Defesa do Vasco tem jornada infeliz e chega pressionada contra o Flamengo

Com erros crassos do setor defensivo, Vasco da Gama perde para o Ceará, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro.

Lucas Freitas em lance contra Pedro Raul
Lucas Freitas em lance contra Pedro Raul (Foto: Lucas Emanuel/AGIF)

O Vasco foi a Fortaleza nesta terça-feira empolgado pelas duas vitórias em sequência na temporada (contra Puerto Cabello e Sport) e com chances de dormir na liderança do Brasileirão. Mas a euforia deu lugar a motivos para se preocupar depois da derrota por 2 a 1 para o Ceará, a segunda da equipe de Fábio Carille no campeonato.

No Castelão, a defesa do Vasco teve uma noite infeliz e foi determinante para a derrota. No primeiro gol, João Victor recuou errado de cabeça, e Lucas Freitas demorou demais para reagir e acompanhar Pedro Raul. No segundo, Guilherme e Pedro Raul apareceram completamente sozinhos dentro da área para ampliar a vantagem.

Mas o problema não foi apenas a fraca atuação defensiva. O time de Carille voltou a apresentar enorme dificuldade para acelerar as jogadas, como o próprio treinador reconheceu na coletiva depois da partida. Sem Philippe Coutinho, que foi poupado por controle de carga e nem sequer viajou para Fortaleza, a equipe criou muito pouco, em especial nos primeiros 60 minutos do jogo.

A caminho do fim da sua passagem pelo Vasco, Payet mais uma vez decepcionou como substituto do Coutinho e não foi o homem da criação do qual o time precisava. O francês resumiu sua atuação a uma finalização perigosa com sete minutos de partida e só. Outro que repetiu postura apagada foi Benjamín Garré, que visivelmente só tem sido titular na ponta direita do Vasco porque Adson ainda não tem condições de começar jogando.

Diante da necessidade de diminuir o prejuízo no placar, a exemplo do que já havia acontecido na rodada passada, o Vasco melhorou no segundo tempo com as entradas de Adson, Jair e Rayan. O jovem atacante foi o melhor em campo, mesmo tendo atuado por apenas 45 minutos. Foi dele a assistência para mais um gol de Pablo Vegetti. Que bom que o capitão vascaíno, artilheiro do campeonato com quatro gols, está sempre ali para marcar, mas o jogo do Vasco não pode depender apenas disso.

Quem tem um elenco top-8 no país, como definiu o presidente Pedrinho antes do início do Brasileiro, não pode apostar as fichas em Alex Teixeira e Jean David para evitar uma derrota fora de casa. O chileno entrou aos 48 minutos do segundo tempo e provocou a revolta da torcida com dois ou três toques na bola – em um deles, foi desarmado no ataque e quase deu um gol para o Ceará.

Como foi o jogo

Carille precisou driblar desfalques importantes para escalar o Vasco nesta terça-feira. Além de Maurício Lemos, que se recupera de uma fratura na costela e já não havia atuado contra o Sport, o técnico não teve à disposição Coutinho (poupado) e Tchê Tchê (que não viajou por um problema familiar). Lucas Freitas, Payet e Paulinho ganharam as respectivas vagas.

A finalização de Payet aos sete minutos foi a única chance do Vasco no primeiro tempo inteiro. Arrastado em campo, sem opções para sair com a bola e sofrendo com a marcação do Ceará, a equipe não conseguia levar perigo ao gol defendido por Bruno Ferreira. Paulinho ainda está longe de ser o jogador que era antes da lesão no joelho, e Payet não é capaz de entregar o que Coutinho vem entregando nos últimos jogos. O meio de campo virou um vazio de ideias.

Como se não bastasse, a partir dos 15 minutos Pedro Raul passou a levar a melhor sobre a defesa vascaína em praticamente todas as bolas levantadas na área. João Victor e Lucas Freitas tiveram dificuldades em encaixar a marcação no ex-atacante vascaíno, que abriu o placar aos 29 porque os zagueiros cochilaram no mesmo lance.

Descontente com a postura da equipe, como deixou claro na coletiva depois da partida, Carille colocou Jair, Adson e Rayan em campo no intervalo. E repetiu as substituições que havia feito contra o Sport, com Adson caindo pela direita e Rayan, pela esquerda.

O Vasco melhorou a ponto de acertar suas únicas quatro finalizações na direção do gol: dois chutes de Rayan e um de Jair de fora da área, e o gol de cabeça de Vegetti já nos acréscimos. O time de Carille passou a dominar as ações a partir dos 20 minutos aproximadamente, mas um novo lance de desatenção da defesa interrompeu o ensaio de reação: Pedro Raul marcou o segundo para o Ceará.

A equipe conseguiu o gol tarde demais, apenas aos 47 minutos. Diante do histórico recente do adversário, que mostrou dificuldade para segurar placares neste início de campeonato, o Vasco até se animou, mas tropeçou nas próprias pernas e não foi capaz de pressionar o Ceará. Com seis pontos e uma sequência de quatro jogos longe de São Januário, dois deles contra Flamengo e Palmeiras, o time precisa apresentar uma melhora a curto prazo se quiser voltar a pontuar.

Fonte: Globo Esporte

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