Cristóvão diz que Flamengo é um adversário como qualquer outro
Cristóvão diz que Flamengo não é tabu e sim um adversário como outro qualquer, mesmo que respeitando a histórica rivalidade entre os clubes.
Desde que chegou ao Vasco , há pouco mais de um ano, o técnico Cristóvão Borges testemunhou quatro clássicos contra o Flamengo . Em três deles, comandando o time de São Januário. Curiosamente, antes da era Ricardo Gomes-Cristóvão, a escrita era desfavorável aos cruzmaltinos. Nos confrontes recentes, no entanto, houve equilíbrio (dois empates e uma vitória para cada lado). Mas com triunfo vascaíno no clássico mais importante: a semifinal da Taça Guanabara (2 a 1).
O treinador não estava no clube nas duas décadas passadas, quando o estigma “vice de novo” foi instalado na Colina. Hoje, com um grupo de jogadores rodados, a postura dentro e fora de campo é de um time brigador, que não vê do outro lado um tabu, e sim um adversário como outro qualquer – mesmo que respeitando a histórica rivalidade entre os clubes.
“A partir do momento em que o time jogou acreditando estar em condições de vencer, ganhou confiança. Por isso a mudança. Não estava aqui antes. Mas este grupo entra sabendo das suas obrigações em campo, determinado, seguro. E é isso o que tem acontecido. Enfrentamos o Flamengo sabendo do peso que tem o clássico, mas estes jogadores aqui são muito maduros e seguros”, comentou Cristóvão Borges.
Na teoria, se há um favorito para este clássico, poderia ser o Vasco. Além de já vir embalado pela boa campanha realizada na temporada passada, o time vai bem também na Copa Libertadores (enfrenta o Lanús, da Argentina, nas oitavas de final), ao contrário do rival rubro-negro, eliminado logo na primeira fase. Mas Cristóvão adverte, afirmando que o fator emocional não pesa no momento.
“Eu acho que vai prevalecer o equilíbrio, o Flamengo foi desclassificado, o Vasco passou de fase. Tudo bem. Mas senão tivesse acontecido nada disso, o espírito para este clássico seria o mesmo. Pode apostar. Não há favoritismo para A ou B”, analisou o treinador.
Outro ponto questionado para este confronto é o clima entre os jogadores de ambas as equipes por conta do episódio envolvendo cinco atletas vascaínos e o árbitro Wagner dos Santos Rosa, que apitou a vitória rubro-negra por 2 a 1 no último dia 7, no Engenhão. Cristóvão minimiza a confusão por não ter havido problema com os jogadores do Flamengo. “Não há clima de revanche, porque não houve nada entre Vasco e Flamengo, e sim houve uma confusão dos jogadores (do Vasco) com o juiz”, observou o treinador.
ig