Derrota para o Nacional pode acender crise do Vasco

A derrota para o Nacional do Uruguai, na noite de quarta-feira, foi a primeira do Vasco na temporada.

A derrota para o Nacional do Uruguai, na noite de quarta-feira, foi a primeira do Vasco na temporada. Jogando em São Januário, diante de seus torcedores, o Cruzmaltino foi dominado a maior parte do tempo e acabou perdendo por 2 a 1. O mau resultado começou a evidenciar alguns problemas internos que estavam sendo mascarados pelas quatro vitórias iniciais na Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca, diante de rivais de pouca expressão: Americano, Duque de Caxias, Bangu e Friburguense.

O atraso salarial e na premiação gerou o fim do regime de concentração, com os atletas indo para o jogo diretamente de suas casas. Sem o pagamento em dia, o clube se viu obrigado a aceitar a determinação dos atletas, liderados pelos mais experientes, como Juninho Pernambucano, Felipe e Alecsandro. O técnico Cristóvão Borges assegura que atrasos de atletas nos treinos jamais aconteceram, e que o grupo é muito comprometido. O treinador, porém, acredita que o futebol brasileiro não está preparado para a ausência de concentração, sistema adotado em larga escala na Europa.

Uma prova de que o regime de concentração é visto como fundamental no clube é que ele provavelmente voltará quando os vencimentos dos jogadores forem colocados em dia. Além disso, caso Rodrigo Caetano, ex-gerente de futebol, que se transferiu para o Fluminense, ainda estivesse em São Januário, dificilmente a ausência de concentração teria sido aceita.

A derrota diante dos uruguaios deixou evidente que nem mesmo o relacionamento entre a comissão técnica e os jogadores, que antes era motivo de orgulho na Colina, continua o mesmo. Após a partida, o meia Bernardo deixou o estádio sem dar entrevistas. e foi flagrado por jornalistas reclamando de sequer ter entrado no segundo tempo. “Era para eu ter entrado, não era?”, teria reclamado o atleta conforme informou O Globo.

Além disso, algumas fragilidades técnicas do elenco se tornaram evidentes. Com Eder Luis lesionado, o Vasco se tornou um time sem muita velocidade no ataque, com Diego Souza tendo que se desdobrar para chegar em Alecsandro.

A própria escalação de Felipe e Juninho Pernambucano, dois veteranos, juntos, foi criticada por parte da imprensa carioca. Cristóvão, por sua vez, não viu problemas nisso.

“Com as peças que tinha para essa partida, acredito que escolhi o certo, optando pelo toque de bola em detrimento da marcação sob pressão, que é nosso forte, mas que era inviável”, disse o técnico.

Na lateral-direita ficou claro que sem Fagner, suspenso, não há uma peça de reposição à altura. Max, o escolhido, ainda é jovem e acabou sendo substituído no intervalo. A ausência de um reserva vinha sendo suprida pelo meia Allan, que costuma ser improvisado. Mas o apoiador foi vetado pelo departamento médico, o que obrigou Cristóvão a usar Max.

Apesar do mau resultado na estreia e dos problemas internos, o treinador do Vasco acredita que dias melhores virão e que não tem motivos para se sentir pressionado no cargo.

“Sei que o torcedor vaiou, e ele está no direito dele, pois o time não apresentou o que poderia. Mas não me sinto pressionado por conta disso e acredito que os bons resultados voltarão” afirmou o treinador.

A primeira chance de esboçar uma reação será neste domingo, quando o Vasco encara o primeiro clássico do ano, diante do Fluminense, às 19h30(de Brasília), no Engenhão, pela sexta rodada do Grupo A da Taça Guanabara. Nesse jogo, um simples empate será suficiente para garantir o Cruzmaltino nas semifinais. A escalação para o duelo contra o Tricolor deverá ser definida apenas na sexta-feira.

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