Coutinho indica data de estreia e comenta relação com torcida do Vasco
Philippe Coutinho quer estreia o quantos antes e diz que tem uma relação de carinho e respeito com torcida do Vasco da Gama.
O meio-campista Philippe Coutinho foi apresentado oficialmente pelo Vasco nesta quinta-feira (11), na Sede Naútica da Lagoa. Cria das categorias de base, o jogador comemorou o retorno ao clube após 14 temporadas e falou da sua relação com a torcida cruz-maltina.
– Tenho uma relação de carinho e respeito pela torcida do Vasco. É uma torcida muito apaixonada e diferente de tudo nos lugares por qual passei. Representa muita coisa para mim – afirmou.
Questionado a respeito da data de sua estreia, Coutinho revelou que gostaria de ter participado da vitória por 2 a 0 sobre o Corinthians.
– A minha vontade era de ter jogado ontem. Mas estava de férias. Se depender da minha vontade, o quanto antes.
– Mas é claro que eu estava no meu período de férias, como todas as férias eu treino, eu me dedico, mas obviamente é diferente de estar com o grupo, jogando. Se depender da minha vontade o quanto antes, mas obviamente tudo vai ser conversado e colocado, imagino que, durante essa semana, com todo o pessoal do staff.
Com contrato válido com o Aston Vila, da Inglaterra, até junho de 2026, Coutinho chega ao Vasco por empréstimo – válido por uma temporada.
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Desejo de retornar ao Vasco
– Eu sempre me imaginei jogando no Vasco. Nas redes sociais, inúmeras vezes, eu mandava vídeos da torcida do Vasco para a minha esposa. Há mais ou menos 6 meses, eu conversei com a minha família e coloquei esse desejo de voltar a jogar pelo Vasco.
Diferencial do Vasco
– O Vasco é um Clube diferente. Que se preocupa com a formação de atletas e pessoas. Estudar no Colégio Vasco da Gama foi fundamental para o meu crescimento. Com certeza me inspirou para o Instituto Philippe Coutinho. Ajudar pessoas é um sonho meu. É um pouquinho do que eu posso devolver para a sociedade, pelo o que o futebol me deu.
Vivências no Vasco
– Vivi toda a minha infância e adolescência no Vasco. Sempre deixei claro toda a gratidão que tenho pelo Clube. Agora volto com 32 anos. Espero participar de muitas coisas boas, que eu acredito que irão acontecer.
Abriu mão de muita coisa
– A questão de abrir mão de muita coisa é verdade, o presidente falou. O Vasco fez de tudo para que eu pudesse estar aqui, o presidente fez de tudo para que eu pudesse estar aqui hoje e eu sou muito agradecido por isso. São muitas questões que envolvem essa volta, o amor ao clube é o principal, é um clube que eu amo, que eu sou grato demais porque me formou para o mundo, não só na parte esportiva.
Seleção Brasileira
– Seleção é sempre um sonho, né? Eu tive a felicidade de estar lá, de vestir a camisa da seleção brasileira, de ser campeão com a seleção brasileira, disputar uma Copa do Mundo. Sempre é um sonho, mas o meu principal objetivo e, com toda a sinceridade, é voltar ao Vasco, poder ajudar o Vasco. O meu objetivo principal é esse, dar o meu máximo, me entregar ao Vasco junto com os outros companheiros, para a gente conseguir os objetivos em conjunto.
Relação com a torcida
– Cara, eu tenho uma relação, como eu falei antes, de carinho, respeito, é uma torcida que é muito apaixonada, diferente de todos os lugares que eu passei e a gente vê isso em todos os jogos, lotados, apoiando. Então estar de volta aqui para mim também é um momento muito bacana de estar jogando ali com um estádio cheio, então, representa muita coisa para mim, a torcida do baixo.
Como pretende ajudar os jovens da base
– É um elenco com jogadores experientes, jogadores jovens subindo da base que têm respondido a altura, jogando bem e ajudando o time a conseguir os pontos, a gente vê os últimos jogos. Acho que o principal de tudo é ter esse equilíbrio e eu espero poder chegar para somar, ajudar. Agora, como um jogador mais experiente, em todos os lugares que eu passei eu tive sempre a referência de alguém que pôde me ajudar, então agora talvez seja o momento de eu estar ajudando esses jovens, então eu estou aberto a isso, para poder ajudar na formação deles no que eles precisarem.
– Como eu falei, espero poder ajudá-los, se eles quiserem, obviamente, a minha ajuda, seja da maneira que for, numa conversa, o que for necessário nos treinamentos, porque eu fui muito ajudado, eu passei por grandes clubes onde sempre tive uma referência de um jogador mais experiente, e às vezes era só uma conversa que me deixava mais tranquilo, me deixava mais calmo, então eu espero poder também ser importante na vida desses atletas, como tiveram atletas que foram importantes na minha carreira.
Pedrinho
– (O Pedrinho) fez todo o esforço, tudo que ele podia para eu poder estar aqui hoje e já agradeci e agradeço aqui de novo. Como você falou, é um cara que ama o clube, que tem feito de tudo para o clube voltar e ser o que sempre foi. E eu quero também fazer parte disso.
Ansioso para rever a torcida?
– Bom, como você falou, a ansiedade desde o primeiro momento, todo dia eu ligava com meus irmãos, né, e aí, como é que tá, até porque eu também não estava tão envolvido assim, né, prefiro estar pensando só em jogar bola ali e vestir a camisa, então ficava sempre como está aí, está perto, não está, enfim… Foi um período de bastante ansiedade, mas que eu já me visualizava lá atrás já vestindo essa camisa e, graças a Deus, hoje tá tudo certo pra poder vesti-la de novo, como estou vestindo, mas agora dentro de campo e representando lá dentro de campo.
– Ansioso demais. Os dias demoravam bastante para passar, como eu falei, eu ficava o tempo todo ligando para os meus irmãos para ver como é que estava acontecendo, perguntava agora, agora, mas também não tinha como acontecer nada antes, tem o período da janela, tem todo o período, eu tinha um contrato lá com os outros clubes. Então tudo aconteceu no tempo certo, mas a ansiedade foi grande, mas graças a Deus hoje eu estou aqui.
Instituto Philippe Coutinho
– O Vasco é um clube diferente, né? Que se preocupa com a formação de pessoas, de atletas e de pessoas. E eu pude crescer dentro do clube, estudei no clube, na escola lá do Vasco. Isso foi fundamental para mim, para o meu crescimento. A escola está lá até hoje, né? Tenho que fazer uma visita lá, para ver como é que está. Gostaria de, quando for possível, visitar lá a escola. Foi uma parte muito importante na minha vida e com certeza me inspirou. O Instituto Philippe Coutinho em breve vai estar sendo inaugurado. É um sonho antigo meu e da minha família, né? Poder ajudar as pessoas, ajudar as crianças. Porque a gente acredita muito na educação. Através do esporte, da cultura, então é um pouquinho daquilo que eu posso devolver para a sociedade do que o futebol me deu.
Futebol brasileiro
– Muito competitivo, né? Você vê todos os times, a quantidade de jogos, a intensidade. Eu sempre tive esse sonho também, essa vontade de jogar o Campeonato Brasileiro por conta disso. E sim, eu acompanhava de longe, sempre que podia estava acompanhando o baixo. Às vezes tinha diferença de horário, o jogo ficava muito tarde e não dava, mas estava sempre acompanhando e torcendo.
Como está o Coutinho hoje?
– Obviamente eu amadureci muito, vivi muitas coisas boas e outras não tão boas. E fez com que eu amadurecesse, o tempo passou. Eu lembro também que eu me formei aqui nessa sala. Uma das minhas formaturas na escola foi aqui. E essa representatividade para as crianças é muito bacana para mim, receber esse carinho. Claro que os ídolos são eles que ganharam, que conquistaram coisas com o clube. Eu tive um período muito curto aqui no Vasco. Meus títulos foram fora do país. Mas por todo lugar que eu passei, sempre carreguei a bandeira do Vasco com muito respeito e amor. Crianças tem a gente como espelho, então espero sempre poder cumprir as coisas direito, fazer as coisas certas para servir de exemplo para as crianças.
“A barreira vai virar baile”
– Meus filhos em casa não param de tocar. Acaba e repete, acaba e repete. Mas é muito legal esse carinho da torcida. Claro que eu estou ansioso para reencontrar dentro do estádio jogando, mas vira e mexe. Quando eu encontro um vascaíno eu sempre tenho aquele carinho, então é muito legal essa troca.
Por que voltar agora?
– Na verdade, eu sempre me imaginei jogando no Vasco. Na rede social, inúmeras vezes, eu mandava vídeos pra minha esposa da torcida do Vasco. Inúmeras vezes, isso, anos e anos atrás, um passado tempo, eu vivia mandando pra ela Olha só que linda a torcida, tiveram dia de estar lá jogando. E mais ou menos uns cinco ou seis meses atrás, a gente conversou como família e eu coloquei esse desejo de voltar jogando no Vasco. Obviamente, a partir daí, as conversas com o presidente fluíram.
Assinatura do contrato
– Momento bastante emocionante. Eu estava na correria de exames médicos, saindo de um lugar para ir para o outro para fazer exames e ao mesmo tempo rolando o anúncio, eu no telefone com a minha esposa, com meu irmão, todos muito emocionados porque o vídeo que o Vasco fez foi covardia, deixou todo mundo emocionado. Enfim, a ansiedade só aumenta vendo aquilo ali, vendo a história que eu tive aqui no clube e que agora vai continuar.
Estreia pelo Vasco
– Eu quero jogar o quanto antes com a camisa do Vasco, que é o clube que eu amo, como já falei inúmeras vezes. Eu gosto de pensar jogo a jogo, cada jogo é um final, uma guerra, e aí a gente vai vendo o que vai acontecer. Mas é isso, é assim que eu penso, tenho esse ano aí para dar o meu máximo e retornar esse carinho que eu recebo aos torcedores e retornar para eles dentro de campo.
Treinos
– Não conversamos. Teve o anúncio ontem, hoje eu já comecei algumas coisas, mas acredito que durante a semana eu vou começar a treinar com o time e a partir daí ter esse contato com o treinador, com o jogador. Você disse que o jogo, eu joguei na posição de bem esquerda, eu joguei centralizado. Eu acho que isso varia com a ideia que o treinador tem. O mais importante é estar com essa vontade de ajudar o clube, seja jogando na esquerda, na direita, no meio, não importa, o importante é o Vasco crescer.
Fonte: Lance!