Demissão de Lisca evidencia planejamento capenga de times brasileiros

Lisca pediu demissão do Vasco da Gama e Clube de São Januário foi atrás de Fernando Diniz para a sequência da Série B.

Lisca durante treino no CT do Athletico-PR
Lisca durante treino no CT do Athletico-PR (Foto: Rafael Ribeiro/Vasco)

Não que precisamos de mais um caso para constatar que o futebol brasileiro é uma zona, mas a saída do técnico Lisca escancara uma realidade triste no esporte bretão, a falta de planejamento na construção dos elencos, transformando os clubes em verdadeiras máquinas de triturar treinadores.

Culturalmente, os cartolas no Brasil sempre entenderam que é mais fácil trocar o treinador do que se debruçar sobre a montagem e a qualidade do elenco oferecido aos profissionais que comandam os times. A pressão por resultados imediatos faz com que as ideias não floresçam nesse deserto de ideias. Lisca foi apenas mais uma “vítima” desse roteiro que não muda.

Já os dirigentes dos Clubes, no caso do Vasco, leia-se o presidente Jorge Salgado e o diretor executivo Alexandre Pássaro, não tem suas escolhas na formação do elenco questionadas. Pouco se fala sobre o trabalho feito por pessoas que, não necessariamente, entendem da parte técnica, do jogo jogado dentro de campo, e contratam atletas aleatórios para depois correrem atrás do prejuízo quando oe estrago já foi feito.

Um passo importante, diga-se, foi dado em direção a mudança desse cenário, o limite para troca de técnicos, mecanismo implementado pela CBF pela primeira vez nesta temporada. Na nova regra, cada clube só pode demitir técnico uma vez. E cada treinador só pode pedir demissão uma vez. Quem pedir a segunda, não pode mais treinar na mesma competição.

Mas existe um detalhe no regulamento que pode provocar uma “brecha”. Segundo o artigo 29 do documento, a “rescisão por mútuo acordo” não contará para o limite de trocas em relação aos dois lados, esse adendo pode fazer com que os times driblem a determinação. O famoso jeitinho (do futebol) brasileiro.

Agora, o Vasco seguirá sua caminhada na Série B com Fernando Diniz. E quem garante que ele não será mais um a ser atropelado pela mania “resultadista” do nosso sistema? O futuro do Gigante da Colina está em jogo e o grande objetivo da temporada, que é devolver o Cruzmaltino ao seu lugar, que á a elite do futebol nacional, corre sério perigo, especialmente nesse panorama.

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1 comentário
  • Responder

    Espero que eu esteja muito enganado ou muito pessimista ,mas acho que este ano ficaremos onde estamos ,graças aos conselheiros que passam o tempo todo brigando para eleger este ou aquele coveiro .A sorte de Jorge Salgado e sua nefasta diretoria e de quebra este Passaro ,é que eles estão no Vasco outrora dono de grandes times e, caminhando para ser amanhã ,o América de hoje que alguns anos foi time grande .Mas a sorte destas diretorias é que são do Vasco ,pois si fossem do Flamengo ,Corinthians já teriam levado uns cascudos ,mas estão em São Januário e lá eles fazem o que querem em seus benificios e a torcida …….que si F…….

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