Derrota na Libertadores colocaria trabalho de Cristóvão em xeque
As derrotas nas finais dos turnos no Carioca e uma suposta eliminação na Libertadores podem modificar o ambiente de trabalho do comandante em São Januário.
O jogo com o Lanús, nesta quarta-feira, pode decidir o futuro de Cristóvão Borges no Vasco. Ainda que o treinador tenha o apoio irrestrito dos jogadores, as derrotas nas finais dos turnos no Campeonato Carioca e uma suposta eliminação na Copa Libertadores podem modificar o ambiente de trabalho do comandante em São Januário.
Cristóvão assumiu o Vasco em uma emergência após Ricardo Gomes sofrer AVC hemorrágico no fim de agosto de 2011. Sob o comando do então interino, o time sagrou-se vice-campeão brasileiro e semifinalista da Copa Sul-Americana. A postura com o grupo, a filosofia de trabalho e os resultados foram lhe dando aval para permanecer no cargo.
O técnico é querido pelos jogadores, e isso pôde ser comprovado na última quarta-feira, na vitória de 2 a 1 sobre os argentinos , no primeiro compromisso pelas oitavas de final da competição. Vaiado após substituir Felipe por Fellype Bastos no momento em que o Lanús fazia ao seu gol, Cristóvão foi perseguido pelo torcedor até o fim da partida.
Aos gritos de “burro”, saiu de campo sob protesto. Mas os jogadores o apoiaram, formando uma espécie de barreira humana para mostrar ao torcedor que o comandante tinha o apoio deles.
No entanto, passada a pressão, agora ele se vê diante de nova realidade. Um terceiro “tropeço” frustrando ambições de títulos pode, a princípio, não custar seu emprego. Mas criar enorme desgaste. Cristóvão se defende afirmando que não teme a demissão. E mais: para valorizar seu trabalho, ele lembra compara o resultado do Vasco com os dos outros brasileiros na Libertadores.
“O Vasco foi o único time brasileiro que venceu o primeiro jogo nesta fase de mata-mata. E isto não pode ser esquecido, isso tem um significado importante. Só que pouca gente se lembra”, destaca o treinador vascaíno. “Agora é trabalhar com atenção para evitar sermos surpreendidos lá dentro. Queremos esta classificação, custe o que custar”, completou Cristóvão.
ig