Contra o Santos, Vasco mostrou a força do grupo

Contra o Santos, foi a segunda partida seguida em que o Vasco domina as ações do jogo, marcando bem, com intensa movimentação e criando chances.

Pelos comentários feitos após a saída de Fagner e Diego Souza, a impressão que alguém que nunca viu o time jogar seria de que os dois seriam os craques absolutos da equipe e que após as suas transferências o Vasco estaria fadado a cair de produção até precisar se livrar da zona de rebaixamento. A prova de que as reclamações foram exageradas e de que o mais importante é o grupo vascaíno foi dada em campo na vitória sobre o Santos por 2 a 0.

Não que o Santos como está – muito desfalcado e sem suplentes à altura – tenha sido um adversário que colocasse nosso time à prova. Mas o que é importante se notar é que essa foi a segunda partida seguida em que o Vasco domina as ações do jogo, marcando bem, com intensa movimentação e criando chances (talvez um pouco menos que o ideal e certamente com precisão menor do que deveria) tanto no primeiro como no segundo tempo. Essa postura, que deve ser a regra, não a exceção, vem do grupo, não de um jogador ou outro. Até porque, pelo menos por ontem, os dois negociados não fizeram tanta falta. Carlos Alberto, mesmo não sendo brilhante, foi mais participativo que a média das atuações do Diego Souza. E a maior preocupação da torcida, a lateral direita, foi bem representada pelo estreante Auremir, que se não foi tão incisivo no apoio quanto o Fagner, se mostrou muito mais seguro nas funções defensivas da posição.

Como já foi dito, era um caso completamente diferente do nosso adversário, que definitivamente não tem reservas que mantenham o nível dos desfalques do time. Com isso, o Vasco impôs seu ritmo e venceu o jogo com tranquilidade. Não apenas pela fragilidade do Santos, mas também pelo momento em que os gols saíram: o primeiro, vindo de uma pixotada do zagueiro Durval, foi marcado por Douglas logo aos 11 minutos da etapa inicial. Se Muricy havia bolado alguma estratégia para anular os pontos fortes do Vasco, ela deve ter sido abandonada depois do placar ter sido aberto tão rapidamente. E mesmo que devesse partir para o ataque para tentar o empate, o alvinegro não conseguiu jogar já que o Vasco ocupou o meio de campo com eficiência.

Na volta do intervalo o Santos voltou modificado, mas o segundo gol aos dois minutos foi mais um banho de água fria sobre nosso adversário. Mesmo com o Vasco parecendo não estar muito interessado em ampliar o placar, o Peixe não foi capaz de ameaçar em nenhum momento a vantagem vascaína no placar. Cristóvão também mexeu no time, Muricy fez outras alterações, mas o panorama do jogo não se alterou até o fim.

Conseguimos mais uma vitória e não deixamos o Galo se afastar na liderança. A torcida certamente ainda reclamará das transferências de Fagner e Diego Souza, mas a atuação do grupo – a despeito da pouca dificuldade imposta pelo adversário – deveria trazer mais esperança que desânimo. Os jogadores vem e vão, alguns fazendo mais falta que outros, mas nenhum deles pode ser considerado insubstituível, já que a força do atual Vasco está no conjunto.

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