Dificuldades contra o Alianza deixa lições para o Vasco na Libertadore

A apertada vitória do Vasco sobre o Alianza Lima, deixou lições para o Vasco na sequência da Libertadores.

A apertada – até demais, por sinal – vitória do Vasco sobre o Alianza Lima, lanterna do grupo 5 da Copa Libertadores, no Estádio Alejandro Villanueva, na capital peruana, deixou lições para o time na sequência do torneio. Valeu pela garra e pela força de vontade, mas o time demonstrou que precisa de acertos. Principalmente na postura em campo e no comportamento. Mais uma vez, o Vasco teve um jogador expulso. Nilton, num lance na lateral, distante do gol de Fernando Prass, exagerou na força e levou merecido cartão vermelho. Foi o terceiro de um vascaíno em cinco jogos na competição (Renato Silva tinha sido expulso por reclamação contra o Nacional, em São Januário, e Diego Souza por acertar uma cotovelada num adversário diante do Libertad, no Paraguai). Numa competição como a Libertadores, destempero pode ser fatal.

As expulsões são claros sinais de que a vontade está virando, com frequência preocupante, desequilíbrio. Embora os dirigentes não pensem assim, já que no episódio envolvendo Diego Souza consideraram rigor excessivo do árbitro. E agora, no caso de Nilton, o discurso acabou sendo parecido.

– Ele (Nilton) não teve a intenção de fazer aquilo, mas usou uma força desproporcional. Por conta disso, o lance ficou muito feito e o juiz optou pela expulsão. Mas o Vasco mostrou que está com um espírito de Libertadores importante, nos superamos na vontade, jogamos cinco minutos com um jogador a menos – comentou Daniel Freitas, diretor executivo de futebol.

Os cinco minutos a que ele se referiu foram dramáticos. E não era para ter sido assim. O Vasco se complicou à toa, e um pouco antes da expulsão de Nilton. Com 2 a 0 no placar, jogo relativamente tranquilo e adversário dando sinais de não ter força para reagir, uma sequência de “pixotadas” do zagueiro Renato Silva dentro da área, a 14 minutos do fim, permitiu a Curiel marcar e diminuir. Dali para frente, o que se viu foi o até então inofensivo Alianza crescer, na base da empolgação, e pressionar. Por pouco a vitória que se desenhava tranquila não virou um resultado terrível para o Vasco (o empate, àquela altura, já teria sido assim).

– Temos que aprender mais com a Libertadores, a vitória foi importantíssima, mas sofremos uma pressão desnecessária no final. É importante ter experiência e jogar com tranquilidade nessas horas – declarou Fellipe Bastos, o herói daquela noite, autor dos gols do Vasco.

O técnico Cristóvão Borges reconheceu ter havido certa afobação. O último jogo na fase será contra o Nacional em Montevidéu. A não ser que já esteja classificado (se nesta quinta-feira o Libertad derrotar o mesmo Nacional), o Vasco deverá entrar em campo dentro de um caldeirão no Uruguai. Para avançar às oitavas, terá que passar por mais pressão. Que não precisa ser sinônimo de sufoco. Na Libertadores, pressão é normal, como destacou Cristóvão. A sabedoria está em não permitir que a pressão vire desespero.

– Poderíamos ter controlado o jogo melhor, mas começamos a acelerar de novo, como tínhamos feito no início do segundo tempo. Isso foi um erro. Quando conseguimos ter posse de bola, criamos oportunidades e poderíamos ter feito até mais gols. O time deles veio para cima e conseguiu fazer um gol. A partir daí, passamos um sufoco normal, natural do jogo e da Libertadores – analisou o técnico sobre o 2 a 1 contra o Alianza.

SETE LIÇÕES DE UM JOGO SOBRE LIBERTADORES

É preciso …

1 – Equilíbrio emocional

O Vasco é o time brasileiro com mais jogadores expulsos: três em cinco jogos. As expulsões de Renato Silva, Diego Souza e Nilton deixaram o Vasco vulnerável em três ocasiões diferentes.

2 – Garra

Neste ponto, o time está afiado. A dedicação dos jogadores tem sido uma marca. O Vasco briga até o fim pelos resultados, tanto quando está atrás no placar ou em vantagem.

3 – Atenção

Renato Silva, na foto correndo atrás de Fernandez, “saiu do jogo” num lance, cometeu falhas seguidas dentro da área e permitiu o gol do Alianza. A atenção em jogo de Libertadores tem que ser 100%. Não há espaço para ‘pixotadas’

4 – Maturidade

Há hora em que o time tem que reter a bola no pé, acalmar o jogo, cadenciá-lo, fazer o tempo passar e manter a posse de bola. Papel de jogadores experientes como Felipe, que, no entanto, esteve muito mal em Lima. Contra o Alianza, o Vasco se afobou e abusou dos chutões no fim, sofrendo sufoco desnecessário

5 – Opções no banco

O banco de reservas é outro ponto positivo do Vasco. Allan, que entrou em lugar de Diego Souza, é um bom exemplo de versatilidade e jogador que atua em diferentes posições e pode ser bastante útil durante uma batalha de Libertadores. Embora tenha atuado mal contra o Alianza.

6 – Objetividade

Neste quesito, Fellipe Bastos foi professor dos colegas diante do Alianza. Explorou bem a força e precisão dos seus chutes e marcou dois gols porque arriscou de longe. Foi objetivo, como o time tem que tentar ser contra qualquer adversário na sequência da Libertadores.

7 – Criatividade

Faltou, e não pode faltar. Para isso, Diego Souza tem que se apresentar mais para o jogo. Apático contra o Alianza, foi uma peça praticamente nula. Para superar o Nacional e depois ter sucesso no mata-mata, o Vasco precisa que seus jogadores mais criativos apareçam.

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