Confira as promessas da 777 Partners para o Vasco após acesso à Série A
Além de arcar com as dívidas de R$ 700 milhões, a 777 Partners fez outras promessas ao Vasco da Gama caso conquistasse o acesso à Série A.
Foi dramático, arriscado, mas o Vasco, enfim, conseguiu seu objetivo de acesso e retornou à Série A do Campeonato Brasileiro com uma vitória na última rodada neste domingo (6). A volta à elite do futebol brasileiro carrega uma expectativa no torcedor cruzmaltino, que tem na nova era de SAF do clube a esperança de dias melhores em São Januário.
Em junho deste ano, a diretoria vascaína assinou o acordo que vendeu 70% de sua Sociedade Anônima do Futebol para a holding norte-americana 777 Partners por R$ 700 milhões em três anos, além de um compromisso de arcar com as dívidas em até mais R$ 700 milhões. Os executivos, cientes da carência da torcida, não se furtaram em fazer promessas.
Em relação ao time, o discurso é o de disputar na prateleira de cima do Campeonato Brasileiro já em 2023. Este ponto, porém, ainda é visto com ressalva e cautela por boa parte dos vascaínos, uma vez que a companhia preferiu não agir de maneira agressiva no mercado na última janela desta temporada, mantendo a espinha dorsal do elenco que já disputava a Série B e que não inspirava maiores confianças por parte dos torcedores.
Até aqui, os principais investimentos da 777 foram na área executiva, incluindo a contratação de Paulo Bracks para ser o homem-forte a comandar o departamento de futebol. Também foram contratados profissionais para os setores de análise de desempenho e comissão técnica, incluindo um inglês que trabalha especificamente com jogadas de bola parada.
Os setores Comercial, de Recursos Humanos e de Comunicação também tiveram processos seletivos e contratações de executivos que passaram por empresas privadas. Do rival Flamengo, a SAF trouxe o diretor-comercial Caetano Marcelino, que estava no Rubro-Negro desde 2019 e foi responsável por contratos importantes relacionados ao entretenimento e internacionalização da marca.
Em relação ao centro de treinamento Moacyr Barbosa, a ideia é iniciar a reforma de ampliação e modernização imediatamente após o fim da Série B. Ao menos um campo a mais será construído e obras de infraestrutura também serão feitas, incluindo o gramado e as estruturas médicas, de academia, entre outras.
Sobre a licitação do Maracanã, o Vasco e a 777 elaboraram uma proposta e aguardam avanços, uma vez que o Governo do Rio de Janeiro suspendeu o processo de licitação, acatando decisão do Tribunal de Contas do Estado. O Vasco vê o estádio como um equipamento estratégico para o longo prazo, para os jogos de grande apelo da torcida e também para ser uma alternativa à possível obra de de ampliação e modernização de São Januário.
Nesta empreitada, inclusive, o clube e a 777 se uniram à W. Torre, com um modelo com similaridades com o Allianz Parque na divisão de tarefas, como publicado pelo colunista Rodrigo Mattos. A WTorre firmou uma associação com a empresa Legends, que atua no mercado internacional de hospitalidade em estádio do Real Madrid e o ginásio do Boston Celtics.
O nome do consórcio do Vasco e WTorre é “Maracanã para Todos” e tem a proposta de dar as mesmas condições comerciais a todos os clubes que atuassem no estádio.
Atuais gestores provisórios do Maracanã, Flamengo e Fluminense, em um primeiro momento, são contra a possibilidade de realizar uma administração conjunta com o rival, e também finalizam suas propostas.
Mesmo que não haja um acordo com a dupla Fla-Flu, a 777 seguirá determinada a buscar a licitação, e aposta em seu know-how no ramo do entretenimento como uma forma de atenuar a possível falta de jogos no calendário.
Fonte: Uol