Confira os 5 problemas que complicam o Vasco neste início de Brasileiro

O Vasco da Gama não teve poder de reação após sofrer o gol contra o Santos e segue sem ganhar em São Januário.

Vasco x Santos em São Januário
Vasco x Santos em São Januário (Foto: André Durão)

A derrota do Vasco para o Santos no último domingo pesou no início de Brasileirão do cruz-maltino. Foi o segundo revés em São Januário, novamente por 1 a 0, como havia acontecido na terceira rodada, contra o Bahia. Assim como naquela partida, sob domínio do time da casa, que teve recordes de posse de bola e de cruzamentos, mas que não teve poder de reação após sofrer o gol e efetividade para concluir as jogadas que criou. Confira cinco problemas que afligem o cruz-maltino de Maurício Barbieri neste início de temporada:

Falta de efetividade: ficou claro neste domingo que o cruz-maltino não pecou por falta de tentativas. Diferente de partidas mais complicadas, quando se defendeu mais, o time teve 70% da posse de bola (recorde do clube nos últimos 5 anos) e finalizou 23 vezes (9 no gol). Parou em grande atuação do goleiro João Paulo, autor de nove defesas na partida. Mas o problema de efetividade já vem de antes. Contra o Bahia, por exemplo, a equipe teve 55% de posse, dominou o primeiro tempo e chutou no gol seis vezes, sem pontaria. O trio titular do ataque vascaíno, Pedro Raul, Gabriel Pec e Alex Teixeira (que entrou no decorrer do jogo contra o Santos) não balança as redes há dois jogos, sendo o último tento o de Raul contra o Fluminense (1 a 1).

Falhas defensivas inoportunas: sofrer gols e cometer falhas são processos naturais do futebol, mas as falhas defensivas do cruz-maltino têm aparecido em momentos inoportunos. Contra Atlético-MG, Palmeiras e Bahia o time sofreu gols nos minutos finais do primeiro tempo. Contra o Santos, foi punido no único chute a gol do Peixe no primeiro tempo, em falha de marcação de Puma Rodríguez num momento em que dominava a partida — tinha 62% de posse de bola. Golpes duros como esse afetam desde o emocional ao plano de jogo de partidas e ajudam atrasam a evolução da equipe.

Esvaziamento criativo: consequência direta das falhas citadas anteriormente, o time acaba perdendo em performance quando sofre o gol e fica sob pressão para correr atrás do resultado. No domingo, a equipe de Barbieri, com nova formação no meio-campo após a ida de Andrey à seleção brasileira sub-20, entrou com postura de proposição de jogo, muita movimentação e toque de bola consciente. Mas o processo de sofrer o gol desgastou pouco a pouco a proposta, coisa que nem as mexidas do técnico evitaram. Em boa parte do segundo tempo, a equipe abusou dos cruzamentos: foram 50, recorde nessa edição do Brasileirão, segundo a ferramenta de estatísticas Opta. Poucos com grande perigo.

Falta de opções no banco: um dos grandes problemas do Vasco na temporada é a falta de substitutos capazes de mudar o panorama de partidas ou de executar funções específicas na equipe. Um exemplo é o do volante Rodrigo (20 anos), jovem recém promovido aos profissionais que foi alçado à posição de titular como meia mais defensivo no trio central vascaíno. No domingo, ele perdeu a vaga para outro jovem, Barros (19 anos), que iniciou junto a Galarza (21 anos), substituto de Andrey (19 anos). Reforços para a posição são prioridade para a próxima janela do Vasco, mas por enquanto, o meio-campo deve seguir dependendo desses nomes com menos idade, além do recém-chegado Carabajal. No ataque, o panorama é o mesmo: os jovens Rwan (21 anos) e Erick Marcus (19 anos) (ou Figueiredo, de 21) são opções para as vaga de Pedro Raul e Alex Teixeira, respectivamente, enquanto Orellano começa a ganhar mais espaço atuando aberto pela direita, posição de Pec.

Pressão: A situação do Vasco como clube é complexa. Sob investimentos pesados da 777 Partners em sua SAF, o clube tenta remontar seu futebol após duas décadas em que a torcida sofreu com quedas à Série B e mais temporadas ruins do que boas na elite. Agora, sob a nova realidade, a expectativa dos torcedores pulou de um extremo ao outro, e a natural pressão por resultados impacta diretamente no dia a dia de trabalho e no ambiente dos jogos. “Em alguns momentos o ambiente está mais hostil para nós mesmos do que aos adversários”, afirmou Barbieri após a derrota para o Santos.

Fonte: Extra

1 comentário
  • Responder

    O que falta no Vasco
    É dinheiro e vergonha na cara
    Essa 777 e Salgado e a maior 171

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