Danilo Alvim o “Príncipe” campeão pelo Vasco

Com base em pesquisas, produzir este artigo no qual falarei sobre a vida e história no Vasco de um jogador que superou inúmeros obstáculos e conseguiu ser feliz no futebol. Trata-se de Danilo Faria Alvim, apelidado de “O Principe” nascido em 03 de dezembro de 1920 no Rio de Janeiro e falecido em 16 de maio de 1996 na mesma cidade aos 76 anos, deixando boas recordações a quem aprecia o bom futebol arte.

Alto, magro, dono de um estilo clássico e técnica refinada, com absoluto controle de bola, passes e lançamentos precisos, o meia Danilo Alvim passou pelo América, Canto do Rio, Botafogo, além do Vasco, onde fez história no Expresso da Vitória. Danilo chegou ao Vasco em 1946, através do técnico Ondino Vieira, que foi pessoalmente contratá-lo por 90 contos de luvas e 2 contos mensais, e ficou no Gigante da Colina até 1954, conquistando o Campeonato Carioca por quatro vezes (1947, 1949, 1950 e 1952), e o Campeonato Sul-Americano de Campeões em 1948. Danilo Alvim também defendeu as cores da Seleção sendo campeão Sul-Americano em 1949, e vice na Copa do Mundo de 1950, realizada aqui no Brasil.  

Um fato triste de sua histrória, que não posso deixar de relatar foi o atropelamento que ele sofreu em janeiro de 1941, após descer de um ônibus e tentar pegar um bondinho em movimento. A tentativa foi sem sucesso, e ele foi atingido por um automóvel, fraturando as pernas em 39 lugares, de acordo ao boletim do hospital que o atendeu. Danilo  ficou 18 meses engessado, mas conseguiu mediante muita luta e esperança, retornar aos gramados, e manter o bom futebol de antes, recebendo assim o apelido de “Príncipe”.

Após encerrar a carreira como jogador, Danilo ainda continuou trabalhando no futebol como treinador, sendo campeão pela Bolívia no Campeonato Sul-Americano de Futebol em 1963. Em 1981 ele assumiu o comando do Itabaiana (Sergipe) e naquele ano, sagrou-se campeão sergipano pelo Tricolor da Serra. Danilo foi um jogador de sucesso, mas infelismente morreu pobre, sobrevivendo com uma aposentadoria de um salário mínimo, num pequeno apartamento no Rio de Janeiro. A morte da sua esposa o deixou solitário, e com a memória debilitada faleceu em 96, deixando-nos a saudades, boas lembranças, e claro, nossas referências e agradecimento pelo empenho com a camisa Vasco da Gama.

Anderson Montalvão

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