Dedé sobre 2011 “foi o melhor ano da minha carreira”

Dedé esteve em São Paulo no início da semana para receber as premiações "Bola de Prata" e "Craque do Brasileirão".

O futebol de força, velocidade e gols transformou o anônimo Anderson Vital da Silva no nacionalmente conhecido Dedé. Um dos principais destaques da temporada, o zagueiro do Vasco, que esteve em São Paulo no início da semana para as premiações Bola de Prata e Craque do Brasileirão, recebeu nesta terça-feira, com exclusividade, a reportagem do MARCA BRASIL para, entre outras coisas, uma avaliação de sua temporada em São Januário.

Com os pés no chão, ele admite que 2011 foi simplesmente espetacular, mas deixa claro que espera construir um futuro ainda mais promissor. E, se possível, com a camisa do Vasco até a Copa do Mundo de 2014. Em meio ao momento de sucesso e recompensa, ele garante: “Acho que o dinheiro não pode comprar a minha felicidade”.

MARCA BRASIL: Dedé, o que dizer de 2011? Foi um ano sensacional para você…

Dedé: É até difícil dizer (pausa). Com certeza, foi o melhor ano da minha carreira, um ano marcante para mim. Mas, com apenas 23 anos de idade, eu tenho pouco tempo de estrada. Que venham outros excelentes anos…

MB: Depois de disputar o título do Campeonato Brasileiro até a última rodada, o vice-campeonato chegou a ser um pouco frustrante?

D: Não, muito pelo contrário. Eu fiquei muito feliz, porque fizemos uma campanha excelente, positiva, que nos dá muita confiança para o ano que vem. Não é sempre que se vence, mas mostramos que estamos no caminho certo.

MB: E qual é esse ‘caminho certo’ a ser traçado pelo Dedé em 2012?

D: Pessoalmente, quero apenas me manter bem, firme, concentrado e sem lesões. Assim espero ajudar o Vasco a buscar seus objetivos. E a Libertadores é o nosso maior sonho.

MB: E a seleção brasileira?

D: Estou buscando o meu espaço e espero continuar a ser lembrado pelo Mano Menezes em 2012. Sempre disse que meu objetivo é a Copa de 2014.

MB: Você falou da Libertadores. Com o atual elenco, o Vasco tem condições de surpreender e buscar o título?

D: Acho que sim. Temos condições totais de vencer a Libertadores com esse elenco. É uma equipe muito unida, de muita técnica e disposição. Além disso, é um time muito entrosado que deve chegar ainda mais forte em 2012.

MB: Você chegou a chamar o o técnico Ricardo Gomes de ‘pai’. Qual a importância dele em sua ascensão no futebol?

D: Praticamente todo o meu crescimento se deve ao Ricardo. Ele preencheu detalhes que faltavam na minha formação, tanto dentro quanto fora de campo. Mas devo falar também do Gaúcho (auxiliar-técnico do Vasco), que foi um cara que me deu oportunidade. Ele foi zagueiro também e sabia onde poderia e precisava evoluir. O Júnior Baiano foi outro cara que me ensinou bastante.

MB: Boa parte da torcida vascaína já te considera um ídolo tão ou maior que o Felipe e o Juninho? Você já se deu conta disso?

D: Não acho que sou o maior ídolo no momento. Juninho e Felipe são maiores, mas fico feliz pelo simples fato de ser colocado como ídolo da torcida. Só que ainda tem muita coisa pela frente. Preciso brigar muito em campo representando a camisa do Vasco. O que eu mais quero é a Libertadores. Se conquistarmos essa taça, aí sim vai ser algo sensacional.

MB: Qual foi a importância do Anderson Martins na sua ascensão no Vasco? Você sente a falta dele?

D: O Anderson Martins foi o melhor companheiro que tive. É um cara simples de lidar como jogador. E é também um cara muito honesto, muito humilde. Ele faz falta não apenas para mim, mas para todo o grupo do Vasco. Vou te falar que o Renato Silva sente falta dele.

MB: Dedé fica até 2014? Como ter certeza de sua permanência em caso de mais uma excelente temporada no próximo ano?

D: Tudo depende do planejamento do Vasco. O clube precisa pensar com seriedade no futuro. Acho que é necessário um projeto futuro onde possa continuar me sentindo bem no clube. No que depender de mim, eu quero ficar até a Copa.

MB: Até pouco tempo, o sonho de todo jogador brasileiro era atuar em um grande clube da Europa? Esse sonho mudou?

D: Mudou, porque o futebol brasileiro mudou. A responsabilidade e o comprometimento dos clubes aumentaram. Eles melhoraram suas estruturas e isso fez com que o futebol brasileiro crescesse muito. Por isso os jogadores agora têm condições de seguir no país.

MB:Nacionalmente, o ano de 2011 te trouxe fama e reconhecimento. Está mais difícil sair na rua?

D: Um pouco (risos), mas eu saio do mesmo jeito, tranquilo, atendendo todos que querem falar comigo. Não tem problema. Eu acho até bom, legal receber esse carinho da galera. Lá na padaria perto de casa todo mundo me conhece (risos).

MB: Então quer dizer que você já está rico…

D: Lógico que não. Ainda tenho muita coisa para fazer porque tenho família grande (risos).

MB: Então vou fazer um teste. Me diga o que o dinheiro não pode comprar…

D: Acho que o dinheiro não pode comprar a minha felicidade.

MB: Já parou para pensar no que você seria se não fosse um jogador de futebol?

D: Nunca pensei exatamente no que poderia ser, mas acho que me daria bem em qualquer lugar. Sou batalhador e não teria vergonha se tivesse que trabalhar com outra coisa. Poderia não ter uma situação financeira muito boa, mas batalharia muito e correria muito para sustentar a minha família.

MB: Enfim, chegamos ao final da entrevista. O que vai fazer nas férias?

D: Vou ficar quietinho em casa (risos). Vou para Volta Redonda e só volto no ano que vem (risos).

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