, o Rayan, embora a concorrência seja grande, é um jogador extremamente diferente. Também se apropria do próprio talento. É decisivo, brilha, é um dos poucos atacantes do futebol brasileiro que é completo. É alto, rápido, canhoto, chuta bem, passou a entrar na área e fazer gol de cabeça, ele recompõe bem, fecha bem. Pode jogar de ponta, falso 9, 9, na outra ponta. É um jogador que está desabrochando no momento que a lista não está fechada. Ele vai se colocando em uma situação de possível convocação.
Cruzeiro ano passado ajudou?
— É uma coisa que serve para os dois. Eu conheço os jogadores e isso ajuda um pouco. O fato de eles terem todo o meu material, saberem como eu treino e jogo também ajuda. Não dá para saber o que ajuda mais. Tem as coisas boas e ruins das duas partes.
Assista à entrevista
Fonte: Globo Esporte
Vai fazer MUITA falta. O Vasco deveria fazer o que o Fla faz, conseguir efeito suspensivo.