Dinamite, Eurico, Campello e Salgado fizeram discursos parcedidos em posse; veja
Dinamite, Eurico, Campello e Salgado praticamente apontaram os mesmos problemas e soluções para o Vasco da Gama em discursos de posse.
Quatro presidentes, 12 anos de mandatos, promessas parecidas e o mesmo diagnóstico: a necessidade de reconstrução do Vasco. Roberto Dinamite, Eurico Miranda, Alexandre Campello e Jorge Salgado, em seus discursos de posse, apontaram praticamente os mesmos problemas e indicaram soluções semelhantes. É a prática nas ações que vai definir a sorte do triênio de Salgado.
Desde 2008, o cenário pouco muda mesmo que cada gestão tenha o seu perfil. Tanto o é que o sucessor repete a fala do sucedido, obviamente, com alterações dado o contexto de cada época. Ouvir Salgado, na posse de segunda, teve um quê de ouvir Campello, Eurico e Dinamite.
O ge revisitou os discursos, exemplos da divisão política e da tumultuada vida eleitoral do clube de São Januário. São também reflexos do enorme rombo financeiro e consequente queda desportiva – campeão três vezes nesse período, rebaixado para a Série B também em três oportunidades.
A necessidade de união e a retomada de conquistas são declarações campeãs de bilheteria. O gráfico abaixo, em números compilados pelo jornalista Rodrigo Capelo, mostra a evolução da dívida vascaína no momento das posses de cada um dos presidentes (não contempla o último ano da gestão Campello, pois estes ainda vão ser fechados).
Antes de passarmos aos discursos de cada um, Capelo comentou a evolução da dívida do clube, caso que sempre gera contestações entre lados diferentes da eterna briga política no clube de São Januário.
– Quando a gente analisa a evolução do endividamento do Vasco precisa tomar cuidado. Porque os balanços financeiros anteriores a 2018 não eram confiáveis. E eu puxo os dados do balanço de 2017, cuja a auditoria externa, a Anend, contratada por Eurico Miranda, apontou que apenas entre as dívidas R$ 580 milhões não puderam ser verificados. Ou seja, este valor poderia ser muito maior. Então o que houve, na verdade, não foi disparo da dívida do Vasco de um ano para o outro. E, sim, sujeira que estava escondida debaixo do tapete – disse Capelo.
*Sobre este gráfico, é preciso registrar que Dinamite entrou em agosto de 2008, depois de decisão judicial. Em 2007, segundo ano do novo mandato de Eurico, o Vasco registrava em balanço dívida de R$ 167 milhões (faturamento era de R$ 39 milhões). O grupo de Dinamite contestava as contas – e reclassificou as dívidas até apresentar o primerio balanço, o de R$ 356 milhões, referente ao ano de 2008
Voltando a Salgado.
Nos seus pouco mais de 10 minutos de fala, o novo presidente apontou duas vezes que o Vasco vive um “processo de decadência”. Recolocar o clube como “potência futebolística” e fazê-lo ser “protagonista nas competições” foram expressões usadas em outras outras quatro oportunidades. A crise financeira e suas variações foram citadas sete vezes e a ideia de tornar o clube mais unido e amigável, três.
Roberto Dinamite (posse em 2008)
Depois de três mandatos consecutivos de Eurico – o último deles interrompido depois de longa briga judicial pela eleição de 2006 -, o ex-jogador e ídolo Roberto Dinamite chegou à presidência. Assumiu o clube na temporada que terminaria com o primeiro rebaixamento – ele seria reeleito, campeão da Copa do Brasil em 2011 e rebaixado mais uma vez em 2013.
O contexto da época era de renovação, após muitos anos de domínio de Eurico. Tanto que Junior, ídolo rubro-negro e vizinho de Roberto, e Márcio Braga, então presidente do Flamengo, foram à cerimônia. Dinamite falou que a união dos clubes e interna poderia ajudar a resgatar momentos de glórias e conquistas. E, claro, abordou a reconstrução:
– Se Deus quiser, esse momento aqui é de união de todos nós. Para que possamos levantar e dar aquilo que os torcedores desejam: dignidade e respeito à nossa instituição.
Outras frases de Dinamite
– Vamos buscar os parceiros que se fazem necessários, mas vamos ter sempre amor, suor e competência para administrar o Vasco. É dessa maneira que vamos recuperar e resgatar tudo o que queremos.
– Vamos escrever uma nova página. Agora será um Vasco sem censura, sem lei da mordaça. O Vasco vive um momento delicado, principalmente em sua administração.
Eurico Miranda (posse em 2015)
A decisão de voltar, nas palavras usadas por Eurico no discurso, foi por sua vontade de resgatar o Vasco. Três anos depois, a sua chapa para a reeleição tinha o nome “Reconstruindo o Vasco”. No discurso, Eurico fez metáforas de reerguimento do clube:
– O clube padece do mesmo mal de outrora, está internado com os mesmos sintomas de quando nele cheguei. Foi entregue ao segundo plano, diminuído, desrespeitado. Isso é percebido no comportamento dos nossos torcedores, que aceitam de forma resignada o falso destino que tentam nos impor. Resgatar esse respeito é a nossa primeira missão. Isso sem dúvida ocorrerá em pouco tempo. Não será fácil, mas é o momento de preparar os alicerces do futuro.
Eurico chorou, agradeceu à família e até disse que desejava melhorar a relação com a imprensa. Citou as dificuldades financeiras, mas não tratou tanto de união política. No seu mandato, o clube ganhou duas vezes o Carioca, mas caiu para a Série B em 2015.
Outras frases de Eurico
– Passei por diversas funções até que um dia cheguei a posição na qual sabia que poderia mudar esse sentimento de inferioridade. Foram mais de 20 anos recuperando a auto estima do Vasco. Se fiz algo nesse clube, além de auxiliar na conquista de títulos históricos, foi devolvê-lo à sua origem. Não fiz o Vasco grande, mas o lembrei de sua grandeza.
– É natural que precisemos dispor de remédios amargos, controlar gastos, compor dívidas fiscais, negociar dívidas avulsas, recuperar a credibilidade. Isso está longe de significar que não trabalharemos com vista de disputar as competições com equipes competitivas. Equilibrar necessidades e desejos é a forma ideal para atingirmos nossos objetivos.
Alexandre Campello (posse em 2018)
Campello chegou ao poder em uma construção política – arregimentada pela força de Eurico Miranda – do Conselho Deliberativo que desrespeitou pela primeira vez na história o voto direto do associado – Julio Brant foi o mais votado pelos sócios. O médico também usou metáforas de um paciente em dificuldades. Com o discurso da profissionalização como remédio para a melhora, clamou pelo fim da briga política – que ajudou a intensificar com rompimento com apoiadores meses depois.
– Quando falo em união, me refiro a todos aqueles genuinamente vascaínos que colocam o Vasco acima de quaisquer interesses pessoais ou políticos. Pessoas como estas encontramos em todas as correntes políticas. Entretanto, desde 1984, quando comecei a trabalhar no clube, vejo o Vasco dividido entre grandes forças cujo o embate feroz funciona como anestesia ministrada ao Gigante da Colina. Anestesia que entorpece seus membros e torna mais lento os seus passos. O clube é jogado em um ciclo no qual mal se encerra uma disputa eleitoral e se inicia outra. Os ataques e sabotagens não cessam, e o gestor perde preciso tempo nessa lida. O ódio ao adversário interno supera o amor ao Vasco – apontou.
O Vasco não ganhou nenhum título e sempre lutou contra o rebaixamento no Brasileirão.
Outras frases de Campello
– Quero promover grandes mudanças dos métodos e no estilo da gestão vascaína. Isso, por certo, será um processo paulatino. Irá respeitar as tradições e instâncias, mas não pode se furtar de remover os obstáculos que travam a construção de um clube cada vez mais moderno, democrático e poderoso. É o legado que quero deixar para as próximas gerações de vascaínos. Precisamos modernizar o estatuto e os processos sucessórios. Os vascaínos precisam tomar o destino do Vasco.
– Sei das dificuldades, das dívidas e da baixa receita, mas sei também que não estou sozinho. Valorizarei os conselhos. Vascaínos e vascaínas, abracem o Vasco e façam onda de amor em prol de um Vasco unido e forte. A eleição de janeiro foi a expressão por mudanças e dias melhores. Garanto: nossa gestão honrará essas esperanças.
Jorge Salgado (posse em 2021)
Salgado tomou posse após uma disputa eleitoral, com duas eleições e inúmeras ações judiciais. Qual o motivo para ele voltar ao clube após a fracassada tentativa no pleito de 1997? A tentativa de resgate do combalido clube. Confira algumas das palavras iniciais:
– Durante o ano passado fiz uma reflexão se eu deveria ser candidato ou não porque mexia muito comigo o fato de que o Vasco passava por um processo de decadência muito perceptível nos últimos 20 anos. Para quem acompanha, era evidência o processo de decadência. Aquilo me incomodava muito. Quando se está de fora, não tem o que fazer. Só criticar.
Enfrentar as dificuldades financeiras e fazer o time ser forte são as promessas principais.
Outras frases de Salgado
– Aceitei o desafio de recolocar o Vasco como potência futebolística, deixar de ser mero coadjuvante para voltar a ser protagonista novamente. Apesar das imensas dificuldades que o clube atravessa, especialmente financeiros, com compromissos em atraso, eu sou bastante otimista olhando para frente. A gente tem uma possibilidade gigantesca de recuperar esse terreno perdido em pouco tempo, de três a seis anos a gente recupera todo esse atraso de 20 anos.
– O que a gente promete daqui para frente é um Vasco diferente, com mais responsabilidade social, fiscal. Nada será feito que a gente não pode pagar no futuro. Tudo será feito dentro do nosso orçamento, vamos seguir isso à risca. A linha mestra será reduzir o endividamento através de renegociação trabalhista, fiscal, credores e bancos. E aumentar o faturamento. Temos o 13º faturamento da Séria A. É pouco para quinta maior torcida. Está desequilibrado. Queremos entregar um clube mais amigável, mais unido, com menos dívida e com mais vitórias. E aberto a todos os sócios. A todas as pessoas que queiram usufruir do clube. Queremos estabelecer uma relação amigável com a mídia. Ao longo desses anos, a mídia não teve o espaço que merecia no Vasco. Espero reconquistá-la.
Fonte: Globo Esporte
Um cara que prometeu diminuir a folha do vasco de 4.8 M para 3.5 M vai montar um time bem pior do que esse que temos prometeu que não vai contratar jogador de nome esse vai conseguir ser pior que Eurico e golpista juntos
E a mesma de ontem, só quê esqueci deste comentário. é igual a todos eles. Cadê os projetos da campanha que tinha para colocar no primeiro dia após assumir a presidência. Mais 3 Anos de sofrimentos e vergonha! Vascainos estamos a deriva. estes velhos acabarão com nosso Club!
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26 de janeiro de 2021 às 17:20
Já começou a mentira. Na campanha falou quê tinha todo o planeamento para colocar os salários dos funcionários em dia! Agora diz que vai pagar, Novembro na Sexta feira. Mais esqueceu de falar, com qual recursos? Vai começar a agiotagem, de novo com o Club. alguém vai ganhar. Já quê não falou como! Outra coisa . Não existe na CLT este papo de pagar o Mês Vigente 20 dias depois de vencidos. A lei e clara para empresas e Instituições. São Até o 5º Dia uteis do Mês Subsequentes. Tá Tudo erado . A Mão de Deus e pesada, não queira apanhar do Senhor. Sé você e católico deve saber disto! É até porquê Jaz è um ancião. Bota a mão na cabeça e comece a trabalhar polo Club com veracidade e honestidade e Deus te Abençoara!!!!!!!! Boa Sorte. de Um Vascaíno Conservador. Abs
Resumindo:
Tudo safado!!!
Transforma logo em empresa, aí acaba essa putaria.
Os derrotados estão nas redes sociais através de torcedores, tentando denegrir, sem argumentos, seus propósitos, em lugar de se unirem aos verdadeiros vascaínos na busca de novas conquistas.
A diferença está na ótima administração patrimonial de Campelo, e o Vasco de agora será administrado por um homem com bagagem pessoal, profissional e idoneidade moral que se chama Jorge Salgado.
Tudo continuação da gestão anterior, continuaremos brigando contra o rebaixamento, salários atrasados e penhoras, este é o objetivo do golpe.