Ricardo Graça comenta passagem pela Seleção e quer vaga no time do Vasco

Ricardo Graça lembrou do teste de fogo jogo contra a Argentina pela Seleção e quer recuperar seu espaço no time de Abel Braga.

Quatro dias depois de ajudar o Brasil a conquistar uma vaga para as Olimpíadas de Tóquio, Ricardo Graça voltou à rotina no Vasco nesta quinta-feira. Em meio a jogadores em tratamento, transição física, não relacionados e jovens do clube, o zagueiro de 22 anos – que completa 23 domingo – era só sorrisos.

Último a ser chamado para o Pré-Olímpico, ele terminou em campo e bem no time de André Jardine. Foi titular ao lado de Bruno Fuchs e passou no teste de fogo contra o melhor time da competição. Até chegar lá Graça perdeu a esperança no corte de Walce, levou susto na convocação e foi “avisado” de que ia jogar de maneira inusitada, depois de treinar entre os titulares na véspera da partida.

– Depois do almoço e antes da preleção, Jardine foi lá no quarto para falar que eu ia jogar. Só que eu não atendi, eu estava dormindo. Paulinho e Bruno Guimarães até brincaram comigo. “Pô, você deu mole. Você ia jogar, mas você não atendeu a porta”.

– A primeira pessoa que falou que eu ia jogar, por acaso, foi o Luís Roberto (locutor). Eu vi no Instagram dele. Vi um comentário com Ricardo Graça. E ele (Luís Roberto) disse: “O Ricardo vai jogar amanhã, alguma coisa assim”. Achei engraçado e mandei: “Tá sabendo mais do que eu”.

Como Luís deu a dica, Ricardo jogou – e bem -, o Brasil goleou a Argentina por 3 a 0 e tentará o bicampeonato olímpico. Aniversariante do próximo domingo, o zagueiro do Vasco detalha como foi a convocação para o torneio e projeta o futuro na Seleção e dentro do clube que o revelou.

LEIA ABAIXO:

Como foi essa chegada à Seleção? Você foi convocado por último, depois do corte do Walce.

– Era uma coisa que eu queria muito. Quando cheguei lá, perguntaram se eu estava chegando só para encher o elenco. Falei que não, que chegava para somar, mas que ia lutar pelo meu espaço e tentar jogar. Já conhecia o Paulinho e o Reinier e joguei contra a maioria dos outros. Toda a comissão me deu todo suporte quando cheguei, os jogadores fizeram eu me sentir em casa. No primeiro dia já teve o trote.

Teve o trote?

– Tive que falar e cantar o hino. Das piores coisas foi cantar o hino à capela. Cantava sozinho, e eles ficavam só repetindo o final (risos). Mas foi legal. O Branco me elogiou, falou que eu fui bem.

Você sabia que estava no radar do Jardine?

– No ano passado, antes do Pré-Olímpico, o pessoal do Vasco falou comigo que eu estava no radar e para continuar trabalhando, como eu vinha fazendo, que eu estava jogando bem. Que poderia acontecer. Quando saiu a lista, vi que seria difícil. Com a lesão do Walce, abriu aquela esperança. Não sabia se ia, mas fiquei acompanhando para ver se alguém tinha sido convocado. Até conversei com meu empresário e meus pais: “Estou aqui do lado. Se for para convocar alguém do Rio, convoca logo que eu já vou”.

E demoraram bastante para chamar o substituto…

– Quando viajaram eu falei: “Ah, pai, não vai ninguém do Brasil. Vai alguém da Europa”. Aí tinha acabado de jogar meu último jogo-treino pelo Vasco, estava em casa, 22h, 23h, desci para comer, comecei a brincar com meu cachorro. E estava o Mazzuco me ligando, meu empresário me ligando, e eu não atendia. Quando peguei o telefone, o Vasco já tinha sido comunicado, já tinha me liberado.

Com quem você falou depois da notícia?

– Meu empresário, que é meu amigo, já virou da família (Diego Gomes, filho de Ricardo Gomes), me ligou: “Estamos na Seleção”. Aí eu falei: “Mentira”. E ele “estamos!”. Minha esposa começou a berrar no quarto, aí eu acreditando mas desacreditando. Meu pai estava na Grajaú-Jacarepaguá indo para casa. Ele parou o carro, minha mãe berrando, minha irmã berrando, meu pai nervoso e chorando.

– Quando recebi a mensagem do Betão (supervisor da seleção): “Boa noite, Ricardo, parabéns, você foi convocado para a Seleção para o pré-olímpico”. Aí eu só chorava. Deitava na cama e só chorava. Depois que me recompus, liguei para o Abel.

O que Abel te disse? Ele teve oportunidade de jogar Pré-Olímpico também (1972, Munique)

– Ele falou: “Tua história é bem parecida com a minha. Eu não ia”. Ele disse que não lembra se alguém se machucou e que ele foi (para o Pré-Olímpico), virou capitão e titular. E foi para a Olimpíada. Me desejou boa sorte, eu falei: “Professor, vou para a Seleção, queria estar com vocês no início do campeonato, mas tenho que ir”.

Você viajou e já tinha falado com o Jardine? Alguma vez?

– Não. Mas quando falei com o Betão (ele perguntou se eu tinha vacina da febre amarela, essas coisas). Começamos a conversar, trocamos ideia, e o Jardine pegou o telefone.

– Parabéns, Ricardo. Sou o treinador, o Jardine. Falei: “Prazer, Jardine, muito obrigado por ter me convocado (risos)”.

– O Jardine disse: “A gente já vinha te monitorando e sabia há algum tempo que você ia (para o Pré-Olímpico)”. Ele me falou que queria estar comigo na hora que foi anunciada a convocação para mim e para a minha família.

O que esse período entre convocação e participação no pré-olímpico transformou o Ricardo Graça?

– É bem gratificante quando você almeja algo, e as coisas acontecem. Por incrível que pareça foi a pré-temporada em que mais trabalhei e me dediquei. Em vez de ir para o hotel, almoçava aqui, fazia a fisioterapia e já ia para a academia para malhar. Foi quando mais me dediquei com a cabeça na Olimpíada. Tudo que plantei no ano passado eu consegui colher.

– A coisa que muda é que o Ricardo está bem centrado de cabeça já e bem focado. Agora o foco mudou. Meu foco era pré-olímpico, agora é na seleção olímpica.

– Continuo a mesma pessoa. Brincalhão, humilde e não mudo nada. Volto com o mesmo pé no chão que fui para a Seleção. Aqui sou mais um a somar, assim como fui lá. Sempre buscando meu espaço. Já tem convocação em março. Enquanto eu tiver lutando, tem que acreditar. Não sei se vou, mas o foco é esse.

Por ter sido escolhido para o último jogo, você acha que deixou uma boa impressão?

– Deixei, deixei. Foi a minha primeira convocação. O pessoal joga junto e treina junto, então acho que a confiança deles é maior do que a minha. Entrei contra Paraguai e Argentina e fui muito mais para mostrar que ele poderia confiar em mim, que eu sou um zagueiro firme. Que na hora que apertasse que ele poderia confiar em mim do que para jogar.

– Indo mais vezes e pegando mais entrosamento, acho que meu futebol vai aparecer muito mais. Com confiança e tal. Acho que foi bom para verem que podem confiar em mim. É trabalhar aqui da melhor possível para beliscar mais uma convocação e, se Deus quiser, a Olimpíada.

Você falou que foi a pré-temporada em que mais trabalhou. Pediu a quem para aumentar sua carga e quem lhe acompanhou?

– Pedi a própria comissão. Falei com preparadores físicos e com Abel para ficar aqui para trabalhar e malhar. Diminuí 2% de percentual de gordura em duas semanas e ganhei massa muscular.

Você já ganhou massa desde que subiu para o profissional. Sabe quanto? Uns cinco quilos?

Ah, por aí. Nunca fui fortão, sempre fui magro. Mas acho que não tem muita diferença, tem mais de experiência e de força. Acho que ganhei muito mais força física do que aparente. Mais na hora do combate do que propriamente de músculos.

Jardine te avisou que ia jogar em que momento antes da partida com a Argentina?

– Ele conversou comigo no dia. No sábado, a gente fez um tático e um reduzido. Conversou comigo, e ele mudava o time todo. Me colocou na bola parada, e eu comecei como titular. Ele não sabia e falou que ia pensar. No dia seguinte, depois do almoço e antes da preleção, ele foi lá no quarto para falar que eu ia jogar. Só que eu não atendi, eu estava dormindo. Paulinho e Bruno Guimarães até brincaram comigo. “Pô, você deu mole. Você ia jogar, mas você não atendeu a porta”.

Jardine tem outro jeito de treinar. Como foi a adaptação para entrar no time dele?

– Ele joga de uma forma que os zagueiros constroem jogo, que eles têm que conduzir a bola para cima do cara, para arrastar e buscar espaço. No ano passado, a gente não jogava assim (no Vasco). Era mais “zagueiro-zagueiro”, mais posicionado. Construía jogo, mas não levava a bola. Chegava numa certa distância, dava passe por dentro, dava um lançamento.

– Na Seleção, quando eu cheguei, a média de posse de bola era de 70%. Só o Brasil que jogava, a gente propunha muito o jogo. Os zagueiros já treinavam há muito tempo, eles estavam adaptados a levar a bola, a carregar. E eu estava mais naquela de não arrastar muito, de não ir muito para o combate para não perder bola. Joguei assim aqui e joguei em Portugal de o zagueiro propor o jogo.

Você se sente bem saindo para o jogo?

Me sinto, mas tem a questão da confiança e do entrosamento com o pessoal. Indo (convocações) mais algumas vezes, treinando mais com o grupo, a confiança aumenta. Com a confiança lá em cima, algumas coisas que você não queria fazer acontecem.

Você citou o Diego, seu empresário e filho do Ricardo Gomes, que foi um grande zagueiro. O Ricardo conversa contigo também?

– É um cara que sempre passa algumas coisas ao Diego, e o Diego me passa. Encontrei com o Ricardo duas vezes. Uma logo depois que a gente perdeu para o Santos no Maracanã por 3 a 0. Ele falou que gostava muito de mim, para eu ficar tranquilo e que as coisas iriam acontecer.

Ele (Ricardo Gomes) sempre falou comigo que dá para dois canhotos jogarem juntos, que não tem essa. Que não dá é para jogar com dois ruins. Dois destros podem, não podem dois ruins. Foi uma coisa que adotei.
Você já jogou com zagueiro canhoto?

– Só com o Castan. Foi tranquilo. No meu primeiro jogo com o Castan, contra o Palmeiras, ele jogou na direita. No ano passado, Luxemburgo nos colocou juntos, e eu joguei na direita.

Acha que é possível zagueiro propor jogo com Abel?

– Acho que sim. Pelo que estou vendo aqui, o Vasco vai propor jogo e ter sempre a posse.

Werley fez dois gols recentes. Como vai ser essa disputa?

– Acabou de falar comigo, o parabenizei pelos dois gols (contra a Portuguesa). Ele falou que estava demorando a fazer um gol, e eu disse: “Pô, tava reclamando e fez logo dois gols (risos)”. Mas retorno da mesma forma que fui, aqui não tem vaidade. O grupo é muito bom. Tenho relação boa com todos. Mas claro que jogador quer jogar. Essa dor de cabeça eu deixo para o Abel. No final, ele que tem a caneta.

Quando Luan, ex-Vasco, sai para o Palmeiras, ele fala que você seria o substituto natural dele. Ele foi para a seleção e campeão olímpico. Já falou disso com ele?

– Na hora em que eu fui, pensei: “O Luan já foi também”. É um cara que admiro. Além de ser um dos ídolos que tive aqui de história e carreira, é um amigo. Sempre manda mensagem, e a gente conversa. Quando Luxemburgo foi para lá, a gente conversou. Agora que fui para a Seleção, ele sempre manda mensagem parabenizando. É um cara muito querido. Tem uma história muito bonita não só no início dele no futebol, mas na Seleção também, foi campeão olímpico. Espero seguir o mesmo passo que ele teve.

Vimos a sua foto com o Paulinho, de bandeira do Vasco. Ele não está jogando muito lá. Você brincou com ele para voltar ao Vasco?

– A gente sempre brinca com “volta, Paulinho”, “vem, Cunha”. Mas é difícil. Ele é um cara bem focado, sempre foi. Ele falou que está bem na Alemanha, mas não é igual aqui. Disse que está totalmente adaptado, de vida e de treinamento. Mas disse que é normal de demorarem a colocar para jogar.

– Acho que depois desse pré-olímpico, se o técnico não colocar o Paulinho é maluco.

-Para mim, Paulinho tem vaga em qualquer time. Se voltasse para cá, seria muito bem-vindo com certeza. Mas acho que o planejamento dele é outro ainda, acho que é ficar lá e jogar. Tenho quase certeza que vai conseguir. E de futebol é só ligar no Brasil x Argentina, 3 a 0, e ver do que ele é capaz de fazer.

Pouca gente lembra, mas você foi para Portugal em 2015. Você tinha 18 anos. Como foi lá?

– Fui com meu pai, minha namorada, que hoje é minha esposa. Eu tinha virado titular nos juniores logo que subi e me destaquei no primeiro turno do Carioca. O meu empresário me avisou que eu iria jogar a Segunda Divisão pelo Vitória (de Guimarães). Disse que eu não ia aprender mais nada aqui, acabei acreditando que as coisas iam acontecer, e fui.

– Quando cheguei lá, as coisas não eram como pareciam. Meu pai queria voltar com uma semana, mas sou um cara muito cabeça dura. E eu via que tinha condição de jogar.

– O treinador tinha sido campeão com o Vitória. Era um time que ele já conhecia. Quando ele tava para ir embora, ele me botou num jogo. Eu ia ser titular nas finais, só que ele foi para a China. Nosso time no sub-18 era muito bom, parecia o Barcelona jogando. A gente pegava o time profissional e botava na roda. Não dava um chutão. Mas entrou um português que me tirou.

Você voltou por conta de uma hérnia, não?

Tive uma hérnia. Já tinha tido uma aqui. Quando tive a segunda hérnia, digo que foi Deus. Porque eu não ia voltar. Se eu não tivesse tido a hérnia, eu não voltaria porque eu não aceitava não jogar (em Portugal). Quando tive a segunda hérnia, falei: “Vou voltar para o Vasco, vou tratar lá e operar lá”.

Seu contrato vence na primeira semana de 2021. Ou seja, no meio do ano, você pode assinar um pré-contrato com outro clube. Existe a possibilidade de acontecer ou sua prioridade é renovar com o Vasco?

– Possibilidade sempre tem, tudo é possível. Ainda não chegaram para conversar comigo, mas minha preferência sempre é o Vasco. Completaram 11 anos que jogo aqui. Estou aqui desde 2009. Estudei aqui, me formei aqui e fiz toda a base aqui. Tenho uma gratidão enorme por tudo que fez por mim. Não me formei só como atleta aqui, me formei como homem. Amadureci muito aqui. Tenho muito carinho e, com certeza, eles vão me chamar para conversar e vamos fazer o que é melhor para os dois.

Quais seus objetivos para o futuro no Vasco?

– Vamos ver se esse ano a gente consegue brigar por algo. O Vasco é muito grande, às vezes a pessoas esquecem isso. Bateu recorde de sócios, construiu o CT com o dinheiro do torcedor. O Vasco nunca vai acabar. O foco aqui é ganhar alguma coisa importante pelo Vasco e jogar na Europa, num time bom e a Champions League.

Qual país mais combina contigo e que mais te atrai?

– Gostaria muito de jogar na Espanha, no Barcelona. Todo mundo trabalha e almeja isso. Para você conquistar alguma coisa, você tem que sonhar. Acho que temos sempre que mirar alto. Acho que o clube que mais combina com o Brasil e de cidade é o Barcelona.

Você é jovem, mas tem personalidade. Fala bastante. Se vê já como um líder aqui no Vasco? Você pode influenciar essa garotada que está subindo?

– Com certeza. Acho que toda experiência é bem-vinda. A gente já tem o Castan como um líder de excelência. Muitas das coisas que falo eu aprendi com ele. Realmente ele é o nosso líder, um cara que é o termômetro. Brinquei com ele quando eu estava na Seleção, falei que é o nosso pilar. É um cara com quem aprendi muito nessa questão de liderança de falar. Tem momento que eu não tenho que dar esporro no cara, mas tem momento do esporro para ele acordar.

– São coisas que vivi na Seleção. Eu tinha acabado de chegar e falava, pedia para falar. Falava o que achava e até surpreendi algumas pessoas que pensavam que eu seria a última pessoa a falar. Falei no final de alguns jogos e antes de outros.

Você nasceu no Grajaú, vem de outra realidade em relação à maioria dos colegas de profissão. Sofreu alguma rejeição no início? É comum falarem em “jogador de condomínio”…

– Sempre teve isso (essas brincadeiras). Mas eu sempre joguei. Zagueiro sempre tem aquilo: “Zagueiro-zagueiro”, “zagueiro tem que ter cara de mau”… Aí você olha para um dos melhores zagueiros do mundo que é o Sérgio Ramos. É gel no cabelo, para trás, barbudo, tatuado. O Piqué… São caras pintosos, bonitos, não são caras feios. E ótimos zagueiros.

Você está querendo dizer que é bonito também (risos)?

– Eu sou um cara pintoso. Arrumado eu fico bem (risos). Mas sempre teve essa coisa de playboyzinho… Na hora do campo, não. Sempre fui firme. Nunca me impus falando ou desestabilizando. Contra os argentinos, fui defender o Reinier. Vi que tinham quatro em cima dele e cheguei empurrando para apartar.

O que aconteceu ali?

– O camisa 14 da Argentina (zagueiro Facundo Medina, do Talleres) ficava me xingando e me empurrando. Dei logo um chega para lá no meio do jogo. Ele me xingando, e eu o xingando. Mandava beijinho, piscava para ele. Mas ele começou, foi totalmente sem noção. Você nunca vai me ver fazendo isso durante o jogo. O cara tem que se impor na bola, é bola na rede.

No empate por 4 a 4 com o Flamengo, você entrou numa roubada. Fez questão de jogar com um edema na coxa. Como foi isso?

– Na verdade, quando eu tomei a pancada contra o CSA e inchou, todo mundo levou um susto. Eu não sou de sair, o pessoal achou que fosse joelho. Quando olharam, minha coxa estava realmente muito grande. Meu pai já fica preocupado. Ele fica “Não vai jogar, o ataque do Flamengo é rápido pra caramba, olha o tamanho da tua perna. Como que você vai correr?” Não estava conseguindo andar direito, nem esticar a perna. Mas os médicos do Vasco foram espetaculares. Eu tratei e em 48 horas saiu o edema e em três dias eu estava jogando contra o Flamengo. E jogando bem.

E você foi para o jogo…

– Estava todo mundo com medo de eu jogar. Mas minha cabeça é totalmente ao contrário. Via como oportunidade. Imagina um jogo contra o Flamengo, todo mundo vendo, e eu jogo bem e faço um gol? Castan tava machucado ou suspenso. Pensei que tinha de aproveitar para estar brigando.

Falando em Flamengo, que é o rival de vocês, eles estão muito fortes. Volta pensando em vencê-los?

Com certeza. O Vasco é muito grande. O Flamengo com uma folha muito maior do que a nossa empatou por 4 a 4 com a gente. Futebol são 11 contra 11. Acho que o foco é esse. Quando você batalha e conquista na dificuldade, dá muito mais valor de quando está bem e conquista alguma coisa.

No próximo domingo, você completa 23 anos. O que quer de aniversário?

Meu presente de aniversário que gostaria no momento acho que não é nem só para agora. É mais para o mês que vem. Classificar na Sul-Americana e a convocação em março para a seleção pré-olímpica.

Globo Esporte

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