Cristóvão Borges parece se despedir para a volta de Ricardo Gomes
A entrevista de Cristóvão Borges ganhou um tom de despedida em certos momentos.
Às vésperas da última e decisiva partida do Vasco no ano, a entrevista de Cristóvão Borges ganhou um tom de despedida em certos momentos. Promovido de assistente a treinador depois do AVC (acidente vascular cerebral) sofrido por Ricardo Gomes em agosto, ele agora tem a chance de superar o aproveitamento do amigo no Brasileiro. Se o time derrotar o Flamengo neste domingo, chegará a 36 pontos no returno, contra 35 no turno.
Alheio aos números ou ao possível título brasileiro, o atual comandante prepara o terreno para a volta de Ricardo Gomes. Com o aval dos médicos que acompanham o seu tratamento, o técnico está liberado para comparecer ao Engenhão neste domingo, mas ainda não confirmou presença no estádio.
“Gostaria muito que o Ricardo fosse ao Engenhão. Sua presença é importante para nós. Sempre estarei ao seu lado e sou grato por tudo. Nós estamos esperando por ele, mas felizes pelo nível mantido ao longo do ano”, ressaltou Cristóvão.
Satisfeito com o desempenho à frente da equipe, o técnico deixou claro que o Vasco espera Ricardo Gomes, o que não minimiza a sua contribuição para o sucesso da equipe no Brasileiro. Ele ainda não imaginou o ano de 2012.
“Não tenho ansiedade em relação a isso (virar treinador). Meu maior desejo é ser campeão. O que vier depois serão coisas boas”, garantiu.
Há pouco mais de três meses à frente do Vasco, Cristóvão fez uma retrospectiva de sua passagem e relembrou a responsabilidade de assumir a fragilizada equipe após o AVC sofrido por Ricardo Gomes.
“Foi um começo duro. Foi difícil assumir a equipe daquela maneira sofrida. Dormia mal. Meu trunfo foi a relação com os jogadores. Foi no susto, pois todos estavam em choque. Meu amigo corria risco de vida. A única coisa que podia fazer era dar continuidade”, disse.
Na partida que pode encerrar seu ciclo como treinador, nada melhor do que a chance de disputar um clássico diante do Flamengo.
“Existe a rivalidade e o desejo de atrapalhar um ao outro. Temos de fazer a nossa parte”.
Reportagem de Diego Lopes e Sabrina Grimberg
Fonte: marca brasil
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