Confira as lições que o Vasco pode tirar do Náutico de 2021

O Vasco da Gama repetiu a invencibilidade do Náutico de 2021, mas é preciso tirar lições da história do time Pernambuco.

Jogadores do Vasco durante o jogo contra o Novorizontino
Jogadores do Vasco durante o jogo contra o Novorizontino (Foto: Daniel Ramalho/Vasco)

O Vasco de 2022 repetiu o Náutico de 2021. Alcançou 14 jogos de invencibilidade, recorde na Série B do Campeonato Brasileiro, mas perdeu na partida seguinte. O Timbu era avassalador no início da edição passada da Segunda Divisão, mas, após o fim do período invicto, degringolou numa má fase e passou longe do acesso. O que aconteceu? O que o Cruz-Maltino pode aprender e não repetir?

Quem acompanha o time pernambucano conta que o elenco foi se desfigurando ao longo da competição. A diretoria do alvirrubro não se antecipou aos problemas físicos e às negociações que resultaram em perdas para o elenco então comandado por Hélio dos Anjos. Os problemas se avolumaram e as derrotas passaram a ser uma rotina.

– Desde o final do Campeonato Pernambucano (que o Náutico conquistou), a cobrança da comissão técnica do Hélio dos Anjos era de que a equipe precisava de reforços. A diretoria demorou, com a justificativa da parte financeira. Contratou alguns jogadores, mas apostas, ninguém para resolver. Nem bons reservas eram – lembra, ao LANCE!, Clauber Santana, do portal NE45 e do Timbucast. Ele completa:

– Além de não ter contratado no período certo, o Náutico começou a perder peças. Primeiro o Erick, que pertencia ao Braga (POR) e foi negociado com o Ceará; Wagner Leonardo voltou para o Santos; começou a perder jogadores por lesão, como Kieza e Bryan. Enfim, foi perdendo jogadores. Isso ainda era julho. Em agosto, contratou o Caio Dantas, mas foi pouco. Nesse mês ainda estava perto do G4. Quando foi setembro que o Náutico acordou e contratou outros, mas o time já estava muito no meio da tabela, já estava difícil de alcançar, e até encaixar novamente não ia ter muito tempo – entende Clauber.

O modelo de jogo e a história das equipes na competição são diferentes. Enquanto o Timbu era dominante – favorito quando encarou o Vasco em São Januário -, o Cruz-Maltino se construiu, ainda com Zé Ricardo, a partir da defesa. Um estilo pragmático, mas efetivo, que vem se consagrando pela consistência coletiva no ataque e na defesa.

– Acredito que esse deve ser o caminho para o Vasco. Não sentar em cima da vantagem, não achar que o elenco é suficiente, que está tudo certo e que os pontos iniciais são suficientes. Se precisar reforçar, tem que reforçar com peças que cheguem para jogar e contribuir efetivamente. Esse foi o grande erro do Náutico. Erro de planejamento da diretoria, que confiou num elenco que foi se despedaçando aos poucos – acredita Clauber.

A janela de transferências abre em duas semanas, aproximadamente. Com ou sem o dinheiro da 777 Partners, mais de um terço da Série B já deu margem para avaliação do departamento de futebol avaliar em que posições precisa ou não investir.

Náutico antes de perder a invencibilidade recorde:

14 jogos, 30 pontos (sete do quinto colocado). Oito vitórias e seis empates. 23 gols marcados e oito sofridos. Primeira posição.

Vasco antes de perder a invencibilidade recorde:

14 jogos, 30 pontos (nove do quinto colocado). Oito vitórias e seis empates. 16 gols marcados e cinco sofridos. Segunda posição.

Fonte: Lance!

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