Cristóvão descarta ‘desmanche’ do Vasco e minimiza gritos de burro
"Desmanche acho dificil, o Vasco é uma equipe que vem mantendo regularidade e o assédio é natural" avalia o treinador Cristóvão Borges.
Cristóvão Borges surpreendeu ao escalar o Vasco sem Diego Souza na partida contra a Ponte Preta, em São Januário. E pareceu naquele momento confirmar as especulações de que o São Paulo, que se desfez de Fernandinho, estaria interessado na contratação do meia. Barrado para dar lugar a Carlos Alberto, o camisa 10 entrou no segundo tempo e completou seis jogos pela equipe no Brasileiro. Se for escalado mais uma vez, ficará impedido de se transferir para outro clube da Série A. O treinador, porém, garantiu que a opção se deu por questões táticas.
— Desmanche acho dificil, o Vasco é uma equipe que vem mantendo regularidade e o assédio é natural. Tivemos muitas dificuldades econômicas, mas as coisas estão melhorando. Negociamos o Rômulo, na medida do possível vamos trablhar para que todos permaneçam — disse Cristóvão após a vitória por 3 a 2, respondendo a perguntas sobre a saída de mais jogadores, depois de Allan, que se transferiu para o Udinese, e do próprio Rômulo, negociado com o Spartak Moscou, da Rússia.
Indagado se pediria a Roberto Dinamite para manter o jogador, Cristóvão destacou:
— Nem precisa pedir para o presidente. Ele sabe da importência do Diego, que tem dado contribuição muito significativa para a gente e tem sido decisivo em muitos momentos.
A decisão de deixar o jogador na reserva fez a torcida ficar desconfiada. Parte dela xingou o técnico de burro no segundo tempo e pediu a entrada do meia. Os protestos, ele jura que não o afetam.
— É igual apanhar, a gente não se acostuma. Mas é menos mal, porque é só o treinador. Ruim seria se (a torcida) pegasse no pé dos jogadores. Eu tenho de treinar e no dia do jogo tomar decisões — comentou Cristóvão.
Autor do gol da vitória sobre a Ponte, Diego deixou claro que não gostou de ter ficado na reserva.
— Sempre vou ficar chateado de ficar no banco. Quero jogar, é normal isso — afirmou, para em seguida deixar no ar a possibilidade de sair do clube. — Não sei. Estou feliz no Vasco, minha família está aqui. Mas no futebol acontece de tudo.
Jogo complicado já era esperado
Sobre a dificuldade contra a equipe de Campinas, Cristóvão Borges disse não ter se surpreendido.
— Sabíamos que seria dificílimo, pelo que a Ponte jogou contra o Botafogo. É uma equipe boa, bem armada, bem treinada, com uma proposta de jogo muito boa. No jogo de hoje (sábado) era importantíssima a vitória — analisou. — A gente não marcou bem no primeiro tempo, mas demos uma corrigida e melhoramos no segundo tempo. Com certeza não jogamos bem, mas hoje, bem ou mal, o mais importante era a vitória.
Juninho, um dos mais experientes do time, foi sincero também ao analisar o desempenho da equipe. Para o camisa 8, nem sempre o Vasco conseguirá apresentar um bom futebol, mas dificilmente o torcedor verá um time sem garra e disposição dentro de campo.
— Acho que foi uma vitória na raça. Não foi um futebol muito bom que apresentamos. Não chegou perto do que queremos. É sempre muito complicado manter um alto nível nas apresentações. Nós vínhamos de uma derrota em casa e existia uma pressão pelo resultado. Foi uma vitória do coração e precisamos valorizar os três pontos — ressaltou.
Alecasandro foi outro a força de vontade dos jogadores:
— Ganhamos na raça, na garra. Mostramos muita disposição. Nem sempre podemos jogar bem, mas foi uma vitória com cara de Vasco da Gama.
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